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Grupo católico rastreia apps de namoro gay para denunciar padres

'É difícil saber onde eles [esses católicos conservadores] chegarão com isso'

O Catholic Laity and Clergy for Renewal (Leigos Católicos e Clérigos para a Renovação) gastou de 2018 a 2021pelo menos US$ 4 milhões na compra de dados de aplicativos de namoro gays para identificar padres e denunciá-los a bispos.

Entre os aplicativos, os principais são Grindr, Growlr, Scruff, Jack'da e OkCupid, informou Washington Post, que teve acesso a documentos dos perseguidores de padres.

O grupo conservador de católicos sem fins lucrativos tem sede em Denver, nos Estados Unidos, sendo administrado pelos filantrópicos Mark Bauman, John Martin e Tim Reichert. A Fundação Católica do Norte do Colorado contribuiu com doação de US$ 400 mil em dois anos.

Um dos padres denunciados em 2021 seria Jeffrey Burrill, que renunciou ao sacerdócio.

Não falta recurso
para a milícia
virtual católica
anti-LGBTQ

O Grindr negou que tenha vendido dados para os católicos conservadores, mas, se o tivesse, não seria ilegal, por falta de legislação.

Como o Grindr, a exemplo de outros aplicativos e sites, tem parceria com fornecedores de tecnologia de anúncios para segmentar usuários e novos clientes em potencial com anúncios, os dados podem ser capturados na transmissão entre servidores.

Patrick Lenihan, porta voz do Grindr, disse que os executivos da empresa "estão furiosos com esses vigilantes anti-LGBTQ”.

Michael Sean Winters, jornalista do National Catholic Reporter, comentou ser "difícil saber onde eles [esses católicos] chegarão com isso".

"Ao ler o artigo [do Post], minha mente disparou para os julgamentos das bruxas de Salem, quando outros cristãos, por razões difíceis de entender, violaram todos os padrões de decência e justiça humana para perseguir um fantasma."

"No meio do artigo, o comportamento desse grupo pareceu mais parecido com o da Stasi e da KGB. A afeição que alguns católicos de direita têm por Valdimir Putin e Viktor Orban de repente pareceu ainda mais sinistra. Finalmente, pensei na cruzada anticomunista dos anos 1950 neste país."

> Com informação do Washington Post e de outras fontes.

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