O peixe foi encontrado por um pescador de aquarismo que suspeitou tratar-se de uma espécie nova e enviou os exemplares ao pesquisador
Uma nova espécie de peixe foi descrita em afluentes do rio Juruena, no estado do Mato Grosso. Trata-se da Inpaichthys luizae, um tipo de tetra (lambari) de cores laranja e preta, apresentada em artigo do ictiólogo Fernando Cesar Paiva Dagosta na revista Neotropical Ichthyology.
O trabalho amplia o número de espécies conhecidas do gênero Inpaichthys, antes restrito à Amazônia ocidental.
O peixe foi encontrado por um pescador de aquarismo que suspeitou tratar-se de uma espécie nova e enviou os exemplares ao pesquisador. Após análises morfológicas, Dagosta confirmou que se tratava de uma espécie inédita.
Os resultados do estudo têm implicações diretas na conservação e no comércio de peixes ornamentais, visto que o Inpaichthys luizae possui um apelo devido a sua aparência peculiar.
O peixe foi encontrado por um pescador de aquarismo que suspeitou tratar-se de uma espécie nova e enviou os exemplares ao pesquisador. Após análises morfológicas, Dagosta confirmou que se tratava de uma espécie inédita.
O Inpaichthys |
Segundo o pesquisador, o tetra é considerado uma espécie relíquia: um grupo isolado há milhões de anos.
A linhagem teria se separado de parentes da região andina, reforçando a importância das cabeceiras do rio Tapajós e de outras áreas de relevo antigo no Brasil central.
Os resultados do estudo têm implicações diretas na conservação e no comércio de peixes ornamentais, visto que o Inpaichthys luizae possui um apelo devido a sua aparência peculiar.
O autor explica que, por ter grande potencial de venda no aquarismo, a espécie “tem que ser descrita o quanto antes porque, com o nome científico, passa a ser uma espécie brasileira com direito à conservação”.
Embora os rios onde vive estejam preservados e a espécie seja classificada como de “pouco preocupante”, o estudo destaca o risco de perda rápida de populações em função da exploração ornamental e do avanço do desmatamento.
Dagosta pretende continuar com os estudos e analisar pelo menos uma dezena de espécies de lambarizinhos inéditas nas regiões altas do escudo brasileiro.
Embora os rios onde vive estejam preservados e a espécie seja classificada como de “pouco preocupante”, o estudo destaca o risco de perda rápida de populações em função da exploração ornamental e do avanço do desmatamento.
Dagosta pretende continuar com os estudos e analisar pelo menos uma dezena de espécies de lambarizinhos inéditas nas regiões altas do escudo brasileiro.
O trabalho corre contra o tempo para catalogar a fauna local antes que seja extinta pelo desmatamento.
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