A teoria quântica é probabilística e em geral permite diferentes resultados para uma medição (figura à esquerda), mas observadores independentes, monitorando o mesmo sistema, veem o mesmo resultado (figura à direita). O “darwinismo quântico” foi proposto para explicar isso. Quando todos os observadores concordam com o que veem, tendem a considerar isso como o conhecimento objetivo de uma característica intrínseca do sistema. Mas as coisas podem não ser bem assim (imagem: Roberto Baldijão/Unicamp) JOSE TADEU ARANTES Agência FAPESP Na escala atômica e subatômica, os objetos exibem comportamentos que desafiam a visão de mundo clássica, baseada nas interações cotidianas com a realidade macroscópica. Um exemplo bastante conhecido, entre vários, é o fato de o elétron poder se comportar tanto como uma partícula quanto como uma onda, dependendo do contexto experimental em que é observado. Para explicar esses dados, que pareciam colocar em xeque a física herdada dos séculos anteriores, modelo