Fundada em 1921, a Weleda alegava que seu creme para a pele protegia soldados alemães contra congelamento.
Para comprovar a eficácia, médicos nazistas e seus assistentes, alguns ligados à Weleda, usaram o creme em testes no campo de concentração de Dachau.
Cerca de 300 prisioneiros foram submetidos a um banho gelado, permanecendo em água com gelo por horas, em condições desumanas.
Como resultado, 80 a 90 prisioneiros morreram, conforme a historiadora Anne Sudrow. O caso é um dos muitos exemplos de experiências médicas cruéis.
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Sobreviventes do campo de Dachau em barracas-prisões quando de sua liberação pelas forças aliadas. Essa foto foi tirada entre 29 de abril e 1° de maio de 1945 |
Em resposta, a empresa comprometeu-se a investigar a sua história. Um estudo interno, feito antes, nada revelou.
A CEO Tina Müller declarou que “novas pesquisas nos dão motivos para revisitar nossa história”. Um novo estudo independente levará cerca de dois anos.
Sudrow descobriu que a empresa tinha laços estreitos com a SS e que se beneficiava do trabalho escravo em Dachau.
Os prisioneiros cultivavam ervas medicinais a custo reduzido para testes anticongelantes. O médico da SS Sigmund Rascher liderou os testes e dois funcionários à época da Weleda executaram os experimentos.
Em comunicado, a empresa suíça condenou as atrocidades do nacional-socialismo, afirmando que fascismo e racismo não tiveram lugar em suas operações, em contestação à historiadora.
Hoje, a Weleda é uma empresa lucrativa, com faturamento de mais de 450 milhões de euros, cerca de 3 bilhões de reais. Ela opera em 50 países.
Um creme para fraldas, por exemplo, é popular nos Estados Unidos. A empresa tem forte presença no mercado brasileiro de cosméticos.
No Brasil, na linha de produtos se destacam óleo para massagem de bétula, óleo para Gestantes e arnica.
> Com informação da historiadora Anne Sudrow e de outras fontes.
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