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Sob pressão do MP, PRF suspende distribuição de cartilha religiosa

Instrumentalizada pelo bolsonarismo, PRF era palco de proselitismo evangélico

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) teve de suspender a distribuição aos seus servidores de uma cartilha com orientação religiosa.

A determinação partiu da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, após pressão do MPF (Ministério Público Federal) para que a Polícia Rodoviária respeite a laicidade de Estado.

Além da cartilha que recomendava a leitura da Bíblia, uma entidade religiosa — Ministérios Pão Diário — oferecia aos policiais rodoviários e demais servidores da instituição uma versão customizada de um seu app com proselitismo evangélico. 

Cartilha  
evangélica 
na PRF

Mensagens enviadas pelo app aos servidores tinham títulos como “Quem é Jesus” e “Os Evangelhos”, além de podcasts como “O Senhor é Meu Pastor”.

Servidores reclamaram ao MP que estavam sofrendo constrangimento pela imposição de uma crença religiosa.

O deputado Ivan Valente (PSol-SP) encaminhou à Procuradoria-Geral da República uma representação classificando o proselitismo religioso na Polícia Rodoviária como “incompatível com o ordenamento pátrio", pedindo a "apuração de ilegalidade frente à violação da garantia constitucional da laicidade do Estado e à liberdade de consciência e crença”.

O diretor-geral da PRF é Silvinei Vasques, indicado para o cargo pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente. 

Quando houve a interdição de rodovias por bolsonaristas golpistas, após as eleições que deram vitória a Lula, Vasques foi conivente com a baderna, a ponto de o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral, intimá-lo a garantir o direito de ir e vir..

Com informação do G1 e de outras fontes.

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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