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Uniban afirma que ofensa a Geisy é culpa dela e a expulsa

A culpa é da vítima...
A estudante do primeiro ano de turismo Geisy Villa Nova Arruda (foto) foi expulsa da Uniban (Universidade Bandeirante) por "flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade", conforme comunicado que a escola publicou em jornais de São Paulo, edição de amanhã, domingo.

A decisão surpreendeu a estudante porque ela é que foi perseguida e chamada de 'puta' por estar com um vestido curto.

No comunicado, a Uniban afirma que a culpa do tumulto é de Geisy.  "Foi constatado que a atitude provocativa da aluna buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar."

Até o final da tarde de hoje, a estudante não tinha sido comunicada de seu desligamento da universidade.  Ela falou que, caso confirmada a expulsão, vai acionar judicialmente a universidade.

De acordo com a Uniban, uma comissão de sindicância apurou que Geisy  frequentava "as dependência da unidade em trajes inadequados, indicado uma postura incompatível com o ambiente da universidade e, apesar de alertada, não modificou seu comportamento."

Geisy disse que foi "bombardeada por perguntas" pelos integrantes da sindicância. "Eles estavam mais preocupados com possíveis erros em relação ao que eu falava do que em apurar quem participou daquele xingamento todo. Eu saí de lá chorado", disse ela ao G1.

Ela falou que Décio Lencioni Machado, advogado da universidade, lhe perguntou se ela teria levantado a minissaia para mostrar suas partes íntimas. Ela lamentou ter de ouvir tal coisa de um representante da escola.

"É uma mentira. Eu estava com uma bolsa na mão e o um fichário na outra. Como eu iria levantar o vestido?"

O comunicado da escola informa que suspendeu 'temporariamente' alunos envolvidos no tumulto da noite do 22 de outubro no campus de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A universidade não revela os nomes desses alunos e nem quantos são.

A decisão da Uniban é uma retaliação à estudante pelo fato dela estar criticando a universidade à imprensa e de ter comparecido à comissão de sindicância acompanhada por dois advogados e por uma suposta estagiária ligada a uma emissora de tv.

Antes, a escola chegou a informar que a estudante seria transferida de prédio e que um funcionário ficaria responsável pela segurança dela. Geisy já vinha dizendo que ia à Justiça para ser indenizada por danos morais pela Uniban, cujos professores e funcionários, segundo ela, não a socorreram quando foi acuada.

Geisy disse que, mesmo expulsa, irá à Uniban na segunda. Nehemias Domingos de Melo, advogado dela, vai tentar convencê-la a não voltar à escola para que não se exponha. Ele disse estar perplexo com a expulsão.

Caso da ofensa à moça do vestido curto por estudantes da Uniban.

Comentários

Paulo Lopes disse…
Entrevista de Décio Lencioni Machado, assessor jurídica da Uniban, à Folha.

FOLHA - Por que a decisão?

DÉCIO LENCIONI MACHADO - Por meio dos depoimentos dos alunos, professores, funcionários e mesmo dela, constatou-se que a postura dela não era adequada há algum tempo. O foco não é o vestido. Tem menina que usa roupas até mais curtas. O foco é a postura, os gestos, o jeito de ela se portar. Ela tinha atitudes insinuantes.

FOLHA - Como assim?

MACHADO - Ela extrapolava, rebolando na rampa, usando roupas que os colegas pudessem verificar suas partes íntimas. Isso tudo foi dito em vários depoimentos e culminou no que ocorreu no dia 22 de outubro. Foi o estopim de uma postura recorrente da aluna.

FOLHA - Por que o anúncio? Não acham que estão expondo a aluna?

MACHADO - A exposição dela vem ocorrendo desde a semana seguinte a 22 de outubro. Ela se utilizou de todos os veículos de comunicação para divulgar [o que aconteceu] e vem declarando que, inclusive, tem interesse em ser atriz. Estamos querendo usar os mesmos veículos, não para expô-la, porque exposta ela já está, mas porque tenho compromisso com 60 mil alunos. Recebemos 4.000 e-mails de alunos, pais, pessoas da comunidade, se queixando da exposição da instituição, em especial do curso de turismo, porque as meninas estavam sendo chamadas de “putas”.
Paulo Lopes disse…
Do jornalista e blogueiro Reinaldo Azevedo

Geisy é uma sem-ONG

Desde o primeiro dia, tenho chamado a atenção para o fato de que Geisy, infelizmente para ela, não se encaixa em nenhuma dessas minorias de plantão. Ela é, coitada!, uma sem-ONG. Mora na periferia de Diadema e trabalhava num mercadinho do bairro. A exemplo de outros milhões, buscava num curso universitário uma chance de ascensão social, e não se pode condená-la por isso. Estivesse ligada a qualquer desses “movimentos sociais” influentes, a Uniban estaria em maus lençóis. Mas ninguém vai quer se mobilizar por uma Geisy que é só uma pessoa comum. O onguismo das minorias não deixa de ser, desenvolverei isso em outro texto, num outro dia, justamente a negação do indivíduo e dos já citados direitos individuais. Como essa moça não carrega bandeira, “ela que se dane”, para lembrar frase emblemática dita por uma MULHER no dia em que ela Geisy era escorraçada da Uniban. Uniban? Mas o que é Uniban e outras “unis” que andam por aí?
Anônimo disse…
a decisao da uniban foi anti constituicional... se as roupas sao improprias cade o manual do aluno que adverti as roupas das pessoas, e depois acho que era melhor esta aluna andar pelada na universidade do que os outros alunos usarem drogas.... acho que agora a universidade quer impor um moralismo que nao existem... mas dentro desta universidade alem de pessoas muito boa de caracter, tem muita gente que faz coisas piores, alem de usarem drogas, traficam, roubam, e fazem coisas piores.... nao vamos ser hipocritas...
e pra 60 mil alunos, 4000 mil e mail é menos de 10% que se colocaram contra a aluna...
acho que uniban nao ira melhorar sua imagem, ja a geisy, com toda esta contrariedade já ficou famosa...
acho que pra nao manchar mais, é muito simples, é colocar uma pedra em cima do assunto, e deixando todos estudarem tranquilos.. uma coisa que todos os filhinhos de papai, nao quer...
Anônimo disse…
Fiquei muito triste com a atitude da Universidade. Que vergonha...
silvia calçada disse…
Ellis Wayne Brown, um dos reitores, seria estuprado numa cadeia comum, mas como possui graduação em curso universitário talvez tenha direito a cela especial. Ou será que já mudou a lei. Sim porque isto é uma democracia e tem lei.
O episódio desvenda a situação vergonhosa que é transformar a educação em mercadoria. Ainda bem que apareceu a cara dele. Ele que não se vista de rosa.
juliano disse…
apoio a decisão da universidade, fez o certo em expulsá-la.
universidade não é zona ou balada para a roupa que ela estava usando e ela queria provocar e chamar atenção, coisa que conseguiu e não dúvido nada agora daqui uns dias aparecer pelada numa playboy ou participando de programas na tv
Anônimo disse…
Infelizmente vou ter q comentar sobre esse assunto, aiaiai...
Eu como mulher entendo que ela pode usar a roupa que ela quiser, mas... ela deveria ter no minimo disernimento em saber que universidade não é balada! e se depois ela iria pra balada, que se arruma-se na hora da saida ou na casa de uma amiga.
Os alunos estão realmente errados em fazer o q fizeram, isso não tenho duvida.
Mas tbm não duvido que ela saira na playboy e virara mais uma atriz/modelo/cantora e provavelmente é capaz de ir pro BBB.
Vergonhoso um pais que perde tempo discultindo por um vestido curto e da atenção a uma pessoa que quer aparecer.
Não sou aluna da uniban nem conheço a moça, mas como mulher me sinto ofendida quando uma garota se veste dessa forma, por causa de muitas como ela que as mulheres não tem vez em varias coisas da vida.
Se só existi-sem mulheres como ela, provavelmente ainda viveriamos nas decadas do machismo, pq ela é o exemplo de deem ao homem o que eles querem.
Isso é vergonhoso para qualquer mulher que se prese e se de o respeito.
Sair de mini vestido e depois querer respeito é o cumulo da ignorancia.
Quer ir de roupa curta pra balada? vá, mas lembre-se q vc esta dando brexa.
Por causa de mulheres assim que os homens não os respeitam, é dose isso!
Triste, muito triste, espero que ela se vista bem depois desse episodio.
Anônimo disse…
poxa,onde nos estamos?estamos cansados de ver filmes americanos onde as garotas de faculdade vestem saias curtas,por que isso agora? acho que a uniban errou no seu veredicto,por outro lado se ouve muito falar em bebidas nos intervalos.e ai uniban?
Anônimo disse…
Não julgo a garota por vestir-se desta forma. Afinal na minha 7ª série já ví garotas com trajes bem piores...com uma blusinha de alcinha transparente e sem sutiã. E a calça nem se fala, tava lá no útero..rs. Bom, o que acontece é que a imagem da mulher no Brasil já está deteriorada faz tempos...tenho colegas que vão pra Europa e são hostilizadas, só por causa da imagem de prostituta mostrada nas novelas e filmes brasileiros. Além dos 'fios-dentais' das praias do Rio. É hipocrisia sim dos alunos, mas a aluna também fez errado. É óbvio que ela queria chamar a atenção da mídia, com isso ela pode ganhar um trocado na Playboy ou no Big Bosta Brasil, onde mulheres que já pousaram nuas ou já fizeram filmes pornôs no "Brasileirinhas" participam e todos assistem pra ver o que vai rolar, lá ela poderá se exibir à vontade e ainda vai ganhar fãs e dinheiro...é o sonho de toda mulher que não quer estudar e sim ganhar dinheiro mostrando o corpo. Mas e quando ela estiver esquecida e cheia de rugas? Só não pode fazer igual a Rita Cadilac..rs, esta é ridícula e ninguém fala nada..rsksksks. Mulheres, não deixem que sua imagem seja ainda mais banalizadas pelos comerciais de cerveja, novelas, BBB's, Pânico, Fausão, Inchessão (Malha..), Banheira do SBT, Funk, Rap, etc. Usem o cérebro para ganhar dinheiro e não o corpo, pois ele acaba um dia e a fama também. Fui!!! Galo doidooooo!!!!
N. B.C. disse…
A Geysi é só mais uma que foi educada pra ser carne de açougue se a propria mãe dela não tem equilibrio m.m.pra ver difereça entre trajes de escola e trajes de gandaia.......................
Anônimo disse…
pois eu to na europa 20 anos e garotas destas respondem pela ma fama do brasil fora dele!usar mini roupas e pedir respeito?
fora do brasil ha mulheres liberais e muito mais puta que no brasil,mas disfarcam,nao usando mini nada!
que direito tem qualquer mulher do mundo todo de usar como essa ai disse "roupa provocante"?sera que tem objetivo a ver com estilo da roupa?provocar=....rsrsrsrsrsr
Anônimo disse…
Gostaria de saber a opinião de vocês, agora que a "Geisy sem ONG" está tentando se sobressair nos holofotes, tendo já participado de um reality show, publicado uma biografia e feito um ensaio fotográfico para uma revista masculina.
ONG? Quem precisa disso? O Gugu é a ONG da Geisy, kkkkk.

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça