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Ateus italianos alertam pacientes para que saibam das convicções de seus médicos

Gênova censurou a
 campanha "não
confie no acaso"

A UAAR (União Italiana de Ateístas e Agnósticos Racionalistas) está fazendo uma campanha para que as pessoas procurem saber das convicções religiosas de médicos, para se precaverem dos profissionais que levam em conta sua religião em procedimentos, como o do aborto e o da morte assistida.

O slogan da campanha é “Testa o croce?”, no sentido de que a escolha de um médico não pode ser feita com o lançamento de uma moeda ao ar, para obter cara ou coroa.

Em italiano, a frase também funciona como um trocadilho entre cabeça e cruz, razão e a fé.

A hastag da campanha é #NonAffidartiAlCaso (não confie no acaso).

O dogmatismo religioso dos médicos se choca com a autodeterminação dos pacientes principalmente em relação ao aborto.

O procedimento tem o amparo da lei, mas cerca de 70% dos ginecologistas italianos se recusam a realizá-lo por “objeção de consciência”.

São frequentes casos como de Benedetta, que teve dificuldade para interromper a gestação de um bebê com graves problemas genéticos.

"Esperar que uma mulher veja a barriga crescendo e desenvolvendo uma vida condenada é desumano", disse ela em 2016 em uma entrevista.

Os ateus italianos lançaram a campanha em outubro de 2018 e desde então vem sofrendo fortes pressões de religiosos nos tribunais.

Em janeiro de 2019, a cidade de Gênova censurou a campanha sob o pretexto de que os ateus não estavam tendo o “devido” respeito às religiões.

A UAAR recorreu do veto e o derrubou, mas a cidade conseguiu restabelecê-lo.

A briga continua na Justiça.

Os ateus argumentam que Gênova tem de garantir a liberdade de expressão a todos, e não só ao grupo antiaborto “Pro-Vida”, que mantém um outdoor na cidade.

Adele Orioli, da UAAR, afirmou que a entidade está pronta para levar o caso ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo.

Com informação da Humanists Internacional e de outras fontes.




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Comentários

Anônimo disse…
Aqui no Brasil infelizmente nada resolveria uma campanha dessas, pois tanto o aborto como a eutanásia ainda são crimes, ou seja, vivemos em um país onde as leis são religiosas.
A tal "liberdade" religiosa e de crença em geral nunca pode se sobrepor às demais. Infelizmente ainda há quem considere essas "liberdades" o supra-sumo.
Liberdade religiosa, esotérica e afins devem ser absolutamente RESTRITAS as questões pessoais e entre adultos.

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