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Decisões do Supremo não terão 'valores evangélicos extremos', diz Fux

'Mendonça saberá respeitar a separação entre Estado e religião'

Ao comentar sobre a chegada de um novo ministro, o pastor presbiteriano André Mendonça, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, disse que "a Corte obedece à laicidade do Estado e não irá introjetar valores evangélicos extremos nas [suas] decisões".

A afirmação contraria expectativa do presidente Jair Bolsonaro e de lideranças evangélicas, que esperam de Mendonça uma militância evangélica, principalmente em questões de costumes.

Fux falou que o novo ministro "saberá respeitar a separação entre Estado e religião ao vestir a toga".

“Ele [Mendonça] tem meritocracia para estar no Supremo e está ciente que a Corte obedece à laicidade do Estado."

Ao ser sabatinado pelos senadores, o então candidato "terrivelmente evangélico" de Bolsonaro disse que "na vida, a Bíblia; no STF, a Constituição”.

Após ter sido aprovado pelo Senado, Mendonça comentou com líderes evangélicos que a sua presença no STF "é um passo para um homem, mas na história dos evangélicos do Brasil é um salto. Um passo para o homem, um salto para os evangélicos."

Fux, que se encontra nos Estados Unidos para assinar acordos na área judiciária, afirmou que Mendonça saberá respeitar a separação entre Estado e religião porque "ele tem meritocracia para estar no Supremo".

O ministro acrescentou: “Suponhamos que se nomeie mais dois ministros evangélicos: serão três. Aqui (nos EUA) também é assim, há os juízes republicanos e os democratas. No Brasil, os juízes evangélicos seriam minoria.”

Trata-se de uma referência à promessa de Bolsonaro de colocar mais dois ministros evangélicos no Supremo, caso seja eleito.

Mendonça vai tomar posse no próximo dia 16, com a presença de líderes evangélicos. 

Fux com Mendonça, que
ficará 26 anos no Supremo

> Com informação do Estado de S.Paulo e de outras fontes.

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Comentários

Nem valores evanjas (ou de qualquer outra religião e afins de fé) moderados, ou pequenos. Ainda mais considerando que os crédulos podem definir "um valor extremo como menor", logo "aplicável".

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