Polícia investiga rede de empresas ligadas à família da pastora Gigi Castilho usadas para desviar recursos de creches na Zona Oeste do Rio.
Agentes da Polícia Civil cumpriram mandados em endereços ligados à vereadora e pastora Gigi Castilho (Republicanos), suspeita de chefiar um esquema de desvio de verba pública destinada à alimentação de crianças na Creche Deus é Fiel, em Guaratiba, e na Creche Escola Machado, em Santa Cruz.
As investigações apontam que o grupo liderado pela vereadora, com participação do marido, Luciano Castilho, e da filha, Andreza dos Santos Adão, usava empresas fantasmas para justificar repasses da Prefeitura do Rio.
Essas empresas emitiam notas fiscais superfaturadas para simular o fornecimento de alimentos e materiais escolares que nunca chegaram às creches conveniadas. O dinheiro público era transferido às contas das firmas de fachada e depois sacado em espécie.
Segundo a Delegacia de Defraudações, o grupo criou pelo menos 15 empresas e envolveu 14 pessoas no esquema. Uma das creches recebeu cerca de R$ 9 milhões em seis meses, com 816 saques que somaram R$ 1,5 milhão.
A Creche Deus é Fiel, ligada à pastora, mantém convênio com a Secretaria Municipal de Educação e oferece 2.660 vagas por mês, com repasses que chegam a R$ 780 por criança. Os contratos vencem em dezembro.
A filha da vereadora, Andreza, aparece como dona da Padaria e Mercearia Impacto, que recebeu R$ 97,5 mil em 2022 por supostos serviços de panificação para as creches. O endereço comercial é uma vila residencial em Santa Cruz.
Outra empresa, Santos Júnior Confecção e Costura, de Flávio Celso dos Santos Júnior, sobrinho do marido de Gigi, recebeu R$ 123,8 mil para confeccionar roupas de balé. O endereço informado é o mesmo da casa da família Castilho, em Sepetiba.
A Coutinho Confecções, de Valmir Coutinho de Lima, ex-cabo eleitoral da vereadora, faturou R$ 475,6 mil na fabricação de uniformes para as creches. A empresa está registrada no mesmo endereço da confecção do sobrinho de Luciano Castilho.
Conforme a delegada Josy Lima Leal Ribeiro, nenhuma dessas empresas existe de fato. “As notas fiscais apresentadas são falsas e as empresas não funcionam nos endereços informados”, disse a responsável pela investigação.
O caso ganhou força após reportagem da TV Globo mostrar que, entre 2022 e 2023, as creches ligadas à vereadora pagaram R$ 1,7 milhão a firmas de familiares e aliados. As unidades foram alvo de busca na nova fase da operação.
A Polícia Civil apura se servidores municipais participaram da fraude que desviou recursos destinados à alimentação e manutenção das creches. O dinheiro vinha de convênios da Secretaria Municipal de Educação com instituições comunitárias.
O Tribunal de Contas do Município abriu inspeção extraordinária para revisar todos os contratos das creches conveniadas com o grupo de Gigi Castilho. A apuração começou após denúncia do vereador Pedro Duarte (Novo).
Em nota, Gigi Castilho afirmou que trabalhou como diretora pedagógica da Creche Deus é Fiel até março de 2024 e que nunca teve função financeira ou administrativa. Disse confiar “nas instituições brasileiras” e que apresentará defesa no processo.
A prefeitura informou que entregou à Polícia Civil e ao TCM todos os registros de pagamentos e contratos. Disse ainda que novas liberações de recursos dependerão da conclusão das investigações.
A Creche Escola Machado, também ligada à vereadora, pediu recentemente à Secretaria de Educação a prorrogação do contrato por mais um ano. O pedido está suspenso até o fim das apurações.
As investigações continuam para identificar todos os beneficiários e eventuais funcionários públicos envolvidos. A Justiça autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal de empresas e pessoas físicas associadas à vereadora.
As investigações apontam que o grupo liderado pela vereadora, com participação do marido, Luciano Castilho, e da filha, Andreza dos Santos Adão, usava empresas fantasmas para justificar repasses da Prefeitura do Rio.
Essas empresas emitiam notas fiscais superfaturadas para simular o fornecimento de alimentos e materiais escolares que nunca chegaram às creches conveniadas. O dinheiro público era transferido às contas das firmas de fachada e depois sacado em espécie.
Segundo a Delegacia de Defraudações, o grupo criou pelo menos 15 empresas e envolveu 14 pessoas no esquema. Uma das creches recebeu cerca de R$ 9 milhões em seis meses, com 816 saques que somaram R$ 1,5 milhão.
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Em Sepetiba, na casa da vereadora, os agentes encontraram o imóvel vazio e o portão destrancado. Foram recolhidos computadores, documentos e celulares |
O objetivo da operação policial foi rastrear a movimentação financeira entre as creches e as empresas de fachada.
A Creche Deus é Fiel, ligada à pastora, mantém convênio com a Secretaria Municipal de Educação e oferece 2.660 vagas por mês, com repasses que chegam a R$ 780 por criança. Os contratos vencem em dezembro.
A filha da vereadora, Andreza, aparece como dona da Padaria e Mercearia Impacto, que recebeu R$ 97,5 mil em 2022 por supostos serviços de panificação para as creches. O endereço comercial é uma vila residencial em Santa Cruz.
Outra empresa, Santos Júnior Confecção e Costura, de Flávio Celso dos Santos Júnior, sobrinho do marido de Gigi, recebeu R$ 123,8 mil para confeccionar roupas de balé. O endereço informado é o mesmo da casa da família Castilho, em Sepetiba.
A Coutinho Confecções, de Valmir Coutinho de Lima, ex-cabo eleitoral da vereadora, faturou R$ 475,6 mil na fabricação de uniformes para as creches. A empresa está registrada no mesmo endereço da confecção do sobrinho de Luciano Castilho.
Conforme a delegada Josy Lima Leal Ribeiro, nenhuma dessas empresas existe de fato. “As notas fiscais apresentadas são falsas e as empresas não funcionam nos endereços informados”, disse a responsável pela investigação.
O caso ganhou força após reportagem da TV Globo mostrar que, entre 2022 e 2023, as creches ligadas à vereadora pagaram R$ 1,7 milhão a firmas de familiares e aliados. As unidades foram alvo de busca na nova fase da operação.
A Polícia Civil apura se servidores municipais participaram da fraude que desviou recursos destinados à alimentação e manutenção das creches. O dinheiro vinha de convênios da Secretaria Municipal de Educação com instituições comunitárias.
O Tribunal de Contas do Município abriu inspeção extraordinária para revisar todos os contratos das creches conveniadas com o grupo de Gigi Castilho. A apuração começou após denúncia do vereador Pedro Duarte (Novo).
Em nota, Gigi Castilho afirmou que trabalhou como diretora pedagógica da Creche Deus é Fiel até março de 2024 e que nunca teve função financeira ou administrativa. Disse confiar “nas instituições brasileiras” e que apresentará defesa no processo.
A prefeitura informou que entregou à Polícia Civil e ao TCM todos os registros de pagamentos e contratos. Disse ainda que novas liberações de recursos dependerão da conclusão das investigações.
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Pastora dava um jeito de ficar com verba da alimentação das crianças |
A Creche Escola Machado, também ligada à vereadora, pediu recentemente à Secretaria de Educação a prorrogação do contrato por mais um ano. O pedido está suspenso até o fim das apurações.
As investigações continuam para identificar todos os beneficiários e eventuais funcionários públicos envolvidos. A Justiça autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal de empresas e pessoas físicas associadas à vereadora.
> Com informação de O Globo, rede social e outras fontes.


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