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Vítima de padre afirma que gravou vídeo de assédio

O abuso começou quando tinha 14 anos, contou a adolescente. "Eu tinha nojo"


Uma jovem (hoje com 19 anos), que passa a ser designada neste texto como A., gravou um vídeo que mostra o padre Emilson Soares Corrêa, 56, tendo relacionamento sexual com ela quando tinha 15, e com outra adolescente na casa paroquial. A. disse que ela e a garota planejaram fazer a gravação para ter uma prova dos abusos e assédio do padre.

Emilson é pároco em Niterói (RJ). Ele foi indiciado sob a acusação de ter estuprada a irmã de A. há três anos, quando ela tinha 7.

A. contou que começou a ser abusada pelo padre quando tinha 13 anos.

“Ele tinha relações sexuais comigo e depois celebrava missa, dava hóstia na boca dos outros”, disse, de acordo com reportagem do jornal Extra. “Eu sentia nojo; ele nunca deveria ter feito isso comigo.”

A. falou que o assédio começou quando o padre era pároco da igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, no bairro do Cubango. Os abusos prosseguiram quando ela se mudou para a casa de sua mãe, no bairro Antonina, porque o padre foi transferido para uma igreja próxima, a Nossa Senhora do Amparo.

O padre dava um jeito de se aproximar de A. com o pretexto de que é o padrinho dela.

“Logo depois do meu batizado, quando eu tinha 13 anos, ele começou os abusos”, disse. “Passava a mão no meu corpo, me oferecia presentes, tomávamos banhos juntos. O ato sexual começou quando eu tinha uns 15, 16 anos. Ele dizia que ia me dar uma moto, depois um carro, arrumar a minha casa.”

O pai das garotas contou à polícia que sua ex-mulher flagrou A. discutindo com o padre, e foi quando a jovem revelou que vinha mantendo relacionamento sexual com Emilson.

“Quando soube que minha filha mais velha estava sendo abusada, perguntei a mais nova se havia ocorrido algo com ela. Ela disse que durante um passeio a um sítio, quando tinha sete anos, o padre tocou em suas partes íntimas.”

A Arquidiocese de Niterói informou que suspendeu temporariamente o padre de suas atividades, para aguardar o resultado das investigações. Em nota, alegou que foi o próprio Emilson que procurou o Ministério Público com pedido de investigação da denúncia de estupro apresentada à polícia pelo pai de A. e sua irmã.

O padre admitiu que vinha se relacionando sexualmente com A., mas isso só começou após ela ter completado 18 anos. De acordo com sua confissão à polícia, ele "se sentiu envolvido emocionalmente" pela garota.

A delegada Marta Dominguez, que está cuidando do caso, disse que o padre só foi indiciado por ter se aproveitado da garota mais nova. No caso de A., afirmou não haver provas de que o padre a tenha obrigado ao relacionamento, com ameaças, por exemplo.

Dominguez disse que, em relação à garota mais jovem, o padre pode ser acusado de estupro mesmo não havendo sexo com penetração, bastante apenas ter existido abordagem e contato superficial.

O pai das garotas disse que, antes de ir à polícia, procurou a Arquidiocese para contar sobre o abuso. "A Arquidiocese me recebeu com dois advogados que insinuaram que estávamos querendo dinheiro em troca do silêncio", disse. "Deixei claro que queria a prisão do padre, a excomunhão e o apoio psicológico para minhas filhas, mas nada consegui.”.

Emilson batiza A. 
quando ela tinha13 anos

> Com informação do jornal Extra.

Vídeo mostra padre pedindo desculpas a pai de abusadas


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