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Nova York fecha escola judaica por permitir alunos não vacinados

A prefeitura da cidade de Nova York fechou uma pré-escola yeshiva (judaica ortodoxa) no Brooklyn na segunda-feira, 15 de abril de 2019, por violar uma diretriz do Departamento de Saúde que exigia que as escolas só aceitassem alunos com registros médicos de vacinação.  O surto de sarampo em Nova York é preocupante.

Autoridades sanitárias fecharam
a pré-escola da United
Talmudical Academy
em Williamsburg, Brooklyn, NY


Trata-se da pré-escola da United Talmudical Academy, que atende 250 estudantes entre as idades de 3 e 5 anos na área de Williamsburg, Brooklyn

É a primeira escola a ser fechada pela prefeitura desde que a ordem sanitária foi emitida em dezembro de 2018, como medida profilática contra o surto de sarampo.

Naquele mês, o Departamento de Saúde da cidade de Nova York (equivalente às Secretarias de Saúde municipais, no Brasil) emitiu sua primeira diretriz obrigatória, determinando que crianças não vacinadas não podiam ser matriculadas ou frequentar a escola. 

Vírus da Ucrânia

O surto começou em outubro de 2018, quando uma criança nova-iorquina não vacinada adquiriu sarampo na festa do Sucot (colheita) em visita a Israel, onde um grande surto da doença está ocorrendo. 

O sarampo pode deixar sequelas:
 diminuição da capacidade mental,
cegueira, surdez e retardo do crescimento.  

O surto de sarampo de Israel começara em setembro, depois que milhares de peregrinos, na maioria ortodoxos hassídicos, trouxeram o vírus de volta de Uman, na Ucrânia.

Já o surto de sarampo na Ucrânia começou em 2017 e teve quase 70.000 casos, segundo o New York Times.

Escolas notificadas 

Qualquer escola — religiosa ou não — fora de conformidade seria imediatamente notificada de uma violação e fechada pelas autoridades sanitárias.

Desde logo, soube-se que as escolas judaicas ortodoxas (yeshivas)  do Brooklyn e do Queens poderiam ser fechadas,   pois foram as que apresentaram um número alarmante e elas não estavam exigindo comprovante de vacinação dos alunos por razões religiosas. 

A cidade de Nova York confirmou 329 casos de sarampo desde outubro de 2018 e maioria esmagadora envolvia membros da comunidade judaica ortodoxa (hassídica). No dia 9 de abril, o prefeito Bill de Blasio declarou estado de emergência no Brooklyn. 

O prefeito Bill de Blasio declarou
estado de emergência no bairro
do Brooklyn, tal a quantidade
de casos de sarampo 


Muitos  hassídicos não vacinam seus filhos. Embora rabinos  hassídicos de prestígio venham a público falar que vacinam seus próprios filhos, e afirmam que a vacina é kosher (adequada), muitos fieis preferem acreditar nas campanhas e teorias de conspiração dos  anti-vacinadores. 


Desobediência

Em dezembro, o Departamento de Saúde de Nova York (equivalente às Secretarias de Saúde municipais, no Brasil) emitiu sua primeira diretriz obrigatória, segundo a qual yeshivás deviam excluir (ainda que temporariamente) estudantes que não receberam vacinas.

Trata-se da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola ( a chamada “tríplice viral” ou MMR, sigal em inglês para sarampo (measles), caxumba  (mumps) e rubéola (rubella).

Em janeiro de 2019, uma yeshiva em Williamsburg desobedeceu a diretriz sanitária e permitiu que crianças não vacinadas voltassem à escola ou à creche. Esta única yeshiva está conectada a mais de 40 casos de sarampo.

Os Estados Unidos haviam declarado o sarampo erradicado em 2000.
Problema sério 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o número de casos de sarampo no mundo aumentou cerca de 300% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2018.

De acordo com a OMS, o sarampo é quase totalmente evitável por meio de duas doses  da MMR.  Mas a organização afirmou que somente 67% da população mundial tomou a segunda dose.

Com NY Times, BBC, OMS  e outros veículos




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