Pular para o conteúdo principal

Catar tem lei que condena ateus à pena de morte

Quem ostentar um simples símbolo ateísta pode ser condenado a 7 anos de prisão

Local da Copa do Mundo de Futebol 2022, Catar tem legislação que condena à morte quem não acreditar em Deus.

De acordo com levantamento de 2021 da Humanists International, esse pequeno país da costa nordeste da Península Arábica é um dos 11 onde ateus correm o risco de pena capital porque podem ser considerados "insulto" ao Islã.

Catar tem cerca de 2,4 milhões de habitantes, bem menor, portanto, que a cidade de São Paulo, que possui mais de 12 milhões de pessoas.

O islamismo sunita é a religião majoritária. Há poucos xiitas, assim como hindus, católicos e budistas. Detalhe: a pena de morte vale para quem negar a existência de qualquer deus, com o cristão, embora, obviamente, "ofensa" a Maomé seja considerada mais grave.

Desde 2003 não há execução de condenados e quem cometer crimes leve poderá reduzir o tempo de prisão se decorar o Corão. 

Há atenuantes para cumprir a pena, mas todo o instrumental jurídico draconiano continua em pé e pode ser acessado a qualquer momento, de acordo com as conveniências das autoridades.

Por apenas ostentar um símbolo ateísta, por exemplo, uma pessoa pode ser condenada até a 7 anos de prisão.

Que ninguém se arrisque
a gritar em um jogo que
Deus não existe

A lei da blasfêmia estabelece punições a quem insultar Alá por escrito ou desenho ou mesmo por um simples gesto. Violar o Alcorão é grave.

As punições valem para os mesmos "crimes" no mundo virtual, que está sempre na mira da polícia religiosa. Hacker que invadir um site de conteúdo religioso não tem perdão, estando sujeito a pesada multa, além de prisão.

Mesmo ter no computador doméstico mensagem ou programa considerado como ofensivo ao Islã ou a qualquer outra "religião divina" é o suficiente para uma condenação.

O consumo de álcool é proibido. A Fifa tinha obtido a liberação de cerveja nos estádios, mas houve um recuo das autoridades a pouco dias do início dos jogos.

Catar é muito rico — explora desde 1940 grandes reservas de petróleo e gás. Ex-colonia do Reino Unidos, é uma monarquia governada, desde 1995, pelo xeque Hamad bin Khalifa Al Thani, que deu um golpe em seu pai. O primeiro-ministro é Khalid ibn Khalifa ibn Abdul Aziz Al Thani.

Com os holofotes da Copa Mundial, as autoridades esperam incentivar o turismo no país, a exemplo de outros países árabes ricos em petróleo, e melhorar a sua imagem internacional. O que será difícil, porque o país não respeita os direitos humanos.

A homossexualidade é crime e há forte discriminação contra as mulheres. Os imigrantes são pessoas de segunda categoria, principalmente os trabalhadores da construção civil, que ganham pouco e sofrem muitos acidentes.

> Com informação da Freedom of Thought Report 2021 e de outras fontes.


Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Historiador católico critica Dawkins por usar o 'cristianismo cultural' para deter o Islã

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Jesus não é mencionado por nenhum escritor de sua época, diz historiador

Após décadas desestruturando famílias, TJs agora querem aproximação com desassociados

'Sou a Teresa, fui pastora da Metodista e agora sou ateia'

Pastor Lucinho organiza milícia para atacar festa de umbanda

Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta

'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Só metade dos americanos que dizem 'não acredito em Deus' seleciona 'ateu' em pesquisa