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Prefeita quer que contribuintes paguem até a taxa de lixo das igrejas

Rosana Martinelli não informou
 quanto a sua gentileza vai custar
 aos cofres públicos de Sinop

[texto opinativo] A prefeita Rosana Martinelli (PR) [foto], de Sinop (MT), é mais uma política que não tem um mínimo de apreço pela laicidade de Estado e, para agradar os evangélicos, apresentou uma proposta que, se aprovada pelos vereadores, isenta as igrejas de pagarem a taxa de lixo.

As igrejas já desfrutam de imunidade em relação a alguns impostos federais, por determinação constitucional, e isentá-las do custo do recolhimento de seu próprio lixo é uma afronta, além de ser um simbolismo em uma sociedade em que determinados setores estão sempre tentando obter benefício do erário.

Por princípio, todos deveriam pagar pela coleta de seu próprio lixo. De qualquer tipo de lixo, o material e o imaterial, como político, religioso.

Mais do que pregações, os líderes religiosos deveriam dar bons exemplos, e esse da isenção da taxa do lixo não está entre os mais dignos.

Outra coisa: quem produz lixo e não o recolhe não possui senso de responsabilidade com a coletividade, não comunga da ideia de uma economia sustentável.

Querer se servir da sociedade em vez de participar dela, com todos seus direitos e principalmente obrigações, é malandragem.


A prefeita Martinelli não informa quanto o benefício custará para os cofres públicos, como ocorre, aliás, em casos como esse em dezenas de outras cidades.

Trata-se de um desaforo à cidadania: os contribuintes vão pagar a taxa de lixo das igrejas, se o projeto for aprovado, e eles não têm a informação de quanto isso vai lhes custar.

Em seu projeto, a prefeita recorre aos argumentos de praxe quando se trata desse tipo de assalto aos cofres públicos.

Ela diz que as igrejas prestam um serviço social e de caridade e não têm "fins lucrativos".

Ora, quem deve prover a sociedade de serviços básicos é o Estado, a prefeitura, no caso, e a sua representante legal em Sinop é a Martinelli.

E a melhor caridade é aquela feita diretamente, pelo doador de recursos, por exemplo, ao necessitado.

A caridade feita com intermediação, seja a das igrejas ou a de quaisquer outras instituições, tem de ser evitada porque possui um custo e está exposta a desvios, como é notório.

O que os pastores deveriam fazer é recolher o dízimo para a manutenção de suas atividades e estimular os fiéis a tomarem a iniciativa da caridade com suas próprias mãos.

Em vez de pedir dinheiro para crianças pobres, por exemplo, os pastores deveriam incentivar os fiéis a fazerem diretamente essa bondade.

O argumento da prefeita de que as igrejas não têm fins lucrativos é fraco.

Os trabalhadores também não têm fins lucrativos, vivem de salário, dão um duro para pagar as suas contas, para comprar comida, e sobrecarregá-los com a taxa de lixo das igrejas não está dentro do espírito cristão, salvo engano de minha parte.

Também há algo que não dá para entender: por que em um país laico ateus, como eu, têm de contribuir para o pagamento do lixo de entidades que veneram deuses?

Está claro que o projeto de lei da prefeita Martinelli é inconstitucional, e a expectativa é que o Ministério Público faça o que tem de fazer.



Com informação do site Só Notícias e foto de divulgação.



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