Pular para o conteúdo principal

Referendo na Suíça pune discriminação contra gay com prisão de até três anos

Do total de votantes,
 62% se posicionaram
contra a homofobia

por Deutsche Welle

Os eleitores da Suíça se decidiram neste domingo (9 de fevereiro de 2020) por proibir a discriminação com base na orientação sexual.

Em referendo, eles votaram a favor de uma emenda que especificamente declara ilegal o discurso de ódio e a discriminação contra homossexuais e bissexuais, com penas previstas de até três anos de prisão.

O Código Penal suíço atualmente aborda a discriminação por raça, etnia e religião. A atual legislação fora aprovada em 2018 pelo Parlamento, mas teve que ir a referendo diante das críticas de que coibiria a liberdade de expressão. 

A democracia direta do país, à base de referendos, submete questões divisoras à população, se suficientes cidadãos assim exigem.

Cerca de 62% do eleitorado votou pela emenda, com o apoio da maioria dos partidos nacionais, inclusive verdes, esquerdistas e centristas. 

No entanto o Partido Popular Suíço (SVP), o mais forte no Parlamento, se opôs, argumentando que imigrantes teriam importado posições homofóbicas, e que diálogo social e a expulsão dos infratores estrangeiros seriam mais eficazes.


À agência de notícias AFP, o deputado do SVP Eric Bertinat disse acreditar que a lei seja "parte de um plano dos LGBT para lentamente mover-se em direção ao casamento homossexual e à reprodução sob assistência médica" para casais gays. 

Segundo Marc Frueh, líder do pequeno partido cristão União Federal Democrática da Suíça (EDU), trata-se de uma "lei de censura".

Para Mathias Reynard, do Partido Social-Democrata da Suíça (SP), que iniciou a reforma, "este é um dia histórico", o qual "emite um sinal que é fantástico para todo mundo e para qualquer um que tenha sido vítima de discriminação".

A legislação aprovada na Suíça proíbe: denegrir publicamente ou discriminar alguém por ser gay; incitar ao ódio em texto, fala, imagens ou gestos; que operadores de restaurantes, cinemas e instalações públicas como piscinas de discriminem devido à orientação sexual.

Ela não interdita: comentários homófobos emitidos num contexto familiar ou entre amigos; discriminação por identidade de gênero, incluindo de transgêneros; debate público sobre discriminação; ou piadas de gays.

Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.



Igreja de gays vai celebrar casamento comunitário em São Paulo

Brasil já tem pelo menos dez igrejas dedicadas aos gays

Católicos franceses descobrem blasfêmia no pai-nosso

Limitar casamento com crianças é 'blasfêmia', diz órgão islâmico




Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

Ateísmo faz parte há milênios de tradições asiáticas

Chico Buarque: 'Sou ateu, faz parte do meu tipo sanguíneo'

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê...

Escritor ateu relata em livro viagem que fez com o papa Francisco, 'o louco de Deus'

Físico afirma que cientistas só podem pensar na existência de Deus como hipótese

Caso Roger Abdelmassih

Violência contra a mulher Liminar concede transferência a Abelmassih para hospital penitenciário 23 de novembro de 2021  Justiça determina que o ex-médico Roger Abdelmassih retorne ao presídio 29 de julho de 2021 Justiça concede prisão domiciliar ao ex-médico condenado por 49 estupros   5 de maio de 2021 Lewandowski nega pedido de prisão domiciliar ao ex-médico Abdelmassih 26 de fevereiro de 2021 Corte de Direitos Humanos vai julgar Brasil por omissão no caso de Abdelmassih 6 de janeiro de 2021 Detento ataca ex-médico Roger Abdelmassih em hospital penitenciário 21 de outubro de 2020 Tribunal determina que Abdelmassih volte a cumprir pena em prisão fechada 29 de agosto de 2020 Abdelmassih obtém prisão domicililar por causa do coronavírus 14 de abril de 2020 Vicente Abdelmassih entra na Justiça para penhorar bens de seu pai 20 de dezembro de 2019 Lewandowski nega pedido de prisão domiciliar ao ex-médico estuprador 19 de novembro de 2019 Justiça cancela prisão domi...

Padre acusa ateus de defenderem com 'beligerância' a teoria da evolução