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Saiba por que as pesquisas científicas usam camundongos

O genoma desses bichos tem similaridade com o genoma humano por volta de 85% 

JORNAL DA USP

Os roedores são animais amados e odiados: enquanto muitos têm hamsters e porquinhos-da-índia como pets de estimação, outros têm medo e repulsa de ratos. Eles são tema de um dos vídeos da série ABC Modelos Animais, produzido pelo Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (Genoma USP) do Instituto de Biociências (IB) da USP.

“Vale lembrar que esses animais também são muito usados em pesquisa e não é de hoje”, afirma o pesquisador Felipe Vasconcelos, acrescentando que os roedores são usados em pesquisas para decifrar várias questões científicas, inclusive no campo da genética humana.

Alguns motivos corroboram para o uso desses animais em pesquisas: a facilidade de manuseio e cuidado, o fato de nascerem vários filhotes por ninhada, geralmente de 5 a 10, além do relativo baixo custo para manter a criação. 

É possível estudar
várias doenças
humanas com
o camundongo

Entre os roedores que costumam ser mais usados em pesquisas, estão os ratos, principalmente os camundongos. O pesquisador explica o que o genoma de camundongos tem similaridade com o genoma humano, “sendo por volta de 85% a semelhança nas regiões que têm as informações para produzir as proteínas”. 

Segundo Vasconcelos, existem mais de mil linhagens diferentes desses animais e, entre elas, há modelos para estudar doenças humanas, como Alzheimer, distrofias musculares, autismo e obesidade. 



Como funciona o controle ético?


Outro vídeo da série ABC Animais, Ética na prática: animais na ciência, aborda como funciona o controle ético sobre as pesquisas que utilizam animais.

“No Brasil, existe uma lei, chamada Lei Arouca (lei 11.794, de 2008), que determina os limites éticos da utilização de animais vertebrados em atividades tanto de ensino quanto de pesquisa”, informa a pesquisadora Laura Carvalho

Todos os projetos têm que passar primeiro pela apreciação ética de uma comissão da instituição em que se pretende desenvolver o estudo, a Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua). Ela é subordinada ao Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Consea), que está vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo federal.

Primeiro, a Ceua verifica se o plano de trabalho proposto pelos pesquisadores está de acordo com a legislação vigente, além do mérito e da necessidade da pesquisa. Para isso, é preciso responder algumas questões: o problema já foi estudado ou solucionado anteriormente?; que benefícios a sociedade poderia colher com esse projeto de pesquisa?; que parcela da população e que segmentos da econômica serão beneficiados? 

Também é verificado se o projeto está bem fundamentado para responder às perguntas daquela pesquisa; e se há pessoas capacitadas tecnicamente para realizar os procedimentos daquele projeto.

Há ainda outros quatro vídeos disponíveis: Faz sentido usar animais na pesquisa científica; Animais mutantes e a genética humana; Como o peixe paulistinha ajuda os cientistas a entender genética; e Curiosidades sobre cães na pesquisa científica. Clique aqui e confira a playlist ou nos players abaixo:

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