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Igreja Ortodoxa da Rússia abençoa tanques da invasão à Ucrânia

Igreja dos dois países pedem paz, mas dão apoio espiritual para a guerra 

EDELBERTO BEHS
jornalista

O posicionamento da Igreja Ortodoxa Russa e da Igreja Ortodoxa Ucraniana é “uma tragédia”, definiu o fundador e comunicólogo da rede de satélite New Life Radio, Daniel Johnson, sediada em Odessa, Ucrânia. A Rádio Cristã da Rússia, uma organização missionária não-denominacional criada em 1996, é a âncora da rede e começou a operar em Moscou, onde ficou até 2019.

“Os padres ortodoxos russos estão abençoando os tanques, e os padres ortodoxos ucranianos estão abençoando os soldados para lutarem contra a Rússia. Trata-se de uma cena trágica onde duas religiões irmãs tomaram partido completamente dos objetivos nacionais de seu país”, relatou Johnson em entrevista ao The Christian Post.

Em suas transmissões para a Rússia e Ucrânia, a emissora evangélica está pedindo aos cristãos dos dois países que se unam em oração pela paz.

Igreja Ortodoxa russa
em um momento de
amor ao próximo

“Eles (os líderes ortodoxos dos dois países) não estão agindo como se fossem cidadãos do Reino dos céus. Eles representam, em primeiro lugar, o nacionalismo. E isso não é quem somos como cristãos”, lamentou o comunicador.

The Christian Post divulgou resultado de pesquisa universitária da Universidade de Quinniapiac, do vilarejo de Hamden, no Condado de Vinton, Ohio, divulgada no dia 16 de fevereiro, constatando que 57% dos estadunidenses não concordam que os Estado Unidos enviem tropas para a Ucrânia. Mas 54% dos pesquisados apoiam a decisão do presidente Biden de enviar tropas para a Europa Oriental em apoio aos aliados dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Precisamos ser uma força de oração pela paz entre essas nações e confiar em Deus para determinar o resultado da vida das pessoas na Ucrânia e na Rússia, porque de muitas maneiras trata-se de uma irmandade de nações”, declarou Johnson.

> Estse texto foi publicado originalmente no site católico IHU-Online.

Vlademir Putin mantém menção a Deus no hino russo 





Comentários

Anônimo disse…
Abençoam até armas, mas não podem abençoar um casal gay.
Exato, mas como religião desperta, ou enaltece, a hipocrisia e dissonâncias cognitivas, dentre outros vieses cognitivos, faz sentido.
Por isso sempre devemos defender o fator laico ou secular. Se a religião tem seus valores, DESDE que fiquem EM ÂMBITO INTERNO, sem problemas. Nem mesmo tentar interferir indiretamente fora, inclui em outras denominações religiosas que tem o direito de existirem.
Ahhh, que fofo! Religiosamente sim. SQN se fora da religião...
Religiosamente dizendo, faz sentido, mas não faz sentido... Dissonância cognitiva e hipocrisia fazem parte da lógica religiosa de quase todas, em particular as Abraâmicas.
O ato exibido no artigo já extrapola, pois é benção nas Forças Armadas, violando o fator laico. Mas como na Rússia nem há mesmo, nem na Ucrânia e em quase todos os países a laicidade nada vale, haverá essas sandices. Promoção de preconceitos, ódios e afins estão no "pacote". Junte com nacionalismos, egos inflados de poderosos e interesses econômicos. Depois de se enaltecer tanta irracionalidade, reclamam quando chega ao ponto de guerrearem...
Obs. cuidado, ICAR nada boazinha. O que há são (raras) excessões, notável é o pde. Júlio Lancelotti. A ICAR pode não apoiar "assim" a guerra, mas preconceitos e outros horrores, ela costuma apoiar. Mesmo "aparentemente" respeitar os gays dito pelo Papa Francisco, há de saber se é na plenitude, ou políticas inclusivas não são aceitas, p.ex... O "nada contra" (SQN) que muitos por aí dizem.

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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