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Livro de Markun diz que Kasoy deixou de ajudá-lo na época da ditadura


Na segunda, dia 9, em texto de Jotabê Medeiros, o Estadão informou erradamente que naquele dia Paulo Markun (na foto, o da esquerda) seria referendado como o novo presidente da Fundação Padre Anchieta, a administradora da TV Cultura. Na edição de hoje o jornal se desculpa pelo erro, porque o Conselho Curador da Fundação vai aprovar o nome do jornalista em reunião no dia 7 de maio. Indicado pelo governador Serra, Markun é candidato único ao posto.

Mas o jornal manteve a informação publicada na segunda de que Markun, quando ficou desempregado por pressão da ditadura militar, pediu emprego ao jornalista Boris Casoy (o da direita), então executivo da Folha de S.Paulo, e este se recusou a ajudá-lo e recomendou que o jornalista saísse do país.

Em e-mail ao Estadão, Boris conta a sua versão:

A afirmação não é verdadeira. Prova disso é que, mesmo depois de sua prisão, enquanto fui editor-responsável da Folha, o sr . Markun, apesar das pressões pessoalmente por mim sofridas e também pela empresa, trabalhou normalmente, sem quaisquer restrições, na redação daquele jornal.


Mas o Estadão rebate Casoy com a transcrição de um trecho do livro “Meu Querido Vlado – A História de Vladimir Herzog e do Sonho de uma Geração”, de Markun:

Ao sair da prisão, eu estava desempregado (...) Fora demitido da Cultura retroativamente, no período em que Vlado ainda estava no comando de jornalismo. Na emissora, só Fernando Faro me recebeu. (...) Mas emprego mesmo ninguém tinha coragem de me oferecer. Depois de alguns meses nessa situação, marquei encontro com alguns jornalistas que tinham cargo de direção. No café de um hotel no centro da cidade, conversei com Boris Casoy, editor-chefe da Folha de S.Paulo, Ruy Lopes, chefe da Sucursal de Brasília, e João Baptista Lemos, agora na sucursal do Jornal do Brasil. Eles foram claros: como nenhuma empresa me contrataria, seria melhor que eu deixasse o País. Naquele mesmo dia, resolvi procurar a alternativa que outros perseguidos políticos tinham tentado anteriormente. Luis Fernando Mercadante, que estava no Jornal da Tarde, conseguiu uma audiência com Ruy Mesquita. Foi uma conversa muito curta: expliquei que estava desempregado, que fora preso por pertencer ao Partidão, que precisava ganhar a vida e que sabia que a família Mesquita não costumava perseguir ninguém por causa de sua ideologia. Uma semana depois, estava contratado.

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