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Richard Dawkins critica políticas identitárias e diz que mulheres trans são homens

O cientista disse que mulheres trans são homens e alerta para integridade de ambientes como o esportivo e as prisões


O biólogo evolucionista Dawkins defendeu a priorização de fatos biológicos em universidades e instituições. Ele rejeita a prevalência de sentimentos ou políticas identitárias sobre a ciência. Afirmou haver uma “guerra contra a ciência” e que o pós-modernismo distorce o conhecimento biológico.

A declaração coincide com o lançamento de seu novo livro. A obra “A Guerra Contra a Ciência” foi coassinada por Dawkins e o físico teórico Lawrence Krauss. 

O livro reúne ainda textos de Steven Pinker, Alice Sullivan e Alan Sokal. Os autores criticam o avanço de ideologias que distorcem o conhecimento científico.


Dawkins
afirmou ser
cientificamente
falsa a ideia
de considerar
mulheres trans
como mulheres
literais. Ele
alertou para
riscos de
violação de
direitos de
mulheres
em vários
espaços.

Citou esportes, vestiários e prisões como exemplos. A autodeclaração de gênero, se usada isoladamente, gera estes problemas, disse.

O biólogo disse: “política e sentimentos pessoais não atingem verdades científicas”. Ele atribuiu a conjuntura ao avanço do pós-modernismo. 

Na visão do cientista, esta corrente alimenta “a mentira de que o sexo é um espectro”. 

Dawkins define machos e fêmeas pela anisogamia, a diferença entre gametas. Esse critério prevalece sobre diversidade de papéis sociais.

O cientista relatou pressão para censurar acadêmicos e autores. Segundo ele, editoras e funcionários tentaram calar quem rejeita a conversão de homens em mulheres biológicas. 

Ele classificou o ativismo trans como “assombrosamente agressivo”. Dawkins citou o caso da filósofa Kathleen Stock. Ela deixou a Universidade de Sussex após protestos.

Dawkins mencionou Sarah Jane Barker incentivando violência no London Pride de 2023. O alvo foram feministas radicais. O biólogo comemorou uma decisão da Suprema Corte britânica em 2023. 

A corte reconheceu o sexo biológico como único critério oficial para definição de gênero. Ele chamou a decisão de “vitória da ciência”.

O cientista lamentou a situação das universidades. Ele afirma que elas não oferecem mais a “livre e aberta troca de ideias”. Isso compromete a pesquisa independente. 

O livro também inclui a psiquiatra Sally Satel. Ela critica a expansão das burocracias DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão).

Satel, professora em Yale, argumenta que as estruturas DEI “policiam comportamento e linguagem”. Segundo ela, essas burocracias não têm mecanismos claros de responsabilização. 

A expansão da DEI ameaça a liberdade acadêmica. Ela representa um risco para a meritocracia, conclui a psiquiatra.

Comentários

CBTF disse…
Existem vários animais que trocam de gênero na natureza, será que pra esse cientista pentecostal do neo ateísmo esses animais não existem? Existem também humanos que nascem com ambos os gêneros, mas parece que pra ele esses humanos não existem.

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