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Igreja da Inglaterra reconhece ter financiado comércio de escravizados

A igreja ganhou dinheiro investindo em fundo de financiamento ao comércio internacional de negros capturados

A Igreja da Inglaterra ajudou a financiar no século 18 o intenso comércio de escravizados do Reino Unido para países como o Brasil e Estados Unidos. Relatório comprovou que a Igreja investiu somas significativas no fundo Rainha Anne, da empresa de comércio de negros capturados South Sea Company.

Encomendado pela própria Igreja, o relatório informa que a empresa transportou em seus 30 anos cerca de 34 mil escravos “em condições sobrelotadas, insalubres, inseguras e desumanas”.

Justin Welby, arcebispo de Cantuário e líder espiritual da comunhão anglicana, afirmou no dia 10 de janeiro de 2023 lamentar "profundamente" o envolvimento da Igreja com esse tipo comércio.

Ele anunciou um fundo de 112 milhões de euros para garantir "um futuro mais justo" a todos, destacando-se as “comunidades afetadas pela escravatura”. “Chegou o momento de agir diante desse passado vergonhoso.”

Muitos escravizados
não resistiam às condições
insalubres e castigos nos
navios negreiros 

O historiador David Olusoga comentou que o compromisso da Igreja da Inglaterra “é um enorme passo para frente”.

“Durante 200 anos estivemos em negação, varrendo esta história para debaixo do tapete. Como  herdarmos riqueza dessa história, também temos de admitir que com essa riqueza também herdamos alguma responsabilidade — ideia descartada durante décadas.”

Estima-se que os navios britânicos transportaram para as Américas 3,4 milhões de africanos escravizados.

O historiador Richard Toye afirmou que "a revolução industrial e a contribuição da escravidão para a economia britânica estiveram profundamente entrelaçadas, dificultando a identificação exata do impacto de longo prazo do comércio de escravizados".

Com informação da Igreja da Inglaterra e de outras fontes.

• Jesus não fez objeção à prática da escravidão, escreve Sam Harris

• Escravizados da Igreja Católica tinham menos chances de comprar a sua liberdade, diz livro

• Igreja Católica do Brasil quer ter casal de santos escravocratas



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No primeiro dia de julgamento, Breivik fez saudação romana O cristão fanático Anders Behring Breivik (foto), 33, disse nesta quarta-feira (18) em Oslo que a Justiça deveria absolvê-lo ou condená-lo à morte. Em julho de 2011, o norueguês matou 77 pessoas em um protesto contra a imigração na Europa, principalmente a dos muçulmanos. Hoje foi o terceiro dia do seu julgamento.  Ele disse que uma condenação à prisão para ele é “patética”. Na Noruega, não há pena de morte e a condenação máxima é de 21 anos de prisão. Apesar disso, Breivik deverá ficar preso para sempre porque é certo que será considerado formalmente pela Justiça como perigoso para a sociedade. "Se você abraça a morte antes de entrar em ação, você fica dez vezes mais forte", disse Breivik. "Eu abracei a morte." Ele reafirmou que em 2011 foi um dos fundadores do um grupo batizado de Cavaleiros Templários. Quando ele foi preso, disse que o grupo se chamava “Novos Pobres Cavalheiros de Crist