Pular para o conteúdo principal

Médicos canadenses apoiam colega no caso de suicídio assistido

A médica Ellen Wiebe
 atendeu ao pedido de um
 idoso que não estava
aguentando as dores de
 um câncer no pulmão

O Colégio de Médicos e Cirurgiões da Colúmbia Britânica, no Canadá, deu apoio à médica Ellen Wiebe por ela ter providenciado um suicídio assistido em um idoso.

Aos 83 anos, Barry Hyman vinha pedindo com insistência ter um fim de vida digno, porque não mais estava aguentando os sofrimentos de um câncer de pulmão e das consequências de um derrame.

A família pediu ajuda da médica Wiebe Wiebe, que integra o grupo Hemlock Aid, que ajuda pessoas morreram de forma natural e com o menos sofrimento possível.

Às 19h de junho de 2017, Wiebe e uma enfermeira entraram na Casa de Idosos do Hospital Louis Brier, em Vancouver, na Colúmbia Britânica, e foram até o quarto de Hyman, que estava acompanhado de seus parentes mais próximos.

A médica injetou uma dose de drogas letais no idoso, mas ainda não se tratava de uma história com final feliz, porque a Casa de Idosos apresentou às autoridades queixa contra Wiebe por “matar uma pessoa”, no caso um judeu ortodoxo.

David Keselman, CEO do hospital, disse que a médica teve acesso idoso sem autorização, escondida, à noite.

“Temos muitos sobreviventes do Holocausto e não dá para aceitar um médico entrando e matando alguém sem contar a ninguém. Os pacientes vão se sentir como se estivessem em risco por ver alguém se esgueirando e matando alguém. "

A legislação canadense permite a morte assistida, observando-se determinados requisitos.

Mas nessa casa de idosos normalmente não é permitido o procedimento, porque segue o judaísmo ortodoxo.

Ellen Wiebe negou que tenha entrado escondida no estabelecimento. Disse que foi à noite porque trabalha durante o dia.

Falou que conversou com os médicos de Barry Hyman e que ela própria avaliou o idoso.

O posicionamento do Colégio de Médicos foi um alívio para Wiebe, mas também para familiares de Hyman.

Lola, a filha de Hyman, agradeceu o profissionalismo de Wiebe por ela humanizar a medicina, e não colocar o seu pai como refém de procedimentos que não consideram o sofrimento humano.

“Por causa dela, meu pai teve atendido o seu profundo desejo de terminar sua vida em paz. Por isso, sempre serei grata ”.

“É uma vitória para todos que acreditam na morte assistida e um lembrete de que ainda há obstáculos a serem superados em um país onde a prática é legal.”



Maestro britânico e sua mulher morrem de suicídio assistido

Portugueses procuram clínica suíça de suicídio assistido

Doente mental deveria ter direito ao suicídio assistido, diz dono de clínica

Eleitores de Zurique mantêm o 'turismo do suicídio assistido'


Comentários

deuses Existem? disse…
Kalotanásia, a morte “bela” acompanhada de cuidados médicos (cuidados paliativos) e conforto físico, emocional, familiar, social e espiritual para ser menos dolorosa e difícil. O Cuidado Paliativo surge como uma filosofia humanitária de cuidar de pacientes em estado terminal, aliviando a sua dor e o sofrimento. Estes cuidados prevêem a ação de uma equipe interdisciplinar, onde cada profissional reconhecendo o limite da sua atuação contribuirá para que o paciente, em estado terminal, tenha dignidade na sua morte. Esse modelo de boa morte, conhecido como kalotanásia, organiza um conjunto de ações que busca reviver um processo de morrer e uma morte mais suave, tendo como desafio fazê-lo em um cenário médico identificado com o uso continuado e persistente de alta tecnologia.

Os Países Baixos laicos já adotam legalmente essa prática. Legisladores e religiosos liberais estão de acordo que essa prática é, antes de mais nada, um exercício de compaixão.
Os preconceitos e as concepções, embora falem de “defesa da vida”, fazem abortar a pretensa fraternidade. Não é justo, que os religiosos em pleno século XXI queiram impor a todos os crentes ou não, suas convicções que levam à dor, sofrimento, doenças e às trevas.
Embora, ter sido exatamente assim que decidiu em 2005 o papa João Paulo II em seus momentos finais de vida. O caso mais conhecido de ortotanásia é o do papa, que teria optado em suspender todas as intervenções alternativas para sua sobrevida e decidisse receber simplesmente medicação que aliviasse a sua dor, o seu sofrimento, na sua residência, no Palácio Apostólico, na praça São Pedro, no Vaticano. Até na sua morte o papa conseguiu ajudar com seu exemplo uma parcela da humanidade, ao não se submeter às intervenções médicas sabidamente ineficazes.

Devemos reconhecer que apesar do obscurantismo, a campanha da fraternidade inclui temas positivos como drogas, a violência urbana e o trabalho desenvolvido por meio da Pastoral do Menor Carente (PaMen). Sabemos também que em nosso país, três bispos se destacaram e receberam até ameaça de morte, pela sua luta contra: o tráfico de drogas, desmatamento ilegal da floresta amazônica, exploração da prostituição sexual e tráfico internacional de mulheres.
deuses Existem? disse…
No Brasil ainda temos a eutanásia passiva, aquela que é aceita com naturalidade pelo povo que aguarda na fila do atendimento médico do Sistema de Saúde. Depois de receber o diagnóstico de um câncer terá que esperar por um tratamento médico. Ninguém sabe quando acontecerá. É praticado um tipo de eutanásia coletiva no país inteiro, sofrimento e morte, sem o desconforto do dilema moral de desligar o aparelho de respiração.

São os fundamentalistas também contra a Ortotanásia (quando as vidas estão condenadas e prestes a extinguir-se, assistida por um especialista e pela família). Ortotanásia é o termo utilizado pelos médicos para definir a morte natural, sem interferência da ciência, permitindo ao paciente morte digna, sem sofrimento, deixando a evolução e percurso da doença. Portanto, evitam-se métodos extraordinários de suporte de vida, como medicamentos e aparelhos, em pacientes irrecuperáveis e que já foram submetidos a suporte avançado de vida. Para humanistas, é compreensível que uma pessoa recorra à “boa morte” quando a sua vida se torna insuportável por causa de alguma doença. Trata-se de uma concepção profundamente humanista da morte. Origina-se na ideia de que um sofrimento desnecessário é o maior mal que existe e que a autonomia da pessoa é o valor supremo. Se nós somos os proprietários de nossa vida, então temos o direito de encerrá-la quando julgamos que ela se torna insuportável. Assim, quanto mais cedo enterramos nosso passado religioso, melhor.
deuses Existem? disse…
Parte do juramento de Hipócrates que é declarado pelos médicos na sessão solene de formatura:

“Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém”.

Tal como proposto no juramento de Hipócrates, quando se refere “em favor do paciente”, tem a óbvia conotação de benefício e de não perseguir “curas” comprovadamente impossíveis de serem alcançadas numa condição terminal, independentemente do tratamento adotado que evoluirá de forma inexorável para a morte. Em pacientes com doença irreversível e terminal, o que os médicos e a medicina podem e devem oferecer são medidas que minimizem a dor e o sofrimento, onde não há mais possibilidade de sobrevivência do paciente. Assim o indivíduo pode enfrentar seus últimos momentos junto de sua família, em um ambiente de carinho, solidariedade e compreensão, nessa etapa de final de vida. Na Suíça, as mortes assistidas já são permitidas em clínicas especializadas. Mais de 2 mil casos de eutanásia foram declarados em 2015 na Bélgica, desde que a prática foi autorizada em 2002, no país. O teto nas mil eutanásias foi atingido em 2011 (1.133 casos). Em 2014, 1924 casos foram declarados. (As informações são da France Presse).

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Neymar paga por mês R$ 40 mil de dízimo à Igreja Batista

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

É impossível livrar poder público da eligião, afirma jornalista

Título original: O nome de Deus por Hélio Schwartsman para Folha "'Deus seja louvado' no real não causa aborrecimento grave" Num ponto eu e a CNBB estamos de acordo: há coisas mais essenciais com as quais se preocupar do que o dito "Deus seja louvado" nas cédulas de real. Ainda assim, vejo com simpatia o pedido do Ministério Público para que a expressão seja retirada das notas. Sou ateu, mas convivo bem com diferenças. Se a religião torna um sujeito feliz, minha recomendação para ele é que se entregue de corpo e alma. O mesmo vale para quem curte esportes, meditação e literatura. Cada qual deve procurar aquilo que o satisfaz, seja no plano físico ou espiritual. Desde que a busca não cause mal a terceiros, tudo é permitido. Isso dito, esclareço que não acompanho inteiramente a tese do procurador Jefferson Aparecido Dias de que o "Deus seja louvado" constrange os que cultuam outras divindades ou não creem. Em teoria, isso pode ocorrer...

Limpem a boca para falar do Drauzio Varella, cristãos hipócritas!

Varella presta serviço que nenhum médico cristão quer fazer LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião Eu meto o pau na Rede Globo desde o começo da década de 1990, quando tinha uma página dominical inteira no "Diário do Amazonas", em Manaus/AM. Sempre me declarei radicalmente a favor da pena de morte para estupradores, assassinos, pedófilos, etc. A maioria dos formadores de opinião covardes da grande mídia não toca na pena de morte, não discutem, nada. Os entrevistados de Sikera Júnior e Augusto Nunes, o povo cristão da rua, também não perdoam o transexual que Drauzio, um ateu, abraçou . Então que tipo de país de maioria cristã, tão propalada por Bolsonaro, é este. Bolsonaro é paradoxal porque fala que Jesus perdoa qualquer crime, base haver arrependimento Drauzio Varella é um médico e é ateu e parece ser muito mais cristão do que aqueles dois hipócritas.  Drauzio passou a vida toda cuidando de monstros. Eu jamais faria isso, porque sou ateu e a favor da pena de mor...

Ateus americanos põem em outdoor a escravidão bíblica

"Escravos, obedeceis a vossos mestres"  Um grupo de ateus, agnósticos e livres-pensadores da Pensilvânia providenciou um outdoor para participar do “2012, Ano da Bíblia”, um evento aprovado pelos deputados daquele Estado americano. O outdoor diz “Escravos, obedeceis a vossos mestres”. Trata-se de um trecho de Colossenses 3:22. Em português, a íntegra da citação é: “Servos, obedecei em tudo a vossos senhores terrenos, servindo não por motivo de que estais sendo vistos, como quem busca agradar a homens, mas com sinceridade de coração, por temor a Deus.” A mensagem ficará em exibição até o final deste mês. A campanha foi financiada por céticos da Pensilvânia e pela organização nacional AA (Ateus Americanos). Os céticos afirmam em seu site que o outdoor serve de advertência aos deputados no sentido de que eles têm de legislar em nome de todos, cristãos e não cristãos. Argumentaram que o evento pode ter um resultado inesperado porque, segundo eles, uma leitura crit...

Origem da religião: ensinamentos dos nossos ancestrais monstruosos

Título original: Origem da religião na pré-história  por Luiz Felipe Pondé para Folha Muitos leitores me perguntaram o que aquela peça kafkiana cujo título era "Páscoa" queria dizer na coluna do dia 2/4/2012. O texto era simplesmente isto: a descrição de um ritual religioso muito próximo dos centenas de milhares que devem ter acontecido em nossa Pré-História. Horror puro, mas é assim que deve ter começado toda a gama de comportamentos que hoje assumimos como cheios de significados espirituais. Entender a origem de algo "darwinianamente", nada tem a ver com a "cara" que esse algo possui hoje. Vejamos o que nos diz um especialista. O evolucionista Stephen Jay Gould (1941-2002), num artigo de 1989 cujo título é The Creation Myths of Cooperstown , compara a origem mítica do beisebol (supostamente nascido em território americano e já "pronto") com a explicação evolucionaria do beisebol. Gould está fazendo no texto uma metáfora do...

Quatro sacerdotes celebram culto ao ateu Oscar Niemeyer

O corpo de arquiteto foi sepultado em cemitério do Rio por Juliana Prado , do portal Terra O culto ecumênico em homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, que encerrou o velório no Palácio da Cidade, na zona sul do Rio de Janeiro, foi marcado pela lembrança ao comunismo, cujo ideário ele seguiu por toda a vida, e ao ateísmo. Foi o pastor luterano Mozart Noronha quem primeiro fez alusão à ausência de profissão de fé religiosa do arquiteto. "Acredito que essa seja a primeira vez em que se reúnem dois padres, um pastor e um rabino para celebrar a alma de um ateu." O religioso ainda leu um poema feito por ele em homenagem a Niemeyer. Em certo trecho, o texto sugere que, ao chegar ao céu, o arquiteto seja homenageado por um coro de anjos cantando a Internacional, hino do comunismo, e que ele chegaria segurando a bandeira com as imagens da foice e do martelo, símbolos comunistas. Já o padre Jorjão afirmou que o mais importante legado do arquiteto está na prática dos ideais...

Universal usa queda de prédios para amedrontar ex-fiéis

Escombros dos prédios onde morreram 17 pessoas Incorporado em uma mulher, o diabo compareceu em um culto da Universal para dizer ter sido ele que derrubou os três prédios do centro do Rio porque lá havia ex-obreiros e um ex-pastor da igreja. Ele afirmou que os ex-fiéis estão agora no inferno, “chorando sangue”. Trata-se de uma encenação da Universal para amedrontar os fiéis que saíram da denominação rumo à Igreja Mundial, na expectativa de que eles voltem para não ter de pagar a sua traição com uma maldição. A mensagem subliminar que a igreja passa é essa. Esse terrorismo serve também para inibir novas defecções – inclusive de pastores -- em favor da igreja de Valdemiro Santiago, cuja colheita de dízimo deve estar aumentando na proporção em que a da Universal cai. Cultos e programas da TV Iurd, na internet, têm apresentado outros casos de fiéis que foram penalizados porque deixaram a Universal, na mistificação construída pelos pastores, incluindo Edir Macedo, o chefe...