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Mostrando postagens de novembro 1, 2009

Uniban afirma que ofensa a Geisy é culpa dela e a expulsa

A culpa é da vítima... A estudante do primeiro ano de turismo Geisy Villa Nova Arruda (foto) foi expulsa da Uniban (Universidade Bandeirante) por "flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade", conforme comunicado que a escola publicou em jornais de São Paulo, edição de amanhã, domingo. A decisão surpreendeu a estudante porque ela é que foi perseguida e chamada de 'puta' por estar com um vestido curto. No comunicado, a Uniban afirma que a culpa do tumulto é de Geisy.  "Foi constatado que a atitude provocativa da aluna buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar." Até o final da tarde de hoje, a estudante não tinha sido comunicada de seu desligamento da universidade.  Ela falou que, caso confirmada a expulsão, vai acionar judicialmente a universidade. De acordo com a Uniban, uma comissão de sindicância ap

Casal Nardoni doa saliva e cabelo, mas não sangue para teste de DNA

Roberto Podval, advogado de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pediu que os dois fizessem novo exame de DNA e o juiz aceitou, mas hoje (5) o casal se recusou a doar sangue aos legistas do IML (Instituto Médico Legal). Eles só concordaram em ceder saliva e fios de cabelo, que com os quais será feito o exame.  Nardoni e Anna Carolina -- ele pai e ela madrasta de Isabella -- estão presos sob a acusação de ter matado a menina de cinco anos, que foi atirada em março de 2008 pela janela do 6º andar do prédio onde o casal morava, em um bairro de classe média em São Paulo. Eles se recusaram a dar amostra de sangue por recomendação de Podval, que não explicou o motivo da decisão. É de se pressupor que haja o temor da parte da defesa de que o sangue venha a ser usado pela polícia para reforçar as provas da acusação. A perícia policial afirma ter encontrado sangue do casal no apartamento.  O promotor Francisco Cembranelli, responsável pelo caso, disse que o advogado está tentando achar

'Turbas como a da Uniban acham que o estupro é o grande remédio'

por Contardo Calligaris , para a Folha Na semana passada, em São Bernardo, uma estudante de primeiro ano do curso noturno de turismo da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo) foi para a faculdade pronta para encontrar seu namorado depois das aulas: estava de minivestido rosa, saltos altos, maquiagem - uniforme de balada. O resultado foi que 700 alunos da Uniban saíram das salas de aula e se aglomeraram numa turba: xingaram, tocaram, fotografaram e filmaram a moça. Com seus celulares ligados na mão, como tochas levantadas, eles pareciam uma ralé do século 16 querendo tocar fogo numa perigosa bruxa. A história acabou com a jovem estudante trancada na sala de sua turma, com a multidão pressionando, por porta e janelas, pedindo explicitamente que ela fosse entregue para ser estuprada. Alguns colegas, funcionários e professores conseguiram proteger a moça até a chegada da PM, que a tirou da escola sob escolta, mas não pôde evitar que sua saída fosse acompanhada pelo coro dos

MP apura o que Abdelmassih fazia com material genético excedente

A Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público está investigando denúncias de práticas abusivas pelo médico Roger Abdelmassih (foto), 66, em sua clínica, como o destino que tinha o material genético excente (basicamente óvulos e espermatozóide), promessa de gravidez, não fornecimento de contrato de prestação de serviço e venda casada (do tratamento com a de remédios). O mais conhecido especialista em reprodução humana assistida do país está preso preventivamente desde 17 de agosto sob a acusação de ter molestado sexualmente pelo menos 56 pacientes. O Ministério Público abriu um inquérito civil para apurar as supostas práticas abusivas. Funcionários da clínica serão chamados para prestar esclarecimentos. A rigor, com esse inquérito, o MP amplia as suas investigações, porque já vinha analisando denúncias sobre manipulação indevida de material genético. A 1ª Delegacia da Mulher de São Paulo também está investigando irregularidades da clínica, além de outras denúnci

SP suspende duas pensões de Maitê por ter tido ‘união estável’

Em sua biografia, a atriz Maitê Proença (foto) escreveu que por 12 anos viveu com o empresário Paulo Marinho, com quem formou “uma família linda”. Com base nesse trecho, o sistema de previdência dos funcionários do Estado de São Paulo suspendeu ontem as duas pensões no valor total de R$ 13 mil que ela recebe há anos, uma por conta de seu pai, o procurador de Justiça Carlos Eduardo Gallo, e outra pelo lado de sua mãe, a professora Margot Proença. A informação é de Mônica Bergamo. Essas pensões de funcionários de São Paulo, com a morte dos pais, passam para o filho ou filha, desde que não se case. No caso de Maitê, ela alega que não se casou com Marinho, mas, pela legislação, a atriz teve com o empresário uma “união estável”, cujo status jurídico equivale ao do casamento. Maitê informou que recorrerá da decisão. "São pensões que meus pais pagaram a vida inteira, deduzida do salário deles, para que eu recebesse." Maitê tem sido criticada há anos pelo pressuposto d

'Críticas aos alunos da Uniban também são preconceituosas'

por um le itor anônimo sobre a ofensa de alunos da Uniban a Geisy Espanta-me o preconceito generalizado! Em meados dos anos 60, e até muito depois, o uso de mini e micro saias foi muito comum em qualquer ambiente, salvo algumas paróquias mais conservadoras... e vários vestidos de noiva adotaram o modelo. Mas o assunto é ainda mais grave! Diante da atitude de 'machões boçais', para quem mulheres se reduzem a objetos, a primeira ofensa é chamá-los de 'viados', gays, bambis, e por aí vai, ratificando a imagem de demérito em ser qualquer uma das duas coisas: mulher ou gay. Pois bem, eu sou homossexual e jamais vi entre gays cena tão deplorável de desrespeito às mulheres. Tal ato foi praticado pelos mesmos que se arrogam o direito de estuprar uma doméstica no ponto de ônibus (RJ) ou atear fogo num índio (BsB) ou em moradores de rua (por todo o país). A vergonha só aumenta diante de comentários tão preconceituosos como a algazarra dos 'linchadores'

Crucifixo na escola viola liberdade religiosa, diz Corte Europeia

A Corte Europeia de Direitos Humanos decidiu por unanimidade que a exposição de crucifixo – que é o símbolo da Igreja Católica -- nas escolas públicas viola o direito à liberdade religiosa. Comunicado da Corte afirma que o crucifixo pode “causar desconforto para alunos praticantes de outras religiões ou ateus.” Em 2002, Solile Lautise, mulher de origem finlandesa e morada na cidade italiana de Abano Terme, teve recusado um pedido feito à escola pública frequentada pelos seus filhos para que retirasse o símbolo da sala de aulas. Ela recorreu à Justiça italiana, que arquivou a questão. Então Solile apelou à Corte Europeia, que agora deu o seu veredicto. A Igreja Católica, o governo italiano e fiéis  conservadores reagiram com veemência. Eles temem que todas as escolas públicas sejam proibidas de exibir o crucifixo. Mas esse é um ponto sobre o qual a Corte deixou em aberto. Tribunal Europeu anula condenação da Itália por ter crucifixo nas escolas. março de 2011 A ministra M

Entidade lança campanha de prevenção ao suicídio

No perfil do Orkut de Giuliana (foto) ainda se pode ler: “Eu estou terrível apenas em me ver agonizando... Mas contando os dias para ‘ir’’. Ontem, 3, fez um ano que Giuliana, aos 15 anos, se matou com um tiro na cabeça. A morte dela foi relatada e está sendo discutida na PGM ( Profiles de Gente Morta), comunidade do site de relacionamento com mais de 66 mil participantes. Chama a atenção, na PGM, a quantidade de registros de jovens que se suicidam. No mundo, a cada 40 segundos, uma pessoa se mata, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Estima-se que em 2020 vá ocorrer um suicídio a cada 20 segundos, o que significa o  aumento de 74%. No Brasil, pelas estatísticas oficiais, 24 pessoas por dia cometem suicídio. Como esse tipo de morte nem sempre é notificado, estima-se que o número de suicídios seja pelo menos 20% maior, informou  Julliane Silveira, da Folha. Luiz Alberto Hetem, vice-presidente da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), disse que não se te

Cristo e Satanás vão travar em 2012 outra batalha, e será o fim

Título original: O fim do mundo em 2012 por André Petry , de Veja O escritor Patrick Geryl tem 54 anos, escreveu uma dezena de livros, nunca se casou, não tem filhos e atualmente anda muito ocupado preparando-se para o fim do mundo. Na semana passada, esteve em Sierra Nevada, no sul da Espanha, acompanhando uma equipe de televisão do Canadá, numa vistoria às habitações que estão sendo construídas ali. São ocas de cimento capazes de resistir ao cataclismo que, acredita Geryl, destruirá o planeta Terra no dia 21 de dezembro de 2012. "Queremos um lugar a uns 2 000 metros acima do nível do mar", explica.  Ele e seu grupo pretendem levar 5 000 pessoas para um local que resistirá aos horrores do apocalipse. Será o último dia do resto da humanidade, acredita Geryl, um dia para o qual ele se prepara desde a adolescência, quando, aos 14 anos, na histórica cidade belga de Antuérpia, começou a se interessar pelo assunto lendo livros de astronomia. Ao voltar da Espanha, Geryl oc

Uniban ainda não identificou ninguém dos que xingaram Geisy

Geisy pode ser expulsa por usar vestido curto Embora haja desde o dia 23 de outubro vários vídeos na internet que registram estudantes ofendendo a sua  colega Geisy Arruda (foto), 20, por ela estar de vestido curto, a direção da Uniban (Universidade Bandeirantes) afirmou nesta terça (3) que ainda não identificou nenhum deles. A comissão de sindicância criada para apurar as responsabilidades do caso disse que vai analisar novos vídeos que lhe foram entregues por estudantes. Além desses vídeos, há as imagens gravadas pelo circuito interno da universidade. Pelo material analisado e pelos depoimentos já colhidos, a comissão concluiu que o xingamento não teve a participação de funcionários. Geisy tem afirmado que nenhum dos funcionários a socorreu e que um deles lhe deu uma “lição de moral”, responsabilizando-a pelo tumulto. Antecipando a qualquer decisão da comissão, Ellis Wayne Brown, vice-reitor da universidade, disse ao Fantástico de domingo que não haverá expulsão de ningué

Laboratório diz estar normal a vesícula que a Adriana não tem

A vendedora Adriana Visani, 43, levou um susto ao ler o laudo do ultrassom ao qual tinha sido submetido em fevereiro deste ano. O documento dizia que estava tudo bem com o sua vesícula. Mas ela não tinha mais vesícula desde 2006, quando precisou extraí-la. “Fiquei em pânico. Eu tinha feito a cirurgia três anos antes e eles me disseram que a vesícula ainda estava lá”, disse ela. Milagre? Não. Foi erro do CDB (Centro de Diagnóstico Brasil), de São Paulo . O laboratório (foto) informa em seu site que lá estão “os melhores profissionais do mercado” e que usa “tecnologia de última geração”. Mas no caso de Adriana, de acordo com informação que seu advogado obteve do laboratório, o médico que a atendeu usou o prosaico “control+C e control+V” do computador no laudo. Ou seja, ele copiou e colou um texto pronto. Adriana achou, de início, que tinha sido extraído um outro órgão dela, não a vesícula. Ela repetiu o ultrassom em outro laboratório e verificou que o erro foi do CDB. A inform

Geisy experimenta uma roupa para voltar às aulas na Uniban

>  Caso da ofensa à moça do vestido curto por estudantes da Uniban.

Uniban minimiza a ofensa coletiva à estudante de saia curta

Brown sinalizou que não haverá punição Embora a estudante Geisy Vila Nova Arruda, 20, tenha corrido o risco de apanhar e de ter sido xingada de ‘puta’ por estar usando uma mini-saia, Ellis Wayne Brown (foto), vice-reitor da Uniban (Universidade Bandeirantes), sinalizou que não haverá nenhuma punição drástica aos responsáveis pela selvageria. Ao falar ao Fantástico de ontem, Brown condenou o comportamento dos estudantes do campus de São Bernardo do Campo do dia 22 de outubro, mas disse que nem sequer se cogita a expulsão dos líderes do tumulto. Antecipando-se ao relatório final de uma comissão de sindicância que a universidade informou ter aberto, o vice-reitor afirmou que “o incidente foi extremamente localizado”. Não é o que as imagens postadas na internet mostram: centenas de jovens perseguiram a estudante, depois dela ter sido encurralada no banheiro. Tanto que teve de sair da escola escoltada por seis PMs. Mas Brown reafirmou: “No momento, não estou enxergando esse ní

Mãe de Eloá diz que há gente que se oferece para matar Lindemberg

  Ana Cristina Pimentel (foto), a mãe de Eloá, 15, diz que tem recebido cartas e telefonemas do Brasil inteiro de “muita gente” se oferecendo para matar o assassino de sua filha, o Lindemberg Alves Fernandes, 23, que está preso à espera de julgamento. Um ano depois do assassinato, Ana Cristina está com dez quilos a menos e aparenta ter dez anos a mais do que os seus 43. A dor pela perda da filha não diminuiu – e até parece que aumentou. Ela tenta retomar a vida. Continua a tomar antidepressivo, mudou-se do apartamento que foi transformado em cárcere privado da filha por 100 horas. Continua a fazer terapia e voltou a trabalhar como cozinheira em uma creche. Desde o começo, tem recebido apoio dos fiéis da Congregação Cristã no Brasil. “Superar, a gente não supera, mas encontro forças na igreja”, disse. Na entrevista que deu a Carina Rabelo, de Istoé, afirmou que não perdoa Lindemberg (foto), porque, acrescentou, só Deus pode fazê-lo, e se refere a um possível assassinato de

Estudantes da Uniban já tinham atacado uma colega em abril

Estudantes da Uniban batem em colega O vídeo postado no Youtube não mostra, mas a estudante A.S.N., 30, levou socos e pontapés de seus colegas da Uniban (Universidade Bandeirantes), campus de São Bernardo do Campo. Ela teve um corte no supercílio, hematomas pelo corpo e duas costelas luxadas. Foi chamada de vadia, entre outras coisas.  A fúria da turba foi deflagrada porque A. teria atropelado uma colega quando deu marcha ré em seu Uno branco para sair de uma manifestação contra uma mudança no sistema de provas e aulas. O carro foi esmurrado e chutado. De fato, o  vídeo mostra uma moça sendo socorrida. Mas A. declarou ao jornal O Estado de S.Paulo, edição de hoje, que não atropelou ninguém. “Tanto que a investigação policial está rolando e essa suposta atropelada nunca apareceu.” É possível que uma moça tenha fingido ter sido atropelada.  O ataque a A. ocorreu na noite de 2 de abril deste ano. Na noite de 22 de outubro, outra estudante, Geisy Vila Nova Arruda, 20, n

‘Ninguém reagiu ao absurdo da perseguição ao vestido rosa’

por Debora Diniz , para o Estado de S.Paulo O caso não caberia nem em um folhetim vulgar, não fosse o Youtube denunciando a verdade. “A puta da faculdade” é uma história bizarra: uma mulher de 20 anos é vítima de humilhações. A razão foi um vestido rosa e curto que a fazia se sentir bonita. Sem ninguém saber muito como o delírio coletivo teve início, dezenas de pessoas passaram em coro a gritar “puta” e ameaçá-la de estupro. A saída foi esconder-se em uma sala, sob os urros de uma multidão enfurecida pela falta de décor do vestido rosa. Além da escolta policial, um jaleco branco a protegeu da fúria agressiva dos colegas que não suportavam vê-la em traje tão provocante. Colegas de faculdade, professores e policiais foram ouvidos sobre o caso. O fascínio compartilhado era o vestido rosa. Curto, insinuante, transparente foram alguns dos adjetivos utilizados pelos mais novos censores do vestuário da sociedade brasileira. “A roupa não era adequada para um ambiente escolar”, foi a prin