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Grupo paramilitar evangélico faz abordagem em favelas para pregar a Bíblia

Batalhão da Patrulha da Paz é o nome de um grupo paramilitar evangélico em faz abordagens em Brasília para pregações bíblicas e tentar convencer dependentes químicos a se internarem em clínicas cristãs, sem indicação médica ou determinação judicial.

Os agentes do grupo usam farda com insignias e possuem viaturas com giroflex e cela na traseira para detidos.

Afirmam que a sua arma é a Bíblia, mas um vídeo mostra que os integrantes do grupo têm treinamento militar, de defesa e ataque.


Ligado à Assembleia de Deus do Guará, o comandante do grupo, pastor Gilmar Bezerra Campos, afirmou ao The Intercept que seus agentes nunca aplicam golpes físicos nas pessoas que abordam.

O grupo paramilitar intimida adolescentes de bairros pobres e moradores de rua desde 2011, e só agora a sua ilegalidade começa a ser questionada.

Os abordados têm de ouvir sermões como este: “Se tivesse tomado a decisão de servir a Deus, nunca teria ficado desamparado”.

Algo semelhante ocorre em países muçulmanos, onde agentes da polícia religiosa reprimem o que consideram desvios de comportamento, como uso de drogas e homossexualidade.

A pedido da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados do DF, o Ministério Público está investigando as atividades desses religiosos. 

Artigos da lei de contravenções penais fixam até cinco anos de prisão a quem usar uniforme para se passar por funcionário público ou autoridade policial.

A Polícia Militar do Distrito Federal nunca se incomodou porque vê o grupo evangélico como colaboradores.

O grupo possui mais de 100 agentes de várias denominações evangélicas. Desse total, 40 “soldados” percorrem favelas, em esquema de revezamento.

O Ministério Público está investigando a origem do financiamento do batalhão. Quem paga os agentes, o combustível, etc.

Como as clínicas cristãs recebem subsídio governamental para cada internado, como a Casa Reino Unido, é possível que os paramilitares tenham ajuda delas em troca do fornecimento de pacientes.

O comandante Bezerra disse que vendeu uma pizzaria para comprar três viaturas e que a quarta foi doada por um supermercado.

Afirmou que, desde 2014, vive dos ganhos de sua mulher, que é manicure. Mas não dá para acreditar que ela sustente o marido e a manutenção do grupo.

Bezerra registrou seu batalhão como organização civil de interesse público, o que o habilita a receber recursos públicos. Essa é outra pista para se chegar à origem dos recursos desses paramilitares. 



Comentários

João Pedro disse…
Os evangélicos tão destruindo o país, e ainda tem a PM que passa pano pra miliciano
Heavyman disse…
que merda é essa?, os fanáticos esquizofrênicos tem até carro de polícia? kkk
Anônimo disse…
Muitos deles são policiais
Anônimo disse…
Não, não são policiais. Nenhum deles, inclusive.
Unknown disse…
Se tudo isto não mudar estaremos destruídos,sem perspectiva nenhuma,para uma retomada sadia com saúde e educação.

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