Pular para o conteúdo principal

Justiça do Paquistão tira do corredor da morte muçulmano suspeito de blasfêmia

Antes de ser considerado
 inocente, Wajih ul Hassan
ficou preso 18 anos

A Suprema Corte do Paquistão absolveu em 25 de setembro de 2019 Wajih ul Hassan (foto de 2002), um muçulmano que foi condenado à morte em 2002, sob a lei de blasfêmia por supostamente ser o autor de cartas de ultraje a Maomé.

Após 18 anos, Hassan recuperou a liberdade depois que o tribunal de três juízes concluir que não há provas suficiente para a condenação.

O procurador-geral suplente de Punjab, Mohammad Amjad Rafiq, disse ao jornal ‘Dawn’ que “as acusações foram derivadas das cartas que o acusado supostamente escreveu a um advogado de alto escalão, Ismail Qureshi, depois que este conseguiu obter uma sentença favorável do Tribunal Federal de Shariat (FSC)”.

Hassan foi acusado 2001 por intermédio de uma "confissão extrajudicial" realizada ao gerente da fábrica onde trabalhava, e pelas conclusões de um especialista em caligrafia, que afirmava a semelhança entre a caligrafia do acusado e as cartas mencionadas.

No entanto, de acordo com ‘Dawn’, o Tribunal concluiu que ambas as provas eram frágeis segundo a lei e, pela falta de testemunhas diretas, “o tribunal principal não teve outra opção a não ser ordenar a libertação do acusado depois de exonerá-lo de todas as acusações”.

A lei da blasfêmia é inspirada pela sharia (lei islâmica) para castigar, inclusive com a morte, qualquer ofensa de palavra ou ação contra Alá, Maomé ou o Corão. A blasfêmia pode ser denunciada por qualquer muçulmano sem testemunhas ou provas.

Embora tenha sido registrado que também muçulmanos fiéis são vítimas da lei de blasfêmia, 14% das pessoas acusadas por esta legislação são não muçulmanos, que no Paquistão constituem  3% da população.

Com informação das agências.



Ateus no Paquistão têm vida secreta para não serem mortos

Muçulmanos do Paquistão defendem agressão à mulher

Paquistão censura Twitter por causa caricaturas de Maomé

Islâmicos defendem casamento de adultos com crianças




Comentários

Novo Satanás disse…
Ou os blasfemadores matam os muçulmanos ou os muçulmanos matam os blasfemadores. Blasfemar e não matar é o comportamento de Jesus, que chamou os fariseus de hipócritas, mas não os matou.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

Chico Buarque: 'Sou ateu, faz parte do meu tipo sanguíneo'

Ateísmo faz parte há milênios de tradições asiáticas

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê...

Escritor ateu relata em livro viagem que fez com o papa Francisco, 'o louco de Deus'

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Caso Roger Abdelmassih

Violência contra a mulher Liminar concede transferência a Abelmassih para hospital penitenciário 23 de novembro de 2021  Justiça determina que o ex-médico Roger Abdelmassih retorne ao presídio 29 de julho de 2021 Justiça concede prisão domiciliar ao ex-médico condenado por 49 estupros   5 de maio de 2021 Lewandowski nega pedido de prisão domiciliar ao ex-médico Abdelmassih 26 de fevereiro de 2021 Corte de Direitos Humanos vai julgar Brasil por omissão no caso de Abdelmassih 6 de janeiro de 2021 Detento ataca ex-médico Roger Abdelmassih em hospital penitenciário 21 de outubro de 2020 Tribunal determina que Abdelmassih volte a cumprir pena em prisão fechada 29 de agosto de 2020 Abdelmassih obtém prisão domicililar por causa do coronavírus 14 de abril de 2020 Vicente Abdelmassih entra na Justiça para penhorar bens de seu pai 20 de dezembro de 2019 Lewandowski nega pedido de prisão domiciliar ao ex-médico estuprador 19 de novembro de 2019 Justiça cancela prisão domi...

Mulheres tendem a ser mais religiosas que os homens, mas nos EUA geração Z pode mudar isso