“Em sociedades democráticas as pessoas são livres para alimentarem as crenças que quiserem, mas políticas públicas devem ser guiadas por informações confiáveis e estudos metódicos, buscando soluções embasadas para os problemas.” A afirmação é do físico Paulo Nussenzveig, professor do Departamento de Física Experimental da USP.
Nussenzveig aponta que cientistas não são movidos apenas por racionalidade e há muito de paixão no trabalho científico.
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Apesar disso, ele lamenta, que em relação à Covid-19, até mesmo "indivíduos com formação científica e títulos acadêmicos estão defendendo que os métodos da ciência sejam desconsiderados por serem ‘lentos demais'”, afirma.
Nussenzveig aponta que cientistas não são movidos apenas por racionalidade e há muito de paixão no trabalho científico.
“Mas é preciso saber que, por mais que estejamos convencidos de alguma ideia, são necessárias evidências para sua validação”, ressalta.
“Minimiza-se, assim, o viés de confirmação, como foi bem expresso por Richard Feynman: ‘A primeira regra é que você não deve se deixar enganar a si mesmo, e você é a pessoa mais fácil de ser enganada por você mesmo'”.
Essa aparente dicotomia entre paixão e espírito crítico torna o trabalho de cientistas especialmente exigente, destaca o físico.
Essa aparente dicotomia entre paixão e espírito crítico torna o trabalho de cientistas especialmente exigente, destaca o físico.
“Ao mesmo tempo, é preciso empolgação, paixão pela descoberta, criatividade para buscar soluções originais e espírito crítico para testar se não há falhas no raciocínio”, diz.
Com informação do Jornal da USP.
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