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Bispos criticam Bolsonaro por se associar a religiosos que pregam o ódio

Arcebispos, bispos e bispos eméritos católicos, no total de 152, assinaram o texto “Carta ao Povo de Deus” onde criticam o presidente Jair Bolsonaro por sua associação com religiosos fundamentalistas que pregam o ódio.

Defendendo respeito ao Estado laico, os bispos afirmam que a religião está sendo “utilizada para manipular sentimentos e crenças, provocar divisões, difundir o ódio, criar tensões entre igrejas e seus líderes”.

Ressaltam que é “perniciosa toda associação entre religião e poder no Estado laico, especialmente a associação entre grupos religiosos fundamentalistas e a manutenção do poder autoritário”.


“Como não ficarmos indignados diante do uso do nome de Deus e de sua Santa Palavra, misturados a falas e posturas preconceituosas, que incitam ao ódio, ao invés de pregar o amor, para legitimar práticas que não condizem com o Reino de Deus e sua justiça?”

O texto vazou no momento em que estava sendo analisado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros).

Procurada pela imprensa, a CNBB afirmou que só os signatários do texto podem falar sobre ele, mas é notória a oposição da entidade ao governo.

Os bispos, no texto, fazem fortes críticas a Jair Bolsonaro, como “a defesa intransigente dos interesses de uma economia que mata, centrada no mercado e no lucro a qualquer preço".

Ressaltam o desprezo de Bolsonaro “pela educação, cultura, saúde e pela diplomacia" e manifestam preocupação com o viés anticiência do governo diante da pandemia do coronavírus. 

Entre os signatários do texto estão o arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio Hummes; bispo emérito de Blumenau, dom Angélico Sandalo Bernardino; bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM), dom Edson Taschetto Damian; arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa; bispo prelado emérito do Xingu (PA), dom Erwin Krautler; e arcebispo de Manaus (AM) e ex-secretário-geral da CNBB dom Leonardi Ulrich.

Contra uma “tempestade perfeita”, eles pedem "um amplo diálogo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade, para que seja restabelecido o respeito à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito". 

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