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Eleitores sem religião podem dar vitória a Lula em 1º turno

Pesquisador afirma que petista pode ser beneficiado pelos votos desse segmento de eleitores

Os dois principais candidatos à presidência se esforçam para ter os votos dos evangélicos, embora o maior grupo religioso do país seja de católicos, mas, com a disputa tão acirrada, os eleitores sem religião podem dar a vitória a Lula neste domingo (2), no primeiro turno das eleições.

O Datafolha apurou que, no contingente dos sem religião, incluindo os ateus e agnósticos, Lula conta com 62% das intenções de voto, bem distante de Jair Bolsonaro, que não passa de 24%.

No grupo crença/descrença, os brasileiros que não professam nenhuma fé estão em terceiro lugar, com 11% do eleitorado. Os católicos representam 52% e os evangélicos, 26%. Os espíritas kardecistas, 2%.

Esses dados foram apurados por pesquisa feita de terça a quinta desta semana com 6.800 pessoas em 332 cidades. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para baixo ou para cima.

Lula e Bolsonaro disputam
votos dos evangélicos,
mas os sem religião
poderão fazer a diferença

José Eustáquio Alves, demógrafo e pesquisador aposentado do IBGE, disse à Folha de S.Paulo que os sem religião poderão dar a Lula os votos que lhe faltam para ganhar no primeiro turno.

Os votos desses eleitores são "o maior diferencial entre as camadas sociodemográficas do país e pode ser a gota d’água que faça transbordar a onda final de voto para o lado da esquerda".

O número de pessoas sem religião cresce em vários países, incluindo o Brasil, embora aqui os cristãos mais conservadores tenham se colocado sob os holofotes. Os jovens se destacam.

Pesquisa realizada anteriormente pelo Datafolha, neste ano, revela que os eleitores sem religião de 16 a 24 anos de São Paulo e Rio correspondem a 30% do total, contra 27% dos evangélicos e 24% dos católicos.

Os sem religião ganham relevância no Brasil, mas são ignorados pela imprensa e institutos de pesquisas. Só agora, no final das eleições, o Datafolha "descobriu" esses eleitores.

O instituto não apurou quanto os ateus e agnósticos representam dos sem religião. Minoria entre as minorias, esses brasileiros são mantidos na invisibilidade nos levantamentos de dados. 

Nas eleições de 2018, de acordo com postagens na rede social na época, ateus antipetistas votaram em Bolsonaro, apesar do proselitismo religioso do candidato, que abertamente já afrontava a laicidade de Estado.

Provavelmente, nas eleições de agora, esses ateus retirem o seu voto em Bolsonaro, por causa do favorecimento escandaloso que o presidente deu às igrejas.

> Com informação do Datafolha e de outras fontes.

• Radicalização política desarticulou o movimento ateísta no Brasil

• Candidatos religiosos nas eleições declararam patrimônio milionário


Comentários

Anônimo disse…
Eu mesmo fui um dos ateus que votou no Bolsonaro, mas não gostei do desprezo dele com a ciência, defendendo métodos ineficazes para combater a pandemia, das frases que relacionava a vacina com AIDS e outras besteiras, fora o favorecimento do Ministério da Educação a pastores que roubaram pedindo propina em barras de ouro, como se não bastasse tudo isso, ainda colocou o sigilo de 100 anos para proteger seus atores de corrupção, por isso agora irei votar no Lula, quero que esse pesadelo acabe no primeiro turno. Pelo menos sei que Lula vai defender a volta do Ciência sem fronteiras e não vai dizer mentiras sobre as vacinas.

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