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Mostrando postagens de março 1, 2007

Tanure obtém preferência de compra da Editora Três

Embora a Folha tenha publicado que o banqueiro Daniel Dantas tinha comprado 51% das ações da Editora Três, a informação mais recente que é o empresário Nelson Tanure, dono da CBM (Companhia Brasileira de Multimídia), é que vai comprar a empresa que edita Istoé, entre outras revistas. A CBM até já teria repassado à Três dinheiro para colocar em dia os salários atrasados. Mas o negócio será feito mesmo, se não houver nova reviravolta, só daqui a 90 dias, após auditoria que Tanure solicitou que se fizesse na empresa de Domingos Aluzaray. Fala-se que a dívida da Três seja de R$ 800 milhões. No mínimo.

Dines afirma que reação a Janine foi irracional

No Observatório da Imprensa, versão radiofônica, o jornalista Alberto Dines defendeu Renato Janine: Junto com o debate sobre crimes e impunidade iniciado há mais de um mês, em seguida à morte do menino João Hélio, há uma outra discussão, menos perceptível, porém mais profunda e que talvez seja capaz de alterar drasticamente certos comportamentos da elite brasileira. Trata-se da reação irracional contra o artigo escrito na Folha de S.Paulo pelo filósofo Renato Janine Ribeiro, no domingo de Carnaval. O professor Janine, esteve na terça-feira (27/2) em nosso programa de TV e no domingo (4/3), no mesmo jornal [ver abaixo], continuou a se defender do linchamento moral a que foi submetido. "Pago um preço por ter dito o que, no fundo, muitos sentiram." Mas o que foi que Janine sentiu e escreveu? Que o assassinato do menino foi um crime contra a humanidade e que diante desta barbaridade ele chegou a desejar a morte dos criminosos. Foi sincero, mas a hipocrisia coletiva abomina os ras

Janine diz que críticos não entenderam seus sentimentos

No suplemento Mais!, da Folha, edição de ontem, o professor de ética Renato Janine Ribeiro publicou artigo defendendo-se daqueles que, uns, acusaram-no de ambíguo em relação à pena de morte e, outros, de ser o “filósofo da tortura”. Tal polêmica se deu a partir de um outro artigo de Janine, também no Mais!, no dia 18, onde ele mostrava-se indignado com o assassinato do menino João Hélio. No artigo de ontem, Janine disse que os seus críticos leram o seu artigo de indignação da maneira que “lhes conveio”. E se explica: Ao expor meus sentimentos (e era isso o que buscava ante o horror que vivia), deixei claro que estava tão perplexo que não cabia propor nada de concreto, tal como a pena de morte. É verdade, Janine não propôs a pena de morte porque achou pouco para o caso e desejou que os assassinos de João Hélio recebam a “paga” dos presidiários pela morte tão hedionda. Mas Janine, em seu artigo de ontem, não endossa tais afirmações. Resta saber se ele convenceu os seus críticos. Dize

Resenha diz que livro não mistifica o dono da Folha

A Folha publica hoje resenha do livro de Engel Paschoal “A Trajetória de Octavio Frias de Oliveira” [Publifolha/ Mega Brasil], sobre o publischer do jornal. O resenhista Mario Sergio Conti observa que o livro não mistifica o Frias, tratando-se portanto de uma raridade “na literatura sobre os barões da imprensa nacional”. "Não espere de ‘A Trajetória’ loas emboloradas à sagrada missão de bem informar, o registro engalanado das ações em prol do engrandecimento da pátria ou a ladainha das virtudes celestes da livre iniciativa. O livro está isento de toda a lorota ideológica que costuma fundamentar o exercício do jornalismo”, escreve Conti. E assim parece, pelos exemplos pinçados por Conti. No livro, na boca do Frias, estão revelações como estas: Se o negócio é ganhar dinheiro, eu vou ganhar mesmo. E eu era impiedoso. Aplicava dinheiro a juros, sim, senhor. Era usurário, cobrava 3% ao mês e não tinha conversa. Com um cheque que só teria fundos dois dias depois, Frias e o seu sócio C

Pressão da Renault causa três suicídios em cinco meses

Nos últimos cinco meses, houve três suicídios de funcionários da Renault, a maior montadora de automóveis da França. Em 2004, um funcionário já havia se matado nas dependências da empresa. O brasileiro Carlos Ghosn (foto), famoso pela competência que demonstrou nas empresas pelas quais passou, é o principal executivo da Renault. Ele está empenhado em recuperar a montadora, que vem perdendo mercado. Nos próximos dois anos, ele vai lançar 13 novos veículos e até 2009, o total de 26. O dobro dos lançamentos da Renault nos últimos anos. Os sindicatos dos trabalhadores responsabilizam a Renault pelos suicídios por causa da “extrema pressão” para que os funcionários cumpram as metas. De início, a montadora vinha negando que pudesse haver qualquer ligação entre os suicídios. Mas ela teve de se curvar às evidências publicadas pela imprensa francesa, até porque, se não fizesse, não seria uma boa estratégia de marketing. Uma das evidências são as cartas que o suicida Raymond D., 38 anos, deix

Gabeira agora diz que legalização das drogas só com polícia ética

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), foto, escreve na Folha de hoje um artigo que mostra que mudou o seu ponto de vista em relação à legalização do comércio de drogas. Ele continua favorável à descriminação da drogas no Brasil, mas desde que haja antes, ressalta, uma polícia mais ética e competente. (O que, acrescento, não há nenhum vislumbre de haver no Brasil.) Escreve ele: Mas quem conhece o processo de legalização fora daqui sabe que ele tem premissas que não foram cumpridas no Brasil. Aqui, no Brasil, é evidente que a súbita retirada dos mercados clandestinos jogaria os criminosos em outros tipos de crime. Logo, é preciso estar preparado para esse deslocamento, de um modo geral para seqüestros e roubos de carro. Gabeira faz parte de um pequeno núcleo de parlamentares que lutam pela moralização do legislativo, hoje contaminado pela corrupção talvez como nunca. Ele tem tido destaque na imprensa por sua atuação ponderada – já foi capa da Veja. Há quem diga que ele, um ex-guerreiro, e

Juíza nomeia administrador para a Gazeta Mercantil

Deu no Consultor Jurídico : a juíza Maria Cristina Christianini Trentini, da Vara do Trabalho de São Paulo, nomeou o perito Carlos Roberto Galli administrador do JB Comercial, proprietária da Gazeta Mercantil. Galli terá de garantir o pagamento de salários atrasados e de verbas rescisórias. Em 2002 e em 2003, a empresa fez acordo com ex-funcionários de que pagaria tudo que eles têm direito. Não pagou. Tramitam na Justiça do Trabalho de São Paulo mais de 3 mil ações contra o jornal.

Impasse na Três ameaça circulação de revistas

O dono da Três, Domingo Alzugaray, tinha informado a jornalistas da Istoé, que anunciaria nesta semana a venda da editora, mas ficou só na promessa. Agora, complicou-se a situação da Três que, além da Istoé, edita IstoÉ Dinheiro, Dinheiro Rural, IstoÉ Gente, Planeta, Motor Show e Menu. Com salários atrasados, parte dos funcionários está parada. A greve tende a se fortalecer nos próximos dias, e as revistas da Três poderão não chegar às bancas. O controvertido banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, seria o comprador da editora. A Folha Online divulgou que o banqueiro ficou com 51% das ações da editora, mas a informação não foi confirmada. Algo deve estar travando a negociação. Estavam (ou estão) disputando a editora, além de Dantas, o empresário Nelson Tanure (controlador do JB e Gazeta Mercantil), grupos Bandeirantes/Camargo Comunicações e o bispo Edir Macedo, dono da TV Record e da Igreja Universal. Os jornalistas da editora vão criar um blog para divulgar sua mobilização. Ini

Boni vai lançar portal de blogs de celebridades

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni (foto) e o seu filho Diego estão investindo em um portal de blogs só de celebridades, a maioria delas ligadas à Globo, como Tony Ramos, Marília Gabriela, Sônia Braga, Cláudia Rodrigues, Juliana Paes, Heloísa Perissé e o novelista novela Aguinaldo Silva. A informação foi divulgada hoje por Daniel Castro, da Folha. O portal deverá entrar no ar logo. “Será o maior ponto de encontro de celebridades do país”, diz Boni, que já foi o manda-chuva na Rede Globo. Aguinaldo Silva disse que vai relatar o dia-a-dia de “Duas Caras”, novela global que sucederá no dia 1º de abril a “Paraíso Tropical”, de Gilberto Braga. O portal deverá atrair audiência e anunciantes, mas ainda assim, para o Boni, vai ser um desafio torná-lo um bom negócio, até porque as celebridades não vão escrever de graça. Era de se esperar que a Rede Globo lançasse um portal desse tipo, porque afinal ela é a maior fabrica de celebridades do país. Mas, não se sabe por que, Boni saiu na fr

“Indignação não deve se nutrir da vingança”

Quem hoje no espaço de opinião da Folha critica o professor de ética Renato Janine, embora sem citá-lo, é Oswaldo Giacoia Júnior, professor de filosofia da Unicamp, em referência ao brutal assassinato do menino João Hélio. Escreve Giacoia: (...) por penoso que seja dizê-lo, o açodamento das reações emocionais não é um bom companheiro do prudente equilíbrio que deve balizar nosso juízo e discernimento nessas ocasiões. É justo que exijamos punições exemplares. Mas não que nossa indignação se nutra no desejo de vingança. Giacoia transcreve o filósofo Nietzsche : "O último terreno conquistado pelo espírito da justiça é o terreno do sentimento reativo! Quando ocorre, de verdade, que o homem justo seja justo inclusive com quem o prejudicou (e não apenas frio, comedido, estranho, indiferente: ser justo é sempre um comportamento positivo), quando a elevada, clara, profunda e suave objetividade do olho justo, do olho julgador não se turva nem sequer sob o assalto de lesões, escárnio, imp