Articulista da Folha de S.Paulo, Hélio Schwartsman escreveu hoje (7) o artigo "Por que torço para que Bolsonaro morra" porque, no entendimento dele, isso impediria que muitas pessoas morressem de Covid-19.
O jornalista afirmou que a morte do presidente, que contraiu o novo coronavírus, seria uma perda lamentável, como a de qualquer outra pessoa. Mas a sua morte seria benéfica pelas éticas consequencialistas, que são diferentes da ética religiosa e moral.
“Consequencialismo” é uma palavra criada pela controvertida filósofa inglesa Gertrude Anscombe (1919-2001), estudiosa da mente e da religião.
Para ela, como escreveu em “Modern Moral Philosophy”, o indivíduo é responsável pelas consequências de seus atos, mesmo estes não sendo intencionais. E essas consequências têm de ser levada em conta pela sociedade.
Extrapolando para o caso Bolsonaro, o seu desaparecimento atenuaria as consequências da Covid-19 nas estatísticas da mortandade.
“O sacrifício de um indivíduo pode ser válido, se dele advier um bem maior”, escreveu.
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O jornalista afirmou que a morte do presidente, que contraiu o novo coronavírus, seria uma perda lamentável, como a de qualquer outra pessoa. Mas a sua morte seria benéfica pelas éticas consequencialistas, que são diferentes da ética religiosa e moral.
“Consequencialismo” é uma palavra criada pela controvertida filósofa inglesa Gertrude Anscombe (1919-2001), estudiosa da mente e da religião.
Para ela, como escreveu em “Modern Moral Philosophy”, o indivíduo é responsável pelas consequências de seus atos, mesmo estes não sendo intencionais. E essas consequências têm de ser levada em conta pela sociedade.
Extrapolando para o caso Bolsonaro, o seu desaparecimento atenuaria as consequências da Covid-19 nas estatísticas da mortandade.
“O sacrifício de um indivíduo pode ser válido, se dele advier um bem maior”, escreveu.
Se uma vida tem o mesmo valor que outra, mil delas, por exemplo, vale mais do que uma única — essa é a lógica do consequencialismo.
“A ausência de Bolsonaro significaria que já não teríamos um governante minimizando a epidemia nem sabotando medidas para mitigá-la.”
“A crer num estudo de pesquisadores da UFABC, da FGV e da USP, cada fala negacionista do presidente se faz seguir de quedas nas taxas de isolamento e de aumentos nos óbitos. Detalhe irônico: são justamente os eleitores do presidente a população mais afetada.”
“Bônus políticos não contabilizáveis em cadáveres incluem o fim (ou ao menos a redução) das tensões institucionais e de tentativas de esvaziamento de políticas ambientais, culturais, científicas, etc.”
“Ficaria muito mais difícil para outros governantes irresponsáveis imitarem seu discurso e atitudes, o que presumivelmente pouparia vidas em todo o planeta. Bolsonaro prestaria na morte o serviço que foi incapaz de ofertar em vida.”
Schwartsman coloca toda sua argumentação no plano filosófico, mas ainda assim o seu artigo tem tido forte repercussão na internet, com pessoas se posicionando contra e outra favor.
O ministro André Mendonça (Justiça) pediu à Polícia Federal para abrir um inquérito com o propósito de enquadrar Schwartsman na lista de crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social.
O inquérito não deve prosperar porque, se o fosse o caso, o próprio Bolsonaro deveria responder pelos mesmos crimes por minimizar os efeitos da pandemia e não demonstrar empatia com as famílias das mortos pela Covid-19.
Com informação da Folha e de outras fontes.
“A ausência de Bolsonaro significaria que já não teríamos um governante minimizando a epidemia nem sabotando medidas para mitigá-la.”
“A crer num estudo de pesquisadores da UFABC, da FGV e da USP, cada fala negacionista do presidente se faz seguir de quedas nas taxas de isolamento e de aumentos nos óbitos. Detalhe irônico: são justamente os eleitores do presidente a população mais afetada.”
“Bônus políticos não contabilizáveis em cadáveres incluem o fim (ou ao menos a redução) das tensões institucionais e de tentativas de esvaziamento de políticas ambientais, culturais, científicas, etc.”
“Ficaria muito mais difícil para outros governantes irresponsáveis imitarem seu discurso e atitudes, o que presumivelmente pouparia vidas em todo o planeta. Bolsonaro prestaria na morte o serviço que foi incapaz de ofertar em vida.”
Schwartsman coloca toda sua argumentação no plano filosófico, mas ainda assim o seu artigo tem tido forte repercussão na internet, com pessoas se posicionando contra e outra favor.
O ministro André Mendonça (Justiça) pediu à Polícia Federal para abrir um inquérito com o propósito de enquadrar Schwartsman na lista de crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social.
O inquérito não deve prosperar porque, se o fosse o caso, o próprio Bolsonaro deveria responder pelos mesmos crimes por minimizar os efeitos da pandemia e não demonstrar empatia com as famílias das mortos pela Covid-19.
Benção de Edir Macedo confirma que Bolsonaro é um presidente 'terrivelmente evangélico'
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