Pular para o conteúdo principal

Deltan Dallagnol defende fé cristã na militância política. E é vaiado

Discurso ex-deputado se aproxima da retórica da Michelle Bolsonaro 


Deputado federal cassado, Deltan Dallagnol (Partido Novo), evangélico, manifestou-se no dia 7 de abril contra a laicidade de Estado defender a fé cristã como valor político.

A falar em painel sobre combate à corrupção na Brazil Conference, encontro organizado por alunos brasileiros de Harvard e do MIT em Cambridge (EUA), o ex-promotor público da Lava Jato ressaltou, antes de terminar a palestra, que, sim, leva a religião para seu trabalho, recebendo vaia da plateia.

Depois, a jornalista da Folha, afirmou haver “grande preconceito contra a expressão da fé no ambiente público”.


Dallagnol se mostra cada
vez mais alinhado com
a extrema-direita

“É um preconceito secularizante de uma perspectiva humanista que exclui a fé, mas ao mesmo tempo aceita todas as ideologias, liberalismo, socialismo, comunismo, conservadorismo, todas as ideologias que têm por base, em última análise, a fé.”

Ao associar fé cristã com ideologias políticas, Dallagnol lembra um recente discurso da Michelle, mulher do ex-presidente Bolsonaro, no qual ela sugere a instituição no Brasil de uma teocracia cristã, com valores religiosos sobrepondo-se a uma Constituição laica.

Em sua palestra, Dallagnol também manifestou apoio à crítica do empresário Elon Musk, dono do X, segundo o qual o ministro Alexandre Moraes, do STF, tem atuado como censor da rede social.

> Com informação da Folha de S.Paulo e outras fontes.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Mudanças climáticas ameaçam reduzir áreas das espécies silvestres de mandioca até 2100

Defensores do Estado laico são ‘intolerantes’, diz apresentadora

Para Rachel, liberdade e honestidade são princípios do cristianismo A apresentadora evangélica Rachel Sheherazade (foto), do SBT Brasil, acusou ontem (30) os defensores do Estado laico de “intolerantes” por “voltarem sua ira contra a minúscula citação ['Deus seja louvado'] nas notas do real”. Para ela, os laicistas estão perseguindo o cristianismo, porque querem acabar com o ensino religioso e tirar o crucifixo das repartições públicas. Rachel fez esses comentários após ler a notícia de que a juíza Diana Brunstein, da 7ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, tinha negado pedido do MPF (Ministério Público Federal) para a supressão da referência a Deus das cédulas do real. A apresentadora disse que os defensores do Estado laico são ingratos para com o cristianismo, que, segundo ela, é o responsável por princípios como liberdade, honestidade, respeito e justiça. “É no mínimo uma ingratidão à doutrina que inspirou nossa cultura, nossos valores e até mesmo a nossa própri

Bento 16 associa união homossexual ao ateísmo

Papa passou a falar em "antropologia de fundo ateu" O papa Bento 16 (na caricatura) voltou, neste sábado (19), a criticar a união entre pessoas do mesmo sexo, e, desta vez, associou-a ao ateísmo. Ele disse que a teoria do gênero é “uma antropologia de fundo ateu”. Por essa teoria, a identidade sexual é uma construção da educação e meio ambiente, não sendo, portanto, determinada por diferenças genéticas. A referência do papa ao ateísmo soa forçada, porque muitos descrentes costumam afirmar que eles apenas não acreditam em divindades, não se podendo a priori se inferir nada mais deles além disso. Durante um encontro com católicos de diversos países, Bento 16 disse que os “cristãos devem dizer ‘não’ à teoria do gênero, e ‘sim’ à aliança entre homens e mulheres no casamento”. Afirmou que a Igreja defende a “dignidade e beleza do casamento” e não aceita “certas filosofias, como a do gênero, uma vez que a reciprocidade entre homens e mulheres é uma expressão da bel

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Brasil já tem pelo menos dez igrejas dedicadas aos gays

Título original: Desafiando preconceito, cresce número de igrejas inclusivas no Brasil por Luís Guilherme Barrucho , da BBC Brasil As inclusivas se concentram no eixo São Paulo-Rio Encaradas pelas minorias como um refúgio para a livre prática da fé, as igrejas "inclusivas" - voltadas predominantemente para o público gay - vêm crescendo a um ritmo acelerado no Brasil, à revelia da oposição de alas religiosas mais conservadoras. Estimativas feitas por especialistas a pedido da BBC Brasil indicam que já existem pelo menos dez diferentes congregações de igrejas gay-friendly no Brasil, com mais de 40 missões e delegações espalhadas pelo país. Concentradas, principalmente, no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, elas somam em torno de 10 mil fiéis, ou 0,005% da população brasileira. A maioria dos membros (70%) é composta por homens, incluindo solteiros e casais, de diferentes níveis sociais. O número ainda é baixo se comparado à quantidade de católicos e evangélico

Limpem a boca para falar do Drauzio Varella, cristãos hipócritas!

Varella presta serviço que nenhum médico cristão quer fazer LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião Eu meto o pau na Rede Globo desde o começo da década de 1990, quando tinha uma página dominical inteira no "Diário do Amazonas", em Manaus/AM. Sempre me declarei radicalmente a favor da pena de morte para estupradores, assassinos, pedófilos, etc. A maioria dos formadores de opinião covardes da grande mídia não toca na pena de morte, não discutem, nada. Os entrevistados de Sikera Júnior e Augusto Nunes, o povo cristão da rua, também não perdoam o transexual que Drauzio, um ateu, abraçou . Então que tipo de país de maioria cristã, tão propalada por Bolsonaro, é este. Bolsonaro é paradoxal porque fala que Jesus perdoa qualquer crime, base haver arrependimento Drauzio Varella é um médico e é ateu e parece ser muito mais cristão do que aqueles dois hipócritas.  Drauzio passou a vida toda cuidando de monstros. Eu jamais faria isso, porque sou ateu e a favor da pena de mor

Pregação de químico contra evolução preocupa cientistas

O bioquímico evangélico Eberlin diz que  teoria da evolução é falácia Um grupo de cientistas enviou em março uma carta à ABC (Academia Brasileira de Ciência) manifestando “preocupação com a tentativa de popularização de ideias retrógradas que afrontam o método científico”. Trata-se de uma referência ao bioquímico evangélico Marcos Eberlin (foto), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que também é membro da academia. O bioquímico tem se destacado pelas suas pesquisas sobre uma técnica para medir massas e composição de moléculas e pelas palestras onde critica a teoria da evolução, de Charles Darwin (1809-1882), com a afirmação de que a ciência tem produzido cada vez mais dados indicativos de que existe uma mente inteligente por detrás de toda a criação. Eberlin defende a ideia do design inteligente segundo a qual não houve na Terra evolução da vida, que é, no seu entendimento, uma obra de Deus. “'Não aceito a evolução porque as evidências químicas que ten

Sottomaior responde a Gandra: fundamentalismo ateu é ficção

Título original: O fundamentalismo de cada dia por Daniel Sottomaior para Folha em resposta a Integrante da Opus Dei critica o ‘fundamentalismo ateu’ brasileiro Sottomaior é presidente da  Associação Brasileira  dos Ateus e Agnósticos Segundo Ives Gandra, em recente artigo nesta Folha ("Fundamentalismo ateu", 24/11), existe uma coisa chamada "fundamentalismo ateu", que empreende "guerra ateia contra aqueles que vivenciam a fé cristã". Nada disso é verdade, mas fazer os religiosos se sentirem atacados por ateus é uma estratégia eficaz para advogados da cúria romana. Com o medo, impede-se que indivíduos possam se aproximar das linhas do livre-pensamento. É bom saber que os religiosos reconhecem o dano causado pelo fundamentalismo, mas resta deixar bem claro que essa conta não pode ser debitada também ao ateísmo. Os próprios simpatizantes dos fundamentos do cristianismo, que pregam aderência estrita a eles, criaram a palavra "fund

Atirador chegou a frequentar um templo da Testemunhas de Jeová

Menino de pouca fala e grande apego à mãe Rosilane de Oliveira, irmã de criação do atirador Wellington Menezes, disse que a família gostaria que ele fosse da religião Testemunhas de Jeová. Amigos de Oliveira afirmaram que ele tinha se convertido informalmente ao islamismo, mas, antes, tentou seguir o conselho da família, principalmente da mãe, a quem era muito apegado: frequentou um templo da TJs. >  Líder religioso confirma que atirador foi da Testemunhas de Jeová. Já por natureza quieto, o comportamento do rapaz pode ser descrito como o de um típico seguidor da TJs: evitava falar com quem não fosse de sua religião, era pacto, não fumava nem bebia e sempre chegava sem atraso ao trabalho, um  almoxarifado de uma fábrica. Depois que a mãe morreu, há cerca de dois anos, ele teria desistido da TJs. Foi quando se converteu ao islamismo. Passou a se vestir de preto e por alguns tempos usou uma barba longa. Seu pai, Guido Bulgana Cubas de Oliveira, tinha morrido havia c