Pular para o conteúdo principal

Ortodoxos gregos recorrerem à Justiça contra Jesus e apóstolos homossexuais

O bispo Serafim de Piraeus, da Igreja Ortodoxa da Grécia, encaminhou à Justiça ação acusando o diretor teatral greco-albanês Laertis Vasiliu de blasfêmia pela apresentação da Corpus Christi. Na versão dessa peça de autoria do americano Terrence McNally, Jesus e os apóstolos são homossexuais.

A decisão do bispo tem o apoio do partido Amanhecer Dourado, com 18 cadeiras no Parlamento. Padres se uniram em manifestações contra a peça, até conseguir tirá-la em cartaz.

Vasiliu disse à imprensa que não tem intenção e insultar a religião ou seus seguidores. Argumentou que se trata de uma conhecida peça que já foi encenada inúmeras vezes em diversos países. 

Acrescentou ter estranhado o fato de o Ministério Público não ter feito nada contra os tumultos promovidos pelos religiosos, fascistas e seus seguidores defronte ao teatro.

A união entre ortodoxos e ultradireitas tem causado mal-estar dentro da própria Igreja. Para alguns observadores, contudo, era previsível que isso viesse a ocorrer porque a religião é um dos valores tradicionais defendidos pelos partidários da extrema direita.

O diretor da peça e seus atores vão ser julgados nas próximas semanas e podem ser condenados a dois anos de prisão.

Na prática, a Grécia é um país confessional porque seu código penal prevê essa condenação a quem “ofender a Deus” ou a “Igreja Ortodoxa de Cristo ou outra a religião”. 

> Com informação das agências.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Historiador católico critica Dawkins por usar o 'cristianismo cultural' para deter o Islã

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Jesus não é mencionado por nenhum escritor de sua época, diz historiador

Após décadas desestruturando famílias, TJs agora querem aproximação com desassociados

'Sou a Teresa, fui pastora da Metodista e agora sou ateia'

Pastor Lucinho organiza milícia para atacar festa de umbanda

Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta

'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Só metade dos americanos que dizem 'não acredito em Deus' seleciona 'ateu' em pesquisa