Pular para o conteúdo principal

Não dá para crer que Damares esteja sendo ameaçada de morte

Ministra se dá
mais importância
 do que tem


por Ascânio Seleme
para O Globo

Sem querer parecer preconceituoso ou leviano, mas de onde vejo o mundo, está claro que a ministra Damares Alves exagera ao se mudar para um hotel em razão de supostas ameaças de morte que estaria recebendo. Suas declarações para a revista “Veja” e para a rádio Jovem Pan beiram o inacreditável. 

Primeiro, ela se compara a Jair Bolsonaro ao dizer, abre aspas, “no momento da posse havia ameaças a mim e ao presidente”. Imagine. Que importância tinha a ministra para ser ameaçada de morte? Seria por causa dos meninos que vestem rosa ou das meninas que preferem o azul?

Ela explica, sem parecer constrangida diante da barbaridade, que o crime organizado estaria tramando contra ela. E elenca quatro modalidades de crimes que ela imagina estar incomodando a ponto de seus chefes planejarem um atentado contra sua vida. “Vamos lembrar que pedofilia é crime organizado. Legalização das drogas, que eu me coloco veementemente contra, tem crime organizado. Crianças desaparecidas, tráfico de mulher, também”.

Alguém consegue imaginar um sujeito que distribui fotos de menores na internet ou arranja encontro entre crianças e pedófilos planejando o assassinato de Damares por causa de sua ação no ministério contra esse tipo de crime? Até porque as políticas do Ministério são de prevenção, nunca de repressão. Também não parece verossímil que pessoas ligadas ao tráfico de mulheres e crianças pensariam em matá-la, apesar de esses crimes serem graves e abundantes no Brasil.

Com relação ao tráfico de drogas, as hipotéticas ameaças seriam ainda mais inusitadas. Se não absurdas. Qual o traficante que atentaria contra sua excelência por ela ser contra a legalização das drogas? Pelo contrário, para estes, Damares mereceria uma estátua. O que menos quer o traficante é a legalização, que acabaria com o seu negócio.






Damares Alves mente ao dizer que tem cursos de mestrado

Pansexual Serguei desmente Damares Alves: 'Não transo com bicicleta'

Damares Alves manipulou fiéis ao contar que viu Jesus subindo em goiabeira

'Filha' índia de Damares ganhou R$ 10 mil da Câmara como ‘assessora’



Receba por e-mail aviso de novo post

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

Ateísmo faz parte há milênios de tradições asiáticas

Físico afirma que cientistas só podem pensar na existência de Deus como hipótese

Chico Buarque: 'Sou ateu, faz parte do meu tipo sanguíneo'

O dia em que os Estados Unidos terão um presidente ateu

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê...

Padre acusa ateus de defenderem com 'beligerância' a teoria da evolução

Roger tenta anular 1ª união para se casar com Larissa Sacco

Médico é acusado de ter estuprado pacientes Roger Abdelmassih (foto), 66, médico que está preso sob a acusação de ter estuprado 56 pacientes, solicitou à Justiça autorização  para comparecer ao Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de São Paulo de modo a apresentar pedido de anulação religiosa do seu primeiro casamento. Sônia, a sua segunda mulher, morreu de câncer em agosto de 2008. Antes dessa união de 40 anos, Abdelmassih já tinha sido casado no cartório e no religioso com mulher cujo nome ele nunca menciona. Esse casamento durou pouco. Agora, o médico quer anular o primeiro casamento  para que possa se casar na Igreja Católica com a sua noiva Larissa Maria Sacco (foto abaixo), procuradora afastada do Ministério Público Federal. Médico acusado de estupro vai se casar com procuradora de Justiça 28 de janeiro de 2010 Pelo Tribunal Eclesiástico, é possível anular um casamento, mas a tramitação do processo leva anos. A juíza Kenarik Boujikian Fel...