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Evangélicos espertalhões querem kit Bíblia para escolas

Governo paulista pagaria parte
do custo, segundo projeto de lei
Pelo menos dois evangélicos espertalhões — os deputados estaduais Rodrigo Moraes (PSC) e Adilson Rossi (PSB) — estão tentando abrir uma brecha na legislação para introduzir oficialmente o proselitismo cristão no ensino do Estado de São Paulo e ainda fazendo com que as igrejas sejam pagas por isso.

Missionário da Igreja Mundial do Poder de Deus, Moraes é autor do  Projeto de Lei 679/2013 que, caso aprovado pelo plenário, institui para ser distribuído às escolas públicas de primeiro grau o kit Bíblia, que seria constituído de livros, vídeos e palestras com histórias bíblicas.

O PL já obteve parecer do relator da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa. E que é o relator? É Adilson Rossi, pastor da Assembleia de Deus.

E por que os dois são espertalhões?

Porque, além de querer atropelar a laicidade do Estado brasileiro, eles pretendem que as igrejas sejam remuneradas pelo proselitismo nas escolas.

Pelo projeto, as entidades religiosas seriam obrigatoriamente as únicas responsáveis pelo conteúdo do Kit Bíblia, e a elas o governo teria de pagar parte do custo do material.

Moraes, em seu projeto, tentou não chamar a atenção para esse ponto. Afirmou que esse custo seria “mínimo” porque o financiamento do kit teria também a participação da iniciativa privada. Mínimo quanto, sr. Moraes?

Além do mais, seria uma tragédia  para a educação e o Estado laico ter a Secretaria de Educação do São Paulo destinando verba para vídeos de Valdemiro Santiago, Edir Macedo e R.R. Soares. Ou com a compra de livros do padre Marcelo Rossi.

O sr. Moraes é tão cara de pau que chegou a dizer que seu projeto de lei não ofende ao Estado laico porque “a Bíblia é laica”.

Ora, excelência, não ofenda a inteligência dos brasileiros. Vá catar coquinhos ou enfie a cabeça na privada e puxe a descarga.

O deputado Gilmaci Santos (PRB) também é evangélico, é pastor, mas, em relação ao projeto de lei de seu colega, ele tem demonstrado decência.

Santos pediu vista ao projeto e já adiantou que é contra a sua aprovação.

“Quem quiser ensinar a Bíblia para o filho tem de fazer isso dentro de casa”, disse. “Não na escola.”

Com informação das agências e da Assembleia Legislativa de São Paulo.





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