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Polônia está se tornando a pátria do fanatismo católico




Autoridades governamentais 
prestigiaram a "posse" de Jesus
Recentemente, a Polônia deu “posse” a Jesus Cristo como seu rei, com a presença do presidente do país, Andrzej Duda, parlamentares e representantes do poder judiciário. A piada é que o país se considera laico.

Na contramão de países europeus onde o secularismo tem avançado, a cerimônia da entronização de Jesus foi um exemplo do fanatismo católico que tem se consolidado na Polônia com o incentivo de um governo ultraconservador.

O exagero na devoção dos poloneses tem preocupado até setores menos conservadores da Igreja Católica, porque há muitos fiéis dispostos a resistir às reformas do papa Francisco.

O bispo auxiliar de Cracóvia, Grzegorz Rys, por exemplo, tem defendido a separação entre Igreja e Estado.

Ele disse que os católicos, incluindo os políticos, estão esquecendo os valores de sua religião.

“Todos os políticos dizem hoje ser cristãos. E são contra receber migrantes em nome da defesa da cristandade. Ora, não há nada de cristão nessa atitude”, afirmou ele em uma entrevista.

O papa Francisco já pediu ao governo polonês que recebesse migrantes, mas ele foi ignorado.

A Polônia tem cerca de 38 milhões de pessoas. A maioria delas, quase 90%, é católica.

Esse elevado percentual se deve às consequências da Segunda Guerra Mundial.

Até então, a religião na Polônia era mais diversificada, mas os católicos firmaram sua supremacia com a expulsão do país de judeus e protestantes.

O fanatismo católico polonês é o responsável pela proibição do aborto, para o qual há três exceções: risco de morte para a grávida, patologia grave e irreversível no embrião e gravidez por estupro ou incesto.

Em outubro de 2016, milhares de mulheres saíram à rua contra um projeto de lei que, se aprovado, proíbe totalmente o aborto, com prisão de até cinco anos à mulher transgressora.

Outro ponto: não se vê no horizonte a possibilidade de o governo cristão aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

No país, a homossexualidade sempre foi tratada com forte discriminação, e agora ainda mais. Poucos gays ousam sair do armário.

Para se ter ideia do retrocesso que está ocorrendo na Polônia, um dos interlocutores do governo na Igreja Católica é o padre ultraconservador Tadeusz Rydyk, fundador de uma cadeia de rádio e televisão.

Entre outras coisas, ele fez uma declaração digna de Hitler: disse que os judeus são “gananciosos” e que governam na sombra a Polônia.

Com informação das agências e foto do Facebook.

Envio de correção.



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Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta

'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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