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Mostrando postagens com o rótulo Marcelo Gleiser

O que Sheldon Cooper diria do Nobel da Espiritualidade de Marcelo Gleiser?

O gentil Gleiser resistiria  à sinceridade contundente  de Sheldon?  por Ademir Luiz para Bula Revista [opinião] O astrofísico brasileiro Marcelo Gleiser ganhou o Prêmio Templeton 2019 , criado em 1972, no valor de polpudas 1, 1 milhão de libras esterlinas. Trata-se de uma espécie de Nobel da Espiritualidade.

Físico brasileiro ganha prêmio por pregar que ciência não descarta religião

Marcelo Gleiser agora faz companhia a  madre Tereza de Calcutá A Fundação John Templeton concedeu o prêmio que patrocina ao físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser (foto), que é pesquisador do Dartmouth College (EUA).

Gleiser escreve sobre o que mais irrita um cientista ateu

Título original: Ciência e fé: realidades paralelas por Marcelo Gleiser para Folha No perene debate entre a ciência e a religião, algo que costuma irritar os cientistas, ao menos aqueles que se consideram ateus, é a insistência dos que têm fé em acreditar numa realidade paralela, inacessível à razão. Vejamos isso num diálogo fictício entre um cientista ateu e uma pessoa de fé bem versada nos avanços da ciência. Cientista: "Uma causa sobrenatural não faz sentido: se for sobrenatural, isto é, além dos limites do espaço e do tempo, das leis da natureza, do material, como podemos saber da sua existência? Afinal, o que existe tem de ser detectado. Caso contrário, essa existência é uma fabricação, uma fantasia. Pior ainda, se essa causa se manifestar naturalmente, através de uma 'visão' ou de um fenômeno qualquer, vira uma causa natural, que pode ser estudada pelos métodos da ciência. Ou seja, se algum deus existe, é impossível saber da sua existência de forma concreta

Objetivo da ciência não é tirar Deus de ninguém, afirma Gleiser

Gleiser acredita na coexistência entre a ciência e a religião por Luiz Antônio Araújo para Zero Hora Numa época em que cientistas de renome como Richard Dawkins e Sam Harris se dedicam a ampliar o fosso entre ciência e religião, o brasileiro Marcelo Gleiser (foto) assume a delicada tarefa de estender pontes entre os dois lados. Graduado em física pela PUC do Rio e doutorado em física teórica pelo King’s College, de Londres, esse carioca de 53 anos acredita que o entendimento entre as partes é o caminho natural. "Ciência e fé devem coexistir", resume. Radicado nos Estados Unidos – desde 1991 é professor do Dartmouth College, uma das mais renomadas universidades americanas – , onde o fundamentalismo cristão desempenha um papel político de primeira grandeza, Gleiser sabe que nem sempre é possível evitar choques. Ele se opõe com vigor às tentativas de setores religiosos de definir a agenda científica. Discorda, porém, daqueles que, do alto das cátedras e dos fundos p

O que há do lado de fora do universo em expansão?

Princípio da ciência é ver para crer por Marcelo Gleiser para Folha Como escreveu Milan Kundera, "as únicas perguntas sérias são aquelas que até uma criança pode fazer". Dentro desse espírito, hoje olharemos para algumas dessas perguntas sobre o Universo.

Somos incapazes de viver sem crer em algo superior, diz Gleiser

Título original: Acreditar é humano por Marcelo Gleiser para Folha O ser humano é um animal acreditador. Talvez esse seja um bom modo de definir nossa espécie. "Humanos são primatas com autoconsciência e a habilidade de acreditar." Já que " acreditar" sempre pede um "em quê?", refiro-me aqui a acreditar em poderes que transcendem a percepção do real, algo além da dimensão da vida ordinária, além do que podemos perceber apenas com nossos sentidos. Eu me pergunto se a necessidade de acreditar em algo (não uso a palavra "fé", pois essa tem toda uma conotação religiosa) é consequência da consciência. Será que outras inteligências cósmicas também acreditam? Parece que somos incapazes de viver nossas vidas sem acreditar na existência de algo maior do que nós, algo além do "meramente" humano. Bem, nem todos nós, mas a maioria. Isso desde muito tempo. Para os babilônios e egípcios, os céus eram mágicos, a morada dos deuses, ponte ent

Será que o desenvolvimento científico criou um vazio espiritual?

Título original: Em busca de significado por Marcelo Gleiser para Folha Abordamos tanto questões mais imediatas, como o aquecimento global e a crise energética, como as mais fundamentais, como o significado do tempo e o debate entre a ciência e a religião. Hoje, gostaria de abordar uma questão que, a meu ver, está no cerne do antagonismo entre a ciência e a religião: será que o desenvolvimento científico criou um vazio espiritual? Será que a ciência só serve para gerar fatos e dados sobre o mundo natural? Ou será que pode ir mais fundo, talvez criando uma nova forma de espiritualidade? Para começar, cito meu livro "O Fim da Terra e do Céu":  "O desenvolvimento da ciência nos séculos 18 e 19, baseado na interpretação racional dos fenômenos naturais, foi seguido, ao menos no Ocidente, por um abandono progressivo da religião. O conforto espiritual encontrado na fé foi gradualmente abandonado, em nome de um sistema de pensamento secularizado. O histori

Pela teoria quântica, ausência de tudo não existe

Título original: Conversa sobre o nada por Marcelo Gleiser para Folha Ideias sobre o vazio  vieram de Aristóteles  O nada, por incrível que pareça,vem ocupando a imaginação de filósofos e cientistas há milênios. Coisa simples, não é? Imaginar a ausência de tudo, o vazio absoluto, não deve ser tão complicado. Grande engano. Se a ideia do nada como a ausência total de matéria é trivial, quando pensamos um pouco mais sobre o assunto, a coisa complica. Foram os atomistas Leucipo e Demócrito, na Grécia do século 5 a.C., que tiveram uma grande sacada: e se o cosmo contivesse duas coisas, os átomos que constituem a matéria e o vazio onde se movem? Com isso, na ausência de um átomo, existe apenas o espaço vazio.  Aristóteles, um século mais tarde, descartou a ideia. Para ele,o espaço vazio era uma impossibilidade. Existe sempre algo preenchendo o vazio, que ele chamou de "éter". Caso contrário, ponderou, objetos poderiam atingir velocidades infinitas, algo que não p

O que existe após a morte é só a lembrança dos vivos, diz Gleiser

Título original: Sobre a vida após a morte por Marcelo Gleiser para Folha a propósito de ' Vida após a morte é conto de fadas para quem tem medo de escuro' O que restará  de cada um  de nós é a lembrança de quem ainda continua vivo Já que no domingo passado escrevi sobre o fim do mundo, é natural continuar nossa discussão refletindo sobre vida após a morte, especialmente nesta semana, quando o famoso físico Stephen Hawking falou do assunto em entrevista ao jornal inglês "The Guardian". "Um conto de fadas para pessoas que têm medo do escuro", disse. Mantendo a discussão ao nível "científico", o que podemos falar sobre experimentos que visam detectar vida após a morte? Eis o que escrevi sobre o tópico em meu livro "Criação Imperfeita": "quando ingressei no curso de física da PUC do Rio em 1979, era a encarnação perfeita do cientista romântico, com barba, cachimbo e tudo. Lembro-me, com um certo embaraço, do meu e