Manifestantes denunciam a "ditadura da religião" Cerca de 5.000 tunisianos protestaram hoje (22) nas ruas de Túnis, a capital, contra a influência crescente do Islã no governo do país. Eles estavam com bandeira com dizeres como “não à ditadura religiosa” e “o poder pertence ao povo”. A Tunísia já foi considerado o mais secular entre os países árabes. Do total do seu território, 40% ficam no deserto do Saara. Tem mais de 10 milhões de habitantes, com 99% de muçulmanos. A tensão entre secularistas e os religiosos tem aumentado desde as últimas eleições, com a vitória do partido islamista Ennahda, após a derrubada do ditador Zine El Abidine Ben Ali, em manifestações que deram origem à Primavera Árabe. Os manifestantes de hoje acusam o governo de não controlar o fanatismo religioso, como demonstra, segundo eles, o assassinato na quinta-feira de Lofi Nakd, um político secular. Beji Caid Essebsi, ex-primeiro-ministro que liderou o governo de transição após a depos