Pular para o conteúdo principal

Ciência e religião são incompatíveis, afirma estudo do Reino Unido

Encomendada por entidades associadas a religiões, a pesquisa foi realizada com entrevista de acadêmicos e comunicadores científicos


A maioria (57%) da população do Reino Unido acredita que ciência e religião são incompatíveis entre si, contra os 30% daqueles para os quais não há divergências. Essa relação muda quando a comparação é feita entre ciência (50%) e uma religião específica, o cristianismo (36%).

É o que apurou uma pesquisa do instituto YouGov encomendada por Think Tank Theos e The Faraday, com financiamento do Templeton Religion Trust, um fundo de apoio a projetos de estudos e caridade. As três últimas entidades estão associadas a religiões.

A concepção e realização da pesquisa 'Ciência e Religião: Afastando-se da superfície" demandaram três anos, terminando em 2019, com o propósito de um aprofundamento na questão. Para tanto, foram entrevistados 5.153 acadêmicos e comunicadores científicos.

Os homens se mostraram mais propensos que as mulheres pela incompatibilidade entre ciência e religião, com 60% contra 55%.

A diferença é ainda maior em relação a dois grupos, brancos (68%) e étnicos não brancos (48%).

Teoria da 
evolução
desequilibra
debate em
favor da
ciência

Do total dos entrevistados, 46% concordam que “todas as religiões contêm algum elemento de verdade”; 49% que “os humanos são, no fundo, seres espirituais”; e 64% que “há algumas coisas que a ciência nunca conseguirá explicar”.

Relatório da própria pesquisa relativiza os resultados com a afirmação de que "'ciência' é 'religião' são categorias vastas, extensas e mal definidas, ambas altamente relevantes para a questão de como vivemos nossas vidas juntos”.

Autores do relatório reconhecem haver tensões e conflitos entre as duas áreas, mas isso, segundo eles, geralmente ocorre de "forma superficial". Isto porque, segundo eles, o debate tem ocorrido por meio de "lentes estreitas", com a teoria da evolução, big bang e neurociência. Assim, acrescentam, o público acaba tendo dificuldade para localizar e explicar a essência da questão.

Contudo, para observadores independentes, a explicação é simples: o resultado da pesquisa reflete o avanço da secularização da sociedade do Reino Unido.

> Com informação do Theos e de outras fontes.

• Não há como conciliar ciência com religião, afirma Hawking

• Físico afirma que ciência pode provar a inexistência de Deus



Comentários

betoquintas disse…
Enquete pública não é aceitável. Consiste na falácia ad populi. Lógica, razão e argumento não podem ser baseados na opinião da audiência como faz o BBB. A ideia de que ciência e religião são incompatíveis surgiu no século XVIII e foi descartada no século XX. Voltar com essa ideia é desonesto e irracional.
A base da ciência é justamente a dúvida, o questionamento, inclusive em relação à própria ciência; já a base da religião é a fé cega, a aceitação dogmática. Óbvio que sempre foram imiscíveis.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

Ateísmo faz parte há milênios de tradições asiáticas

Chico Buarque: 'Sou ateu, faz parte do meu tipo sanguíneo'

Físico afirma que cientistas só podem pensar na existência de Deus como hipótese

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Padre acusa ateus de defenderem com 'beligerância' a teoria da evolução

Roger tenta anular 1ª união para se casar com Larissa Sacco

Médico é acusado de ter estuprado pacientes Roger Abdelmassih (foto), 66, médico que está preso sob a acusação de ter estuprado 56 pacientes, solicitou à Justiça autorização  para comparecer ao Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de São Paulo de modo a apresentar pedido de anulação religiosa do seu primeiro casamento. Sônia, a sua segunda mulher, morreu de câncer em agosto de 2008. Antes dessa união de 40 anos, Abdelmassih já tinha sido casado no cartório e no religioso com mulher cujo nome ele nunca menciona. Esse casamento durou pouco. Agora, o médico quer anular o primeiro casamento  para que possa se casar na Igreja Católica com a sua noiva Larissa Maria Sacco (foto abaixo), procuradora afastada do Ministério Público Federal. Médico acusado de estupro vai se casar com procuradora de Justiça 28 de janeiro de 2010 Pelo Tribunal Eclesiástico, é possível anular um casamento, mas a tramitação do processo leva anos. A juíza Kenarik Boujikian Fel...

Médico acusado de abuso passa seu primeiro aniversário na prisão

Roger Abdelmassih (reprodução acima), médico acusado de violentar pelo menos 56 pacientes, completou hoje (3) 66 anos de idade na cela 101 do pavilhão 2 da Penitenciária de Tremembé (SP). Foi o seu primeiro aniversário no cárcere. Filho de libaneses, ele nasceu em 1943 em São João da Boa Vista, cidade paulista hoje com 84 mil habitantes que fica a 223 km da capital. Até ser preso preventivamente no dia 17 de agosto, o especialista em reprodução humana assistida tinha prestígio entre os ricos e famosos, como Roberto Carlos, Hebe Camargo, Pelé e Gugu, que compareciam a eventos promovidos por ele. Neste sábado, a companhia de Abdelmassih não é tão rica nem famosa e, agora como o próprio médico, não passaria em um teste de popularidade. Ele convive em sua cela com um acusado de tráfico de drogas, um ex-delegado, um ex-agente da Polícia Federal e um ex-investigador da Polícia Civil. Em 15 metros quadrados, os quatros dispõem de três beliches, um vaso sanitário, uma pia, um ch...