Duas adolescentes de classe média de São Paulo fugiram e viraram manchetes. Giovanna Maresti, 15, e Ana Lívia Destefani, 16, foram detidas em Curitibanos, em Santa Catarina. .
A um programa de televisão, elas falaram hoje, por telefone, que fugiram de tédio e porque porque não querem só comida farta, escola de qualidade, boa casa, mas também atenção e carinho dos pais. (As palavras delas não foram exatamente essas.)
Que os pais da classe média se dedicam muito ao trabalho (para garantir determinado nível de consumo, entre outras coisas) e, por isso, não dispõem de tempo para dar a devida atenção aos filhos, não é novidade.
Mas, me parece, nesse caso, os pais também falham em não fazer entender às meninas o quanto é duro ganhar o dinheiro para garantir o bem-estar da família.
Os jovens de classe média desfrutam de regalias demais, eles são protegidos em excesso da dura realidade, a ponto de ficarem entediados, como reconheceu uma das meninas fujonas.
Uma garota de família pobre que tem de trabalhar durante o dia como atendente de consultório de dentista e estudar à noite em escola pública e de ensino deficiente dificilmente terá tédio, por cansaço, falta de tempo e excessos de incertezas quanto ao seu futuro.
Giovanna e Ana Lívia afirmaram que saíram de casa para conhecer o mundo.
Bem, para conhecer o mundo não é preciso sair de São Paulo – basta dar um giro pela periferia da cidade para saber como que nem tudo (ou quase nada) é cor-de-rosa.
Suponho que os pais da Giovanna e da Ana Lívia precisem, sim, conversar mais com elas, inclusive para impor limites (sem truculência, evidentemente), de modo que elas entendam que, entre outras coisas, não podem ser irresponsáveis a ponto de deixar toda a família preocupada. Isso sem contar a possibilidade de que elas, durante o percurso que fizeram de carona, poderiam ter sido violentadas.
> Duas adolescente fogem de casa e são encontradas decapitadas.
novembro de 2010
A um programa de televisão, elas falaram hoje, por telefone, que fugiram de tédio e porque porque não querem só comida farta, escola de qualidade, boa casa, mas também atenção e carinho dos pais. (As palavras delas não foram exatamente essas.)
Que os pais da classe média se dedicam muito ao trabalho (para garantir determinado nível de consumo, entre outras coisas) e, por isso, não dispõem de tempo para dar a devida atenção aos filhos, não é novidade.
Mas, me parece, nesse caso, os pais também falham em não fazer entender às meninas o quanto é duro ganhar o dinheiro para garantir o bem-estar da família.
Os jovens de classe média desfrutam de regalias demais, eles são protegidos em excesso da dura realidade, a ponto de ficarem entediados, como reconheceu uma das meninas fujonas.
Uma garota de família pobre que tem de trabalhar durante o dia como atendente de consultório de dentista e estudar à noite em escola pública e de ensino deficiente dificilmente terá tédio, por cansaço, falta de tempo e excessos de incertezas quanto ao seu futuro.
Giovanna e Ana Lívia afirmaram que saíram de casa para conhecer o mundo.
Bem, para conhecer o mundo não é preciso sair de São Paulo – basta dar um giro pela periferia da cidade para saber como que nem tudo (ou quase nada) é cor-de-rosa.
Suponho que os pais da Giovanna e da Ana Lívia precisem, sim, conversar mais com elas, inclusive para impor limites (sem truculência, evidentemente), de modo que elas entendam que, entre outras coisas, não podem ser irresponsáveis a ponto de deixar toda a família preocupada. Isso sem contar a possibilidade de que elas, durante o percurso que fizeram de carona, poderiam ter sido violentadas.
> Duas adolescente fogem de casa e são encontradas decapitadas.
novembro de 2010
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Abraço.
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