Pular para o conteúdo principal

Físico brasileiro ganha prêmio por pregar que ciência não descarta religião

Marcelo Gleiser
agora faz companhia a
 madre Tereza de Calcutá

A Fundação John Templeton concedeu o prêmio que patrocina ao físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser (foto), que é pesquisador do Dartmouth College (EUA).

O Prêmio Templeton é concedido anualmente a pessoas que pregam a conciliação da ciência com religião e vice-versa.

A madre Teresa de Calcutá (1910-1997) foi a primeira ganhadora do prêmio, em 1973.

Na lista de agraciados há outros religiosos, como o líder budista tibetano Dalai Lama (1935); o sacerdote belga Leon Joseph Cardinal Suenens (1962-1965), da Renovação Carismática Católica, e o reverendo japonês Nikkyō Niwano (1906-1999), fundador da religião Risho Kossei-kai.

Há também, na lista, cientistas, como o físico e filósofo alemã Carl Friedrich von Weizsäcker (1912 - 2007) e o matemático e cosmólogo britânico John David Barrow (1952).




A Fundação John Templeton premiou Gleiser por ele ter enriquecido a “dimensão espiritual da vida”, por intermédio de “descobertas e obras práticas”.

Entre outros livros, Gleiser escreveu, em parceria com Frei Betto, “Conversa sobre a Fé e a Ciência”.

Na opinião do físico brasileiro, ciência e religião são compatíveis entre si, até porque, segundo ele, o conhecimento científico nunca terá explicação para todos os eventos e fenômenos do cosmos.

Gleiser considera a possibilidade de haver o multiuniverso, inúmeros cosmos.

Agnóstico, o físico considera ser o ateísmo uma crença, porque inexiste prova de que Deus não existe.

Trata-se de uma discussão antiga entre cientistas “semi-crentes” e militantes do ateísmo, para os quais quem deve provar a existência de Deus ou deuses são os religiosos, já que há como demonstrar cientificamente algo que supostamente está acima das leis naturais.

Cientistas ateus, como o biólogo britânico britânico Richard Dawkins, afirmam que o Prêmio Templeton é concedido a religiosos que não descartam a ciência e a estudiosos que falam bem da religião.

Gleiser é crítico da militância ateísta como a de Dawkins.

O brasileiro afirma que o “ateísmo é inconsistente com o método científico".

"Devemos ter a humildade para aceitar que estamos cercados de mistério", diz.

"A ciência não mata Deus."

Gleiser manifestou satisfação com o prêmio, que lhe concedeu o equivalente a R$ 5,5 milhões.



Com informação da Fundação Templeton, Folha de S.Paulo, G1 e outras fontes, com foto de divulgação.





Aviso de novo post por e-mail

Ateísmo é radical; agnosticismo é melhor, escreve Gleiser

Gleiser escreve sobre o que mais irrita um cientista ateu

Somos incapazes de viver sem crer em algo superior, diz Gleiser




Deus de Newton e Einstein não era o judaico-cristão, diz Gleiser


A responsabilidade dos comentários é de seus autores.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Morre o americano Daniel C. Dennett, filósofo e referência contemporânea do ateísmo

Entre os 10 autores mais influentes de posts da extrema-direita, 8 são evangélicos

Ignorância, fé religiosa e "ciência" cristã se voltam contra o conhecimento

Oriente Médio não precisa de mais Deus. Precisa de mais ateus

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Vídeo mostra adolescente 'endemoninhado' no chão. É um culto em escola pública de Caxias

Ateu, Chico Anysio teve de enfrentar a ira de crentes

Aquecimento do oceano impacta distribuição de corais e ameaça espécies da costa brasileira