Pular para o conteúdo principal

Papa Francisco confirma que lugar da mulher na Igreja é na cozinha

Paulo Lopes  Francisco acaba de tomar uma decisão estranha aos brasileiros: as mulheres agora podem ajudar as celebrações no altar.  Decisão estranha porque, ao menos no Brasil, isso ocorre há décadas.

O propósito de Francisco — diz o noticiário — foi “legalizar” a participação das mulheres nas celebrações porque isso não está previsto no Código de Direito Canônico. Paulo VI promulgou um documento pelo qual somente os homens têm direito aos chamados ministérios do Leitorado e o do Acolitado.

Como as mulheres continuam sem poder celebrar missas, o papa, na prática, apenas garantiu o direito de elas continuarem como figuração no púlpito, porque, em alguns países, bispos conservadores nem isso permitem. 

É como se o papa assegurasse a cozinha da Igreja para as mulheres, para impedir que até dali elas sejam expulsas, colocadas do lado de fora.

Francisco só é progressista porque tem impedido que a Igreja retroceda mais.

Desde sempre a Igreja Católica — como em todos os credos, aliás — é misógina, machista e implacável com as mulheres. 

Na Bíblia, só para citar um exemplo, Eva, que veio de uma costela de Adão, se deixou enganar por Satanás, levando o seu companheiro a fazer o mesmo, desgraçando a humanidade. A grande culpa é da mulher.

A Igreja Católica está perdendo fiéis há décadas na maioria dos países, principalmente na Europa e Estados Unidos, onde a descoberta de legiões de padres pedófilos tem horrorizado o mundo.

Em países como o Brasil, a Igreja perde espaço aceleradamente para evangélicos, que semeiam templos como quem planta capim para o gado.

O debacle da Igreja Católica só não é mais expressivo por causa das mulheres. São elas que demonstram maior devoção, que comparecem mais às missas, que levam filhos e maridos para Igreja, que organizam eventos festivos.

E, no entanto, elas continuam sendo tratadas como uma costela de Adão ou com apenas o útero de Jesus.


Comentários

Anônimo disse…
Maria é a única mulher com direitos no catolicismo, ela podia até abortar, foi perguntada se queria ou não ter o filho, inserido nela pela pomba falante.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Padre afirmava que primeiros fósseis do Brasil eram de monstros bíblicos, diz livro de 1817

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

'Meu filho gay não representa nenhuma ameaça à humanidade'

por Paulo R. Cequinel  em resposta a um leitor no post Milhares de europeus católicos e protestantes pedem desbatismo Para que as coisas todas fiquem sempre muito claras, prezado Jefferson, devo dizer que meu filho mais novo é gay e que decidiu viver sua sexualidade abertamente. Como pai tenho o dever incontornável de, enquanto eu estiver por aqui, defender os valores, a honra, a imagem e a vida do meu menino. Eu, imoral? Meu filho, imoral e anticristão? A cada 36 horas uma pessoa LGBTT é assassinada neste país, e uma das razões, a meu juízo, é a evidente legitimação social que a LGBTT-fobia de origem religiosa empresta aos atos de intolerância e de violência contra essas pessoas que são, apenas, diferentes. Meu filho não ameaça nenhuma família ou a humanidade, como proclamou o nazistão do B16 recentemente. Aos 18, estuda muito, já trabalha, é honesto, é amoroso, é respeitado por seus companheiros de escola (preside o grêmio estudantil) e é gay, e não se esconde, e não

Alunos evangélicos de escola de Manaus recusam trabalho de cultura africana

Comissão vai apontar religiosos que ajudaram a ditadura

Pinheiro disse ser importante revelar quem colaborou com os militares A Comissão Nacional da Verdade criou um grupo para investigar padres, pastores e demais sacerdotes que colaboraram com a ditadura militar (1964-1985), bem como os que foram perseguidos. “Os que resistiram [à ditadura] são mais conhecidos do que os que colaboraram”, afirmou Paulo Sérgio Pinheiro (foto), que é o coordenador desse grupo. “É muito importante refazer essa história." Ele falou que, de início, o apoio da Igreja Católica ao golpe de Estado “ficou mais visível”, mas ela rapidamente se colocou em uma “situação de crítica e resistência.” O bispo Carlos de Castro, presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, admitiu que houve pastores que trabalharam como agentes do Dops, a polícia de repressão política da ditadura. Mas disse que nenhuma igreja apoiou oficialmente os militares. No ano passado, a imprensa divulgou o caso do pastor batista e capelão Roberto Pontuschka. De dia ele co

Milagrento Valdemiro Santiago radicaliza na exploração da fé

Pastor homofóbico vai presidir Comissão de Direitos Humanos

Feliciano ficou famoso por seus twitters preconceituosos O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) vai ser o próximo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Feliciano é conhecido por suas afirmações homofóbicas e preconceituosas. Em 2011, no Twitter, ele escreveu que os resultados de um relacionamento amoroso entre duas pessoas do mesmo sexo são ódio, crime e rejeição. A comissão tem sido presidida por um deputado do PT, mas agora o partido cedeu o cargo para o PSC (Partido Social Cristão), que é da base de apoio do governo. O PSC ainda não anunciou oficialmente a indicação de Feliciano, mas o pastor-deputado confirmou ao Estadão que a escolha do seu nome já foi decidida. A igreja de Feliciano é a Ministério de Avivamento, de Orlândia (SP). Ele dedica a maior parte do seu tempo, como pastor e deputado, a combater o movimento gay pela igualdade de direitos. Em 2012, por exemplo, ao participar do Congresso dos Gideões Missionários de

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Comentaristas da Jovem Pan fazem defesa vergonhosa do cristianismo bolsonarista

Pastora Sarah Sheeva fala da época em que era 'cachorrete'

Sarah Sheeva (foto), 39, contou um pouco sobre como era a sua vida de “cachorrete”, de acordo com seu vocabulário, quando acabou o seu casamento. “Eu era igual a sabonete de rodoviária”, disse. “Eu passava de mão em mão e era arrogante quando falava dos meus pecados.” Nesta época, foi ninfomaníaca.