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Traficante do PCC criou igrejas para lavagem de dinheiro

Pelas investigações do Ministério Público, o esquema com 7 igrejas movimentou pelo menos R$ 23 milhões

Igrejas evangélicas são suspeitas de obter ganhos com lavagem de dinheiro para marginais, mas um integrante da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) decidiu acabar com essa intermediação e criou sete denominações religiosas em cidades do Rio Grande do Norte e no Estado de São Paulo.

O MPRN (Ministério Público do Rio Grande do Norte) apurou que Valdeci Alves dos Santos, 51, o Colorido, é suspeito de usar suas igrejas para, com o dinheiro do tráfico, comprar imóveis, fazendas e rebanhos bovinos, no valor de R$ 23 milhões. A investigação começou em 2019.

O esquema de branqueamento de dinheiro funcionava havia pelo menos 20 anos. Atualmente, Santos cumpre sentença na Penitenciária Federal de Brasília, de segurança máxima, para onde são enviados líderes de facções criminosas.

Traficante conhecido
como Colorido atuava
no Sudeste

O braço direito de Santos é o seu irmão Geraldo dos Santos Filho, o Pastor Júnior, preso na cidade de São Paulo desde 2019 por uso de documento falso — ele já cumpria na época pena em regime semiaberto.

O bando de Santos era um dos principais abastecedores de droga do Sudeste, com Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, chefe do PCC nas ruas.

O MPRN deflagrou no dia 14 de fevereiro a operação Plata para colher provas contra os envolvimentos no esquema de lavagem de dinheiro. Houve sete mandados de prisão em 43 buscas e apreensão em nove estados. Os procuradores apreenderam armas e celulares.

A pedido do Ministério Público, a Justiça bloqueou bens e 28 contas bancárias dos suspeitos, até o limite de R$ 23.417.243,37.

O livro "Oração de Traficantes", da socióloga Christina Vital da Cunha, conta que os traficantes se aproximaram a partir de 2.000 de igrejas evangélicas de favelas do Rio.

Em troca da lavagem de dinheiro, os traficantes fazem grandes doações aos pastores e financiam cultos ao ar livre e show gospel. Essa parceria é responsável pela expulsão de terreiros de candomblé de morros do Rio.
 
> Com informação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, UOL e de outras fontes e foto da Polícia Rodoviária Federal. 

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