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É fake news que Ivermectina seja eficaz contra dengue, alerta ministério

O antiparasitário já chegou a ser defendido por bolsonaristas contra a Covid-19  

Paula Labossière
jornalista

Agência Brasil
empresa financiada pelo governo brasileiro

A ivermectina voltou a ganhar holofotes como possível solução para combater doenças — dessa vez, a dengue. Conforme o Ministério da Saúde, trata-se de boato veiculado, inclusive, no perfil das redes sociais de alguns profissionais de saúde, mas sem dado ou fonte que comprove a informação.

O medicamento, um antiparasitário, chegou a ser defendido em meio à pandemia de Covid-19 como parte de um tratamento precoce contra a doença, porém, sem eficácia comprovada. A pasta lembra que, à época, estudos demonstraram a ineficácia do remédio no combate ao coronavírus.

“Para ficar claro: a ivermectina também não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue. O Ministério da Saúde não reconhece qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da doença”, alertou o governo federal em nota. 

“Disseminação de fake news, principalmente ao se tratar de um cenário epidemiológico que pede atenção, é extremamente perigoso”, completou.

Vacina contra a dengue do Butantan protege 79,6% dos imunizados, mostra estudo
O ministério informou o protocolo oficial para dengue prevê que o médico identifique os sintomas a partir de uma pesquisa com o próprio paciente. Em seguida, o profissional pode ou não solicitar exames laboratoriais.

Para os casos leves de dengue, a recomendação é repouso enquanto durar a febre; hidratação (ingestão de líquidos); administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre. É o paciente não pode tomar ácido acetilsalicílico. Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias.

“É muito importante retornar imediatamente ao serviço de saúde em caso de sinais de alarme (dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas). O protocolo sugere a internação do paciente para o manejo clínico adequado”, reforçou o ministério.

A pasta ressalta que as condutas clínicas indicadas são sustentadas em bases científicas e evidências de eficácia que garantem a segurança do paciente. O Ministério da Saúde também destaca que os medicamentos prescritos para o tratamento têm aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Vacina

Cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas contra a dengue no Brasil ao longo de 2024, considerando a capacidade limitada de fabricação das doses pelo laboratório Takeda, responsável pela Qdenga.

O imunizante este mês para adolescentes com idade entre 10 e 14 anos para municípios selecionados. 

Comentários

CBTF disse…
Bolsonaro quando era deputado defendia uma pílula feita de açúcar pra combater o câncer e conseguiu que o "remédio" fosse aprovado com o argumento de que isso não iria afetar ninguém, hoje vemos o quanto esses medicamentos sem comprovação afetam a vida das pessoas, estudos científicos recentes mostraram que cloroquina por exemplo aumentou os riscos de morte pela covid.

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