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Igrejas alemãs ignoram proibição e continuam a abençoar casais gays

Bispos deixam claro que se trata de um procedimento definitivo

JESUS BONITO
Religión Digital

Em 2021, mais de duzentos templos alemães da Igreja Católica aderiram à campanha #liebegewinnt (Love Wins), abrindo suas portas para abençoar milhares de casais, muitos deles gays, em suas igrejas. 

Os "serviços de benção para os amantes" que, há doze meses, eram um escândalo, conseguiram continuar sem que, além dos gritos dos tradicionalistas, houvesse qualquer sanção da estrutura hierárquica.

A rigor, as bênçãos de casais homossexuais são proibidas, pelo menos desde março de 2021, quando a Congregação para a Doutrina da Fé assinou um polêmico Responsum [resposta da Igreja frente a determinada realidade], fechando a porta para qualquer bênção de uniões que não fossem casamentos católicos. 

Um texto que causou inquietação até no próprio papa Francisco, e que teve consequências com a saída da Congregação dos autores do texto.

Igreja alemã desafia
a Congregação, com o
apoio silencioso do papa 

Além das proibições, a verdade é que a bênção do amor veio para ficar. Falando ao Katholisch.de, Jens Ehebrecht-Zumsande, um dos iniciadores do #lovewint, lembra que o que mais chamou a atenção no 'não' do Vaticano foi a tentativa de sufocar a discussão sobre o assunto antes mesmo de começar. Porque em cada vez mais partes da igreja mundial, a forma como a igreja lida com os homossexuais está sendo abertamente questionada. O Caminho Sinodal da Igreja Alemã é mais um exemplo disso.
"O 'Não' não pode ser justificado"

“Nossa abordagem vai além das questões político-eclesiásticas. Falamos de pastoral. É muito importante para muitas pessoas que essa oferta exista", disse Ehebrecht-Zumsande.

Além disso, os organizadores consideram que a recusa de abençoar duas pessoas "que desejam viver sua associação em amor, compromisso e responsabilidade entre si e com Deus" não pode ser "justificada de maneira convincente".

“Há muito a ser feito”, diz Jens Ehebrecht-Zumsande, que cita uma mudança necessária na linguagem e nas atitudes. 

“Os bispos precisam urgentemente de uma mudança de atitude” para “parar de olhar paternalmente para as pessoas que precisam de cuidados”, mas percebem que “há pessoas altamente qualificadas e altamente competentes, inclusive entre os homossexuais, que ainda estão dispostas a ajudar a moldar a Igreja. Esta questão não pode mais ser ocultada."

> Com informação das agências.



Comentários

marceloDC disse…
Desconsiderando ateus e comorbidades, quem DE FATO são muito mais precocenituades: LGBT+ e situações de gênero.
Em tese, a igreja tem seus valores INTERNOS. Mas como vivem se intrometendo FORA, nada como dar "um troco", e com algo nada de mais, celebração do amor com o Deus deles. :-D
E a respeito do Catolicismo, artigo interessante:
-- "No Brasil, católicas feministas querem Igreja sem padre, pró-aborto e LGBT+ ..." em
https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/11/08/catolicas-feministas-elas-querem-uma-igreja-horizontal-pro-aborto-e-lgbt.htm

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