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Mostrando postagens com o rótulo ciência

Bolsonaro exonera presidente de Conselho Científico por pedir verba e autonomia

Deutsche Welle     O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Luiz Filgueiras de Azevedo, foi exonerado do cargo pelo governo, conforme publicado nesta sexta-feira (17/04) no Diário Oficial da União. Em seu lugar, foi nomeado o atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Evaldo Vilela. O despacho, do dia 16 de abril, é assinado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto. Graduado em Engenharia Aeronáutica, Azevedo estava à frente do CNPq desde fevereiro de 2019. Segundo a Folha de S.Paulo e o portal G1, ele ficou sabendo da exoneração pelo Diário Oficial. x AZEVEDO JÁ ESPERA PELA DEMISSÃO, SÓ NÃO SABIA QUANDO Ao G1, Azevedo disse que sabia que a demissão iria acontecer, mas não sabia quando. "Não foi surpresa", afirmou. Azevedo vinha combatendo o esvaziamento do CNPq promovido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a Associação de Servidores do CNPq, citada

Cientistas brasileiros interrompem teste com cloroquina após a morte de 11 pacientes

Deutsche Well e    Cientistas brasileiros interromperam precocemente parte de um estudo sobre o medicamento antimalárico cloroquina, apregoado como possível candidato a tratamento contra infecções pelo coronavírus Sars-Cov-2 tanto pelo presidente americano, Donald Trump, quanto pelo brasileiro, Jair Bolsonaro. A pesquisa foi cancelada depois que 11 pacientes com o coronavírus que receberam uma dose elevada de cloroquina morreram até o sexto dia de tratamento, segundo o jornal The New York Times. Parte dos 81 pacientes com Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, que estavam sendo testados havia apresentado batimentos cardíacos irregulares, o que aumentou o risco de desenvolverem uma arritmia cardíaca fatal.  Após a morte de 11 deles, a parte do estudo envolvendo altas dosagens foi cancelada antecipadamente. MEDICAMENTO CHEGOU A SER RECEITADO PELOS 'DOUTORES' BOLSONARO E TRUMP Financiado, entre outros, pelo governo do estado do Amazonas, o estudo envolveu

Saiba como o sistema imunológico reage ao Covid-19 e pode até matar o paciente

Deutsche Welle   Como qualquer vírus, o coronavírus é pouco mais do que uma cápsula em torno de um núcleo de material genético e algumas proteínas. Para se multiplicar, ele precisa de um hospedeiro na forma de uma célula viva. Uma vez infectada, ela executa o que o vírus ordena: copiar informações, montá-las, e depois liberar as cópias do agente patogênico. Mas isso não passa despercebido. Em alguns minutos, o sistema imunológico do organismo reage com sua resposta inerente: granulócitos, fagócitos e células exterminadoras naturais fluem das vias sanguínea e linfática para combater o vírus. Eles são apoiados por inúmeras proteínas do plasma sanguíneo, que servem como substâncias mensageiras ou ajudam a destruir o patógeno. No caso de muitos vírus e bactérias, essa primeira atividade do sistema imunológico já é suficiente para combater o invasor. Isso geralmente acontece com muita rapidez e eficiência. Sentimos que o sistema está funcionando: ficamos resfriados, com febre. Um subconjunt

Saiba quais os remédios que cientistas estão testando contra o coronavírus

Deutsche Welle Talvez não seja preciso encontrar um novo medicamento contra o novo coronavírus. Remédios que já existem também podem ajudar a combater o patógeno causador da doença respiratória Covid-19. A vantagem do procedimento chamado "reposicionamento" é óbvia, pois adaptar medicamentos já aprovados ou desenvolvidos não é só mais barato, mas também muito mais rápido, já que é possível encurtar as longas fases de testes clínicos.  ADAPTAÇÃO DE REMÉDIOS EXISTENTES PARA NOVOS E VELHOS MALES É PRÁTICA FREQUENTE PORQUE, COM ISSO, QUEIXA-SE ETAPAS DE PESQUISAS, GANHA-SE TEMPO E O VOLUME DE INVESTIMENTO É MENOR Pelo menos 68 projetos de vacinas foram iniciados em todo o mundo, mas, mesmo que se descubra um agente de imunização em 2020, a VfA (uma associação de pesquisa de empresas farmacêuticas alemãs) considera improvável a realização de uma vacinação em massa ainda neste ano no país. Portanto, as alternativas são meses adicionais de isolamento ou o tratamento com agentes 

Estudos indicam que coronavírus tem possível associação com inflamação renal

Júlio Bernardes / Jornal da USP    Uma das frentes de pesquisa no combate a Covid-19 são os efeitos da doença no funcionamento dos rins. Os cientistas sabem que os portadores de problemas renais crônicos são considerados grupo de risco e o aparecimento de lesões agudas no órgão pode aumentar o risco de morte pela doença. Alguns trabalhos publicados sobre pacientes na China mostraram que as alterações renais não foram significativas. No entanto, outros estudos apontam que a infecção não se limita aos pulmões e encontraram partículas do vírus da Covid-19 em células dos rins, que podem estar associados a quadros de inflamação renal. ALÉM DOS PULMÕES, O COVID-19 PODE ATACAR OS RUINS, DE ACORDO COM PESQUISADORES INTERNACIONAIS O professor Niels Olsen Saraiva Câmara, do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, relata ao Jornal da USP que a Covid-19 causa Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), condição que compromete o pulmão, provocando infiltração de

Consultor de risco político diz que 'presidente de um país não pode confrontar a ciência'

Deutsche Welle     No início de março, Ian Bremmer, presidente e fundador da Eurasia Group, considerada a principal consultoria de risco político do mundo, reconheceu ter enviado a seus clientes a revisão de curto prazo mais problemática que escreveu desde a fundação da Eurasia, em 1998. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o relatório trazia um cenário de instabilidade social no horizonte, com rebeliões no sistema prisional dos EUA por falta de medicamentos e o aumento do nacionalismo e da xenofobia no âmbito internacional. Atento a todas as partes do globo, o analista foi surpreendido pela postura do presidente Jair Bolsonaro perante o avanço da Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus, no país.  No Twitter, o analista classificou Bolsonaro como o líder mais ineficaz do mundo democrático para lidar com a crise. Em entrevista à DW Brasil, Bremmer afirma que a Eurasia baixou as projeções e expectativas para o Brasil em função do cenário atual. DW Brasil: O senhor afirmou no Twi

O dia em que Bill Gates, defensor da ciência, previu a pandemia, em 2015

Consuelo Calderón / La Tecera   O cofundador da Microsoft advertiu, em 2015, que deveríamos nos preparar para uma futura pandemia. Atualmente, defende o isolamento e o distanciamento social, afirmando que “está trabalhando (em uma vacina) o mais rápido possível, mas se estima que não estará disponível antes de 18 meses”. 'ESTAMOS PREPARADOS PARA GUERRAS E INCÊNDIO, MAS NÃO PARA UMA PANDEMIA Há cinco anos, o fundador da Microsoft e filantropo, Bill Gates, realizou uma palestra na TED que viralizou nas últimas semanas. Nela - e como resultado do que aconteceu com o ebola - Gates afirmou que o maior risco de catástrofe mundial não tinha nada a ver com a guerra e suas bombas, mas com um vírus infeccioso. Inclusive, o magnata alegou que provavelmente o que mataria milhões de pessoas nas próximas décadas seriam os micróbios. Com tudo o que aconteceu recentemente com o coronavírus, a internet refletiu essa conversa, alegando que Bill Gates teria previsto a pandemia. Assim, o filantropo se

Cristianismo é a religião que mais perseguiu o conhecimento científico

Cristãos foram os inventores da queima de livros LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião As epidemias e pandemias durante milhares de anos antes do cristianismo tiveram as mais estapafúrdias explicações dos deuses. Algumas mentes brilhantes da antiguidade, tais como Imhotep (2686-2613 a.C.) e Hipócrates (460-377 a.C.) tentaram passar explicações científicas para as massas de fanáticos religiosos, ignorantes, bestas humanas. Com a chegada ao mundo das feras cristãs, mergulhamos numa era de 2000 anos de trevas e ignorância. Os cristãos foram os inventores da queima de livros e bibliotecas. O cristianismo foi a religião que mais perseguiu o conhecimento científico e os cientistas. O Serapeu foi destruído em 342 d.C. por ordem de um bispo cristão de Alexandria, sob a proteção de Teodósio I.  Morte de Hipatia de Alexandrina em ilustração de um livro do século 19 A grande cientista Hipátia de Alexandria (351/370) foi despida em praça pública e dilacerada viva pelas feras e bestas imundas cristãs. So

Microbiologista critica a negação à ciência e alerta que o Covid-19 mudou o mundo

Gabriel Valery / Rede Brasil Atual      O atual cenário de pandemia de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus restabelece a importância da ciência e da informação responsável como principais ferramentas para reduzir ao máximo os danos sociais e econômicos que ela causará. A conclusão é do biólogo e pós-doutor em microbiologia Atila Iamarino. Ele participou na noite de 30 de março Roda Viva, da TV Cultura. “O mundo não vai voltar a ser o que era (…) É uma situação preocupante. Têm pessoas querendo voltar ao que tinham antes. Temos um histórico mais recente de negação da ciência, dos fatos”, disse. Para o cientista, o cenário pede atenção absoluta da sociedade. Recentemente, Atila, que já trabalhava com divulgação científica, ganhou popularidade ao alertar que poderá ocorrer 1 milhão de mortes no Brasil, caso nada fosse feito. COVID-19 MATA DE DEZ A 20 VEZES MAIS QUE A GRIPE COMUM E INFECTA EM IGUAL PROPORÇÃO A projeção foi feita pelo Imperial College London, instituição britân

Texto português do século 16 mostra a eficácia da quarentena contra doença contagiosa

Agência Lusa   Um especialista australiano descobriu num texto português do século XVI uma prova de que a quarentena ou o isolamento podem impedir a globalização de uma doença como a Covid-19, que já provocou mais de 30 mil mortos. O texto português “é um registro antigo de uma doença que passa de animais para humanos, e mostra que a quarentena pode ser eficaz para a travar”, disse à agência Lusa Sanjaya Senanayake, professor de doenças infecciosas na Universidade Nacional da Austrália, em Camberra. Senanayake referia-se a uma passagem do “Tratado das ilhas Maluco e dos costumes índios e de tudo o mais”, de autor desconhecido, mas geralmente atribuído a António Galvão (c. 1490-1557). Apelidado de “apóstolo das Molucas”, António Galvão governou a partir de Ternate as chamadas ilhas das Especiarias, na atual Indonésia, entre 1536 e 1540, tendo iniciado o seu mandato 15 anos depois da passagem pela região da expedição de Fernão de Magalhães, já comandada por Juan Sebastián Elcan