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Ministério nomeia professora criacionista para cuidar de materiais didáticos

O ministro Milton Ribeiro, da Educação, nomeou a professora universitária criacionista Sandra Lima Vasconcelos Ramos para a coordenadoria de materiais didáticos.

Professores e funcionários de carreira do ministério temem que a nova coordenadora introduza a retórica criacionista em livros que o MEC distribui às escolas.

Pastor, Ribeiro é também defensor da pregação bíblica segundo a qual Deus criou os cosmos em seis dias e que a Terra tem 6 mil anos. Está provado cientificamente que o planeta tem 4,5 bilhões de anos.

Em 2018, a professora Sandra Ramos assinou documento sugerindo que a base comum curricular tenha uma "perspectiva cristã".

Pela laicidade do Estado brasileiro, o ensino não pode ter qualquer "perspectiva" religiosa, mas evangélicos não desistem de impor sua crença ao currículo.

A professora dá aulas na UFPI (Universidade Federal do Piauí). Ela está ligada ao Movimento Escola Sem Partido, que tem como um dos fundadores Marcelo Nagib, seguidor do escritor ultraconservador Olavo de Carvalho, referência ideológica do Governo Bolsonaro.

Em seu perfil no Facebook, postagens sobre o presidente Bolsonaro e a ministra Damares Alves são a maioria. Como ambos, a professora faz campanha pela "família tradicional", ou, em outras palavras, ela não aceita como família a união de pessoas do mesmo sexo.

> Com informação do MEC, Facebook e de outras fontes e foto reproduzida da rede social.

Comentários

Anônimo disse…
Será que vamos ter criaburrismo nos livros escolares?
Unknown disse…
Indiferença Religiosa é o remédio para todos esses males.
Indivíduo disse…
Então, os dias de sábado e domingo tem que ter outros nomes. Que nomes os ateus dão para esses dias?
Anônimo disse…
Por isso eu defendo que a ciência deve se posicionar sobre a não existência de deus ou divindades, através de uma teoria ateísta ou agnóstica, baseada no materialismo, seleção natural, positivismo e história das religiões, que vem em sincretismo há mais de 10 mil anos.
Renato disse…
A Biologia deve ser para o futuro o que a Física foi no século XX. A bioeconomia pode ser a grande geradora de riquezas em um mundo ambientalmente sustentável. O Brasil tem o maior potencial de desenvolvimento da bioeconomia no mundo. Mas não haverá bioeconomia sem biologia. E, como dito por Theodosius Dobzhansky, nada em biologia faz sentido exceto à luz da evolução. Resumindo... não só o ensino do criacionismo é um retrocesso. Ele pode comprometer por décadas ou até séculos a melhor possibilidade do Brasil de se tornar um país desenvolvido a partir de uma perspectiva sustentável.
Exatamente! Sem essa de "não se toca no assunto", ou cair na falácia de "ausência de evidências não é evidência de ausência", que nesse caso (Deus, deuses, espíritos e afins sobrenatural) nem se aplica.
Deus (que há várias versões desse "único") e afins sobrenatural é fácil demonstrar indiretamente a impossibilidade de existência. Assim como se sabe do processo de nucleossíntese e tantos outros fenômenos da Natureza, indiretamente demonstrados.

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