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Rainha baixou no Rio para aprender português e outras estórias do além

Entre o mundo sobrenatural e o natural: JK, Charles Darwin, Tomás Antônio Gonzaga, D. Pedro I...

LUIZ ANTONIO SIMAS | Twitter
escritor

Todo ano faço um fio — acrescentando informações — sobre um Brasil que não é pra principiantes. Ao saber dos rumores de que a Rainha Elizabeth II baixou em um centro de mesa espírita aqui no Rio - e disse estar aprendendo português no Nosso Lar —, resolvi aumentar a lista.

Por aqui, no Rio, Carlota Joaquina virou pombagira de quimbanda em um terreiro de Queimados. Carlos Gardel baixava numa manicure em uma casa na Fazenda da Bica. Cantava tangos dando passes, acompanhado de um caboclo tupinambá que tocava bandoneón.

Tivemos um presidente da República — JK — que recebeu passe de um caboclo no Mercadão de Madureira. O caboclo era o próprio boiadeiro Madureira, dono das terras que deram origem ao bairro.

Um paranormal mineiro incorporou o naturalista Charles Darwin durante a Guerra da Lagosta, conflito entre o Brasil e a França na década de 1960. Darwin declarou que a razão estava com o Brasil.

O presidente Collor afirmou a uma revista de mulher pelada que foi D. Pedro I em outra encarnação. São Longuinho, o soldado romano que ajuda a gente a encontrar objetos perdidos, reencarnou aqui como D. Pedro II.

Um livro sobre a Inconfidência Mineira, recomendado em antanho pelo Ministério da Educação, afirma que Tomás Antônio Gonzaga voltou ao Brasil quase cem anos depois de morto como o escritor Monteiro Lobato.

Em 1994, o prefeito de Porto Seguro, João Mattos de Paula, fez durante um comício, na presença de Fernando Henrique Cardoso, a seguinte declaração: acabo de voltar de um centro espírita, onde Pedro Álvares Cabral cumprimentou-me pelo desempenho à frente da prefeitura.

Em 1976, o Bebê-Diabo nasceu em São Bernardo do Campo. Um taxista declarou ter encontrado o bebê, que entrou no taxi. O taxista o reconheceu e disse: Vamos pra onde, Seu Bebê diabo? O demo respondeu: Toca para o inferno. O taxista desmaiou.

Dizem que a mulher de um presidente — Dona Cyla Médici — recebeu Dona Molambo via satélite, durante uma sessão de macumba que o Exu Seu Sete da Lira promoveu no programa do Chacrinha, em 1972. A cena de Chacrinha chorando, ajoelhado diante de Seu Sete, marcou a TV.


Chacretes receberam pombagiras e ligações do país inteiro davam conta de que tinha gente recebendo via satélite toda a falange da rua. Saindo do Chacrinha, Seu Sete foi incorporado ao Flávio Cavalcante.

O Barão de Paquetá, figurão do Império, achava que era a reencarnação de um faraó da III Dinastia. Mandou, por isso, construírem seu túmulo em forma de pirâmide, no cemitério São João Batista. Assim foi feito.

Tom Jobim frequentava, no subúrbio carioca de Cavalcante, a casa do médium Lourival de Freitas, que incorporava Nero, o Imperador. O famoso "Nero de Cavalcante" levitava e realizava prodígios, acompanhado de uma médium que recebia Agripina, a sua mãe.

Machado de Assis já foi visto algumas vezes passeando, com a maior tranquilidade, no Real Gabinete Português de Leitura. Uma múmia do Museu Nacional - RJ , levantou-se, com o museu fechado, foi ao banheiro fazer xixi. Um segurança, horrorizado, testemunhou a cena.

Uma professora e três estagiários da UFRJ, quando pesquisavam documentos no Museu Nacional, perceberam que estavam sendo observados por uma mulher. Era a Imperatriz Leopoldina. Em breve, mais casos deste fio infinito que pretendo transformar em livro de crônicas.



Comentários

Anônimo disse…
Podem ver que quem acredita nessas histórias da carochinha é tudo eleitor do Minto.

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