Nota da igreja faz defesa meia-boca do prefeito Crivella |
A Igreja Universal do Reino de Deus admitiu em nota que usou escolas públicas do Rio para a realização de eventos, mas julgou ter esse direito porque empresas, como a Globo, fazem o mesmo.
A nota desconhece que a Globo não é uma igreja, é uma empresa privada, sendo, portanto, laica, ainda que seus controladores tenham uma religião, a católica.
A comparação da Universal só faz sentido se ela própria se considera uma empresa, e, nesse caso, terá de abrir mão da isenção tributárias prevista em lei.
Na nota, a Universal defende o prefeito do Rio, o seu bispo Marcello Crivella, da acusação do Ministério Público e da Rede Globo de privilegiar igrejas evangélicas.
Trata-se de uma defesa meia-boca, sem citar o nome do prefeito, porque, se não fosse assim, seria contraditório a Igreja usar da contundência para dizer que o seu bispo respeita o Estado laico.
A Universal critica a Globo de censura, por não ter tido o direito de resposta como igreja desejaria, e diz que a emissora faz perseguição aos evangélicos.
Ela recorre a uma informação do jornal Extra, do grupo Globo, para afirmar que em 2017, das instituições religiosas, a Igreja Católica usou escolas públicas do Rio para eventos em 24 ocasiões e as igrejas evangélicas 16, sendo destas cinco da Universal.
Ora, se a Igreja Católica infringe a Constituição, o que ocorre, isso não significa que a Universal seja inocente.
Com informação da nota da Universal e foto alterada.
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