Pular para o conteúdo principal

Mortes por Covid-19 chegam a mais de meio milhão; Brasil é o segundo em óbitos diários

> PEDRO PEDUZZI
Agência Brasil

Mais de meio milhão de brasileiros morreram em decorrência da Covid-19. De acordo com balanço divulgado na noite deste sábado (19) pelo Ministério da Saúde, a pandemia já matou 500.800 pessoas no país. 

Em 24 horas foram 2.301 mortes e 82.288 novos casos confirmados, além de outros 1.199.101 sob acompanhamento.

O número de casos registrados em todo o país chegou a 17,883 milhões. Desse total, 16,183 milhões de pessoas de recuperaram, o que equivale a 90,5% dos infectados. Mais de 1,199 milhão de pessoas seguem em acompanhamento pelas secretarias estaduais de Saúde.

São Paulo é o Estado com maior número de casos e óbitos. Até o momento foram 121.960 mortes em meio a 3.573.210 casos confirmados. Minas Gerais está em segundo lugar com 44.347 óbitos e 1.733.181 casos

A lista segue com Paraná (29.975 mortes e 1.192.93 casos), Rio Grande do Sul (30.372 em meio a 1.181.872 casos), e Bahia (23.204 mortes e 1.092.772 casos).
Repercussão

Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga divulgou, via redes sociais, uma nota na qual lamenta o número. "500 mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o nosso Brasil e todo o mundo. Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano", disse.

Também lamentaram a superação da marca de 500 mil mortes o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) – que ressaltou que do meio milhão de mortes, 300 mil ocorreram apenas nos últimos cinco meses – e a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras.

“Somos o segundo país em números de óbitos diários. Estamos atrás apenas da Índia com seus 1,3 bilhão de habitantes. 

Dados reunidos pela Universidade de Pelotas também não deixam dúvidas. O Brasil, com 2,7% da população mundial, detém 12,8% dos óbitos por Covid-19 no mundo. Enquanto a proporção de mortes por Covid-19 no mundo é de 488 por milhão de habitantes, aqui é de 2.293”, disse, em nota, o Conass.

“Temos, portanto, duas crises: a do vírus e a da ignorância. Essa perigosa combinação expõe mais pessoas ao risco de contágio e dificulta ainda mais as estratégias de prevenção da doença”. 

“Sofremos com a alta ocupação de leitos de UTI e com a escassez de medicamentos para intubação, o que aumenta ainda mais a pressão sobre os trabalhadores de saúde”, complementa a nota ao ressaltar que o número de casos novos voltou a crescer.

Em carta aberta, o Médicos Sem Fronteiras disse condenar “com indignação” o que chamou de “descaso” à emergência sanitária no Brasil. Segundo a entidade, o país “vive em um estado de luto permanente”. 

A organização destaca que estudos previam os impactos que a pandemia teria sobre o sistema de saúde e que esta atingiria, de maneira “mais cruel”, as populações negra e indígena, migrantes e refugiados.

“Como organização médica, é nossa obrigação esclarecer que muitas dessas mortes poderiam ser evitáveis. A insistente recusa em colocar em prática medidas de saúde pública baseadas em evidências científicas, como o distanciamento social e o uso de máscara, mesmo para quem já foi vacinado ou teve a doença, segue resultando na morte prematura de muitas pessoas e aumentando o risco do surgimento de novas variantes”, diz a carta do Médicos Sem Fronteiras.

Em nota divulgada neste sábado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse que se solidariza com as famílias das vítimas e que o tribunal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) "seguem empreendendo esforços para ajudar a sociedade brasileira a mitigar os impactos desta terrível pandemia". 

"É preciso relembrar a cada dia que não são apenas números. São mães, pais, filhos, irmãos. Meio milhão de pessoas que partiram e tiveram seus sonhos interrompidos", destacou Fux.

Comentários

Leandro Bueno disse…
Não há nenhuma dúvida de que Bolsonaro teve falar infelizmente nesta pandemia e comportamento pessoal ruim em muitas oportunidades. Porém, penso que a coisa é bem mais ampla do que uma mera FULANIZAÇÃO da pandemia. Explico: Em janeiro de 2020, eu estava na África do Sul, em Johannesburg. Quando cheguei ali fiquei impressionadíssimo com uma leva de uns 200 chineses mais ou menos, todos portando suas máscaras de proteção. Fui perguntar para a guia o que era aquilo, e ela me disse que era uma pandemia que tinha estourado na China. O Brasil só tomaria conhecimento tempos depois. O próprio governo federal já havia declarado o estado de alerta da pandemia e não houve nenhum governante mandando não realizar o carnaval. Com relação às vacinas, a pergunta que deveria ser feita é a seguinte: Alguém deveria comprar, com seu CPF, alguma coisa que está sendo cientificamente ainda estudada? Essa pessoa colocaria o seu CPF em uma compra de bilhões de reais. Veja que e uma decisão muito difícil, ainda mais com uma oposição voraz pedindo o seu impeachment toda hora e esperando a "deixa" para tomar o poder. Por outro lado, sim, o presidente Bolsonaro errou com essas coisa de ser contra máscaras de proteção, de ter saído em manifestações, etc. Isso é condenável. E não podemos nos esquecer, por fim, que a vacina só foi aplicada oficialmente no mundo, dia 19 ou 24 de dezembro de 2020, mesmo para Israel que foi antecipadamente a nação que contratou mais rápido. O desabastecimento, a meu ver, também se deu em muitos países pela voracidade dos EUA, que compraram 1 bilhão de doses, tendo uma população de aproximadamente 320 milhões de pessoas. Com isso, faltou vacina em boa parte do mundo. Neste semana, mais de 30 países estão sem vacinas para a 2a dose, algo que muita gente não sabe.
O contrato com a Pfizer era complicado, pois naquele momento a vacina ainda estava em fase 2, indo para a 3. Ou seja, seria um tiro no escuro, sendo que quem deu o tiro, acertou como poderia ter dado errado. Não há como se prever o futuro. Ademais, as vacinas poderiam até ter sido contratadas, porém, não poderiam ser aplicadas sem o aval da ANVISA que demorou muito. Fora isso, as cláusulas eram um tanto absurdas, tais como, exigir que o pagamento se desse apenas no exterior, que se houvesse qualquer controvérsia no contrato, esta seria dirimida em um tribunal em New York, o preço bem acima do preço da Astrazeneca, a grande dificuldade de acondicionamento das vacinas da Pfizer (devido as baixíssimas temperaturas que exigia-se para a sua conservação, só existiam refrigeradores em algumas capitais),etc. Ou seja, se você for fazer uma análise desapaixonada e imparcial, sabe perfeitamente que não era uma decisão NADA FÁCIL a ser tomada, ainda mais quando sabemos que a nossa burocracia administrativa exige várias manifestações para uma aquisição internacioanl deste porte. O erro maior talvez foi ter apostado em uma vacina apenas e não em várias, sendo que a escolhida mostrou problemas de entrega.
Anônimo disse…
Quem apoia governo genocida não será visto como inocente por Deus.
Anônimo disse…
Bolsonaro é genocida. E não falo apenas por ele promover um darwinismo social ao apostar na imunidade de rebanho. É genocoda pela sua política de exclusão aos indígenas, pela maneira como seu governo incentiva o desmatamento, o garimpo e a expulsão dos indígenas de suas terras. Existe uma política de extermínio aos indígenas por parte do governo Bolsonaro, fazendo jus ao termo genocídio, tal como ele se aplica realmente. E como ocorre com todos os genocidas, não faltarão leandros buenos para advogar por eles. Afinal, todo genocida conta com seus cúmplices.
Siulfe disse…
Estão vacinando há meses e esse número não regride, não apenas no Brasil, mas no mundo como um todo. O primeiro comentário é bem embasado, os outros dois são de petralhas, só pode. Um tratamento preventivo a todos e boa semana com muita saúde, FÉ EM DEUS, mesmo que você seja um ateu e vamos em frente.
Anônimo disse…
Chamar os outros de petralhas ao invés de rebater os argumentos é o velho recurdo "ad hominem", típico de ufólogos, olavistas, bolsonaristas, terraplanistas e outras doenças. Hoje vemos países abrindo aos poucos, voltando aos poucos às atividades, justamente por ter tomado medidas cemtralizadas de controle ao vírus, incluindo lockdowns e vacinação em massa. Já no país da cloroquina, estamos amargando meio milhão de mortos. A explicação é simples, vivemos sob um governo fascista. Lembro-me do lema do facismo espanhol, citado no episósio de Unamumo na Universidade de Salamamca. O lema dos fascistas eram: "Viva a la muerte!". E é esse "viva à morte" que a horda bolsonarista tem imposto ao nosso país. Os 500 mil mortos está na conta de vocês, que votaram e continuam defendo a necrófila política do genocida, a quem chamam de mito (claro, como tod mito, encontra um grupo de nécios para defendê-lo a todo custo, mesno que à revelia da realidade). Vcs são cúmplices de um genocídio.
Siulfe disse…
Petralhosos, somos cumplicidade temos na recuperação de mais de 14 milhões e lamentamos a morte de tantas pessoas. Inclusive tenho uma amiga que se foi nesse número após ter tomado o tal imunizante. Reitero que estão aplicando o produto e os números saltaram para a frente. Olhe o Chile que foi exemplo positivo e agora é preocupante. A Europa está tendo problemas com a Astrazeneca. Isso você não encontrará nos seus arquivos petralhosos como tentou fazer para impressionar no seus escritos acima. Medicamentos curam, veja os estudos que estão realizando a cerca da Cloroquina e Ivermectina. Agora, certos cientistas; Anthony Fauci está sob investigação; e petralhas, petralhosos mataram e matam muito mais. Se tivessem feito um governo digno, Bolsonaro ainda seria um deputado, não é, petralhosos?
Anônimo disse…
Muitas vezes, falar com bolsonaristas (gurpo que inclui os arrependidos) é brandir contra moinhos de vento: tão afeitos a fake news, tão embebidos em manias de perseguição, tão metidos em teorias da conspiração, que se tornam insensíveis à realidade. Mas vamos lá. Se as ações e falas do Bolsonaro fossem equívocos, deslizes, ou tão somente a burrice, pela qual Bolsonaro é conhecido, estaríamos numa situação temerária. Mas o problema é mais profundo. Retomando ciência nazistas, Bolsonaro está aplicando darwinismo social, ou seja: não se trata de erros, mas de um projeto. O meio milhão de mortos é consequência da política bolsonarista, cuja raiz, vale repetir, é fascista. Cúmplices, vcs são cúmplices desse genocídio, pois a História nos mostra que não haveria genocidas se eles não contassem com seus defensores, com seus seguidores, com sua amorfa e burra massa de cooptados ideológicos. É como diz o poeta Trilussa ao fazer um poema a Mussolini, pai do fascismo italiano: um ditador só tem valor quanto mais idiotas o seguirem, ou, nas palavras do poeta, o ditador "cresce em importância e valor/
quantos mais são os zeros a segui-lo". Os quinhentos milhões de mortos não devem cair na conta apenas do Bolsonaro, mas também dos seus seguidores, os zeros que o seguem. E não, não sou petista, nunca votei no Lula, mas ele ter feito ou não um bom governo não anula o fato de que vcs, bolsonaristas, estão destruindo o Brasil. Vcs compõem um governo genocida.
Anônimo disse…
Corrigindo: 500 mil

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Mulher morre na Irlanda porque médicos se negam a fazer aborto

da BBC Brasil Agonizando, Savita aceitou perder o bebê, disse o marido  Uma mulher morreu em um hospital [católico] da Irlanda após ter seu pedido de aborto recusado pelos médicos. A gravidez de Savita Halappanavar (foto), de 31 anos, tinha passado dos quatro meses e ela pediu várias vezes aos funcionários do Hospital da Universidade de Galway para que o aborto fosse realizado, pois sentia dores fortes nas costas e já apresentava sintomas de um aborto espontâneo, quando a mãe perde a criança de forma natural. Mas, de acordo com declarações do marido de Savita, Praveen Halappanavar, os funcionários do hospital disseram que não poderiam fazer o procedimento justificando "enquanto houvesse batimento cardíaco do feto" o aborto não era possível. O aborto é ilegal na Irlanda a não ser em casos de risco real para a vida da mãe. O procedimento é tradicionalmente um assunto muito delicado no país cuja maioria da população é católica. O que o inquérito aberto pelo gover...

BC muda cédulas do real, mas mantém 'Deus seja Louvado'

Louvação fere o Estado laico determinado pela Constituição  O Banco Central alterou as cédulas de R$ 10 e R$ 20, “limpou” o visual e acrescentou elementos de segurança, mas manteve a expressão inconstitucional “Deus seja Louvado”.  As novas cédulas, que fazem parte da segunda família do real, começaram a entrar em circulação no dia 23. Desde 2011, o Ministério Público Federal em São Paulo está pedindo ao Banco Central a retirada da frase das cédulas, porque ela é inconstitucional. A laicidade determinada pela Constituição de 1988 impede que o Estado abone qualquer tipo de mensagem religiosa. No governo, quanto à responsabilidade pela manutenção da frase, há um empurra-empurra. O Banco Central afirma que a questão é da alçada do CMN (Conselho Monetário Nacional), e este, composto por um colegiado, não se manifesta. Em junho deste ano, o ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que a referência a Deus no dinheiro é inconcebível em um Estado mode...

Adventistas vão intensificar divulgação do criacionismo

Consórcio vai investir em pesquisa na área criacionista A Igreja Adventista do Sétimo Dia anunciou o lançamento de um consórcio para intensificar a divulgação do criacionismo no Brasil e em outros países sul-americanos. Na quinta-feira (13), em Brasília, entidades como Sociedade Criacionista Brasileira, Núcleo de Estudos das Origens e Museu de Geociências das Faculdades Adventistas da Bahia assinaram um protocolo para dar mais destaque à pesquisa criacionista e às publicações sobre o tema. Os adventistas informaram que o consórcio vai produzir vídeos para adolescentes e jovens explicando a criação e como ocorreu o dilúvio e um plano piloto de capacitação de professores. O professor Edgard Luz, da Rede de Educação Adventistas para oitos países sul-americanos, disse que o lançamento do consórcio é um “passo muito importante”, porque “o criacionismo está ligado à primeira mensagem angélica da Bíblia”. Com informação do site da Igreja Adventista . Colégio adventista de ...

Fundamentalismo de Feliciano é ‘opinião pessoal’, diz jornalista

Sheherazade não disse quais seriam as 'opiniões não pessoais' do deputado Rachel Sheherazade (foto), apresentadora do telejornal SBT Brasil, destacou na quarta-feira (20) que as afirmações de Marco Feliciano tidas como homofóbicas e racistas são apenas “opiniões pessoais”, o que pareceu ser, da parte da jornalista,  uma tentativa de atenuar o fundamentalismo cristão do pastor e deputado. Ficou subentendido, no comentário, que Feliciano tem também “opiniões não pessoais”, e seriam essas, e não aquelas, que valem quando o deputado preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da Câmara. Se assim for, Sheherazade deveria ter citado algumas das opiniões “não pessoais” do pastor-deputado, porque ninguém as conhece e seria interessante saber o que esse “outro” Feliciano pensa, por exemplo, do casamento gay. Em referência às críticas que Feliciano vem recebendo, ela disse que “não se pode confundir o pastor com o parlamentar”. A jornalista deveria mandar esse recado...

Arcebispo defende permanência de ‘Deus’ em notas do real

Dom Scherer diz que descrentes não deveriam se importar   Dom Odilo Scherer (foto), arcebispo metropolitano de São Paulo, criticou a ação que o MPF (Ministério Público Federal) enviou à Justiça Federal solicitando a determinação no sentido de que a expressão “Deus seja louvado” deixe de constar nas cédulas do real. Em nota, Scherer disse: "Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?" Argumentou que, “para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo”. O promotor Jefferson Aparecido Dias, autor da ação, defendeu a supressão da expressão porque o Estado brasileiro é laico e, por isso, não pode ter envolvimento com nenhuma religião, mesmo as cristãs, que são professadas pela maioria da população. Scherer, em sua nota, não fez menção ao Estado laico, que está previsto na Constituição. E...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Por que Deus puniu Adão e Eva antes de eles saberem do mal?

por Austin Cline , do About.com Adão e Eva não sabiam sobre o errado,  mas foram punidas Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, diz que Deus castigou Adão e Eva porque comeram do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Essa é mais uma contradição bíblica. Deus determinou que Adão não experimentasse o fruto, o que não faz sentido porque a criatura, até então, não tinha o discernimento para fazer qualquer juízo de valor. Pois é óbvio que, antes comerem o fruto,  Adão e Eva não podiam compreender que obedecer a Deus era o “bem” e desobedecer, o “mal”. Para eles, a desobediência não tinha nenhum significado em si, nem de certo nem de errado. Está em Gênesis 3: 17-19: “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do t...

Mais contradições bíblicas: vire a outra face aos seus inimigos e olho por olho e dente por dente

Pai de vocalista dos Mamonas processa Feliciano por dizer que morte foi por ordem de Deus