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Crise da Universal em Angola chega à África do Sul com acusações de exploração e abortos forçados

Cerca de 200 ex-fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus da África do Sul acusam a igreja de exploração financeira e de submeter pastores à vasectomia.

As acusações são as mesmas que ocorrem em Angola, onde pastores angolanos assumiram o controle da igreja, expulsando os brasileiros, rejeitando, assim, o comando do bispo Edir Macedo.

As acusações dos sul-africanos também são graves. O ex-pastor Amos Ngququ, 51, por exemplo, contou à Comissão de Promoção e Proteção dos Direitos das Comunidades Religiosas e Linguísticas Culturais que foi induzido a aceitar a vasectomia.

Transferido para a sede da igreja em Joanesburgo em 1995 para trabalhar como tradutor, Ngququ, de acordo com seu relato, ficou sabendo que a Igreja incentiva seus pastores que não tenham filhos, para se dedicarem totalmente à obra de Deus.

“Foi aqui [Joanesburgo] que ouvi pela primeira vez o termo vasectomia. Disseram-me que isso é o que faziam como controle de natalidade para pastores. Nós apenas obedecemos, os servos não têm direito. Dependia inteiramente deles. Eu estava 100% na palma de suas mãos.”

A intervenção cirúrgica teria sido feita naquele mesmo ano em uma viagem que Ngququ fez a Pretória a serviço da Universal.

“Eles me deram uma bebida e de repente estou na cama. Você acorda com dor. Então, eles dizem ser um procedimento permanente que você não deve ter um filho. Minha vida termina dessa forma.”

O casamento do pastor ficou abalado porque sua mulher queria um filho. “Foi quando percebi que me vendi aqui.” O casal adotou uma criança, e Ngququ deixou a igreja.

Há outras acusações sérias, como racismo, abortos forçados, casamentos arranjados e circundação.

As autoridades da África do Sul estão investigando as denúncias. A Universal nega todas as acusações.

Universal tem cerca de 1 milhão
de seguidores na África do Sul

Comentários

Anônimo disse…
Eles são a favor do aborto pq isso é bom financeiramente pra eles e não pelo fato de lutarem pelos direitos das mulheres, essa religião é extremamente machista, não tem nenhuma pastora, apenas pastores e ainda ataca minorias nos sermões.

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