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Série Missa da Meia-Noite mostra quando a religião vira fonte de fanatismo e terror

Assista na Netflix. A produção tem nota 7.7 no IMDB e aprovação de 87% no Rotten Tomatoes. A trama expõe o perigo real da fé cega em uma comunidade


A série “Missa da Meia-Noite” usa o gênero de terror para debater o fanatismo religioso. A trama vai além dos sustos fáceis e discute temas pesados como luto, culpa, vício e a morte. O diretor Mike Flanagan cria uma história onde supostos “milagres” viram uma tragédia de horror.

Bev Keane surge como a vilã mais perigosa da história. Ela não é um monstro sobrenatural, mas uma humana aterrorizante. A personagem usa versículos da Bíblia como armas. Ela cita textos sagrados para justificar a exclusão social, crueldades e até assassinatos.

A vilã mostra como textos religiosos podem ser distorcidos para alimentar egos inflados e sede de poder. Para o fanático, o dogma nunca erra. O Padre Paul começa a queimar ao sol e ter sede de sangue, mas Bev ignora o perigo óbvio e físico desses sintomas.

Ela busca na Bíblia motivos para validar aquele horror como algo “divino” e planejado. A série ilustra como uma comunidade vulnerável pode ser seduzida. A ilha Crockett abriga moradores que sofrem com a economia local falida e problemas emocionais graves.

O fanatismo oferece um senso de superioridade. Os fiéis acreditam serem os escolhidos e o resto do mundo queimará. A promessa de cura física cega as pessoas para a podridão moral que cresce na igreja. O “milagre” esconde um preço alto demais.

Flanagan usa o vampiro, chamado na série apenas de “Anjo”, como metáfora para a radicalização. O fanatismo infecta a mente assim como o vampirismo infecta o sangue. Tudo começa com a promessa de vitalidade, mas exige que você destrua os outros para sobreviver.

Os personagens perdem a humanidade à medida que viram fanáticos. A empatia básica desaparece. Eles chegam ao ponto de racionalizar e aceitar a morte de vizinhos e familiares. A trama faz uma distinção sofisticada entre a fé genuína e o fundamentalismo.

O roteiro não ataca a religião em si, mas a instituição corrompida. Personagens como o Xerife Hassan e os pais de Riley mostram uma fé baseada em amor e resiliência. O fanatismo é o oposto disso: baseia-se no medo, no controle e na rejeição de quem pensa diferente.


> Com informação da Netflix e de outras fontes.

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