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Controladoria destitui servidor federal envolvido com pastores em esquema de propina

Caso levou à demissão do ministro da Educação no governo Bolsonaro, o pastor Milton Ribeiro


Pedro Rafael Vilela
jornalista

Agência Brasil
empresa financiada pelo governo brasileiro

A Controladoria-Geral da União destituiu Luciano de Freitas Musse, da gerência de projetos do Ministério da Educação, após o fim de um processo administrativo disciplinar que concluiu que o agente público atuou em conluio com os pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia para facilitar a liberação de recursos a prefeituras, em troca de propina.

O caso foi revelado em 2022, por matérias na imprensa, e levou à exoneração do então ministro Milton Ribeiro, que chefiou a pasta da Educação durante parte do governo de Jair Bolsonaro.

Processo administrativo
comprovou que Messe e
pastores receberam
propina para liberar
verba do MEC

Segundo o processo disciplinar da CGU, o indiciado recebeu R$ 20 mil por indicação de um dos pastores. Além da exoneração do cargo de confiança, Musse fica proibido de ser indicado, nomeado ou tomar posse em cargo efetivo ou funções de confiança no Poder Executivo federal por oito anos.

Em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, em abril de 2022, prefeitos de três municípios confirmaram aos senadores a abordagem por pastores que pediam o pagamento de propina em troca da liberação de verbas do MEC.

Conforme as denúncias, mesmo sem cargos formais, os pastores tinham livre trânsito no MEC e intermediavam os pleitos de prefeituras junto ao então ministro Milton Ribeiro. Ele deixou o comando da pasta após a divulgação de áudios em que afirma dar “prioridade” ao repasse de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDC), uma autarquia vinculada ao MEC, aos “prefeitos que são amigos do pastor Gilmar Santos”.

Nos áudios, Ribeiro enfatizava que a prioridade atendia a um pedido do presidente Jair Bolsonaro. Em sua defesa, o ministro afirmou que não praticou atos ilícitos.

• Governo Bolsonaro: ministério da Educação nomeia professora criacionista

• Cabral afirma que Igreja Católica participou de esquema de propina

Comentários

Paulo Lopes disse…
O servidor foi demitido, pastores continuam pastoreando, incluindo o ex-ministro, e ninguém foi preso.

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